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  • O presente trabalho tem como objetivo iniciar um diálogo entre as ideias de B. F. Skinner e M. Merleau-Ponty a partir do comportamento reflexo. Do ponto de vista metodológico, optou-se pelo estudo da primeira fase do pensamento merleau-pontyano, especificamente com o livro La structure du comportament, e a segunda fase do pensamento skinneriano, especificamente com o livro Science and human behavior. Os demais textos de Skinner, Merleau-Ponty e comentadores foram usados como referência de apoio. Três momentos serão considerados. No primeiro, apresentar-se-á uma revisão do panorama geral do diálogo entre fenomenologia e behaviorismo. No segundo, tratar-se-á questões sobre o método e sua justificativa. No terceiro, discutir-se-á a superação da explicação comportamental pelo reflexo e como ela nos indica o movimento de convergência entre as filosofias de Skinner e de Merleau-Ponty.

  • A desospitalização aparece como um importante movimento paradigmático em saúde mental no Brasil que ainda vivencia um processo de Reforma Psiquiátrica. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo central realizar um levantamento documental sobre o Hospital Psiquiátrico Espírita Cairbar Schutel, na Biblioteca Municipal e Arquivo Municipal de Araraquara. Buscou-se identificar, com isso, quais discursos foram produzidos sobre a instituição em uma perspectiva Construcionista Social. A partir da epistemologia da análise crítica do discurso foi possível construir dois temas centrais para análise temática: Cairbar e a marca religiosa na loucura e Cairbar na historicidade política. A identificação desses dois temas possibilitou analisar os documentos encontrados e relacioná-los às transformações de assistência à saúde mental, mediadas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira, compreendendo a historicidade e a visão de loucura ligada ao discurso religioso.

  • Propõe-se a análise de aspectos da teoria de Hermann von Helmholtz sobre a percepção espacial a fim de destacar algumas tensões básicas que constituem o cenário de seu projeto científico. Sugere-se que a sua teoria da percepção encerra a problemática da coexistência de duas estratégias metodológicas distintas para a investigação da percepção espacial e para a elaboração de sua epistemologia empírica. Para solucionar a aparente dicotomia metodológica de dois tipos de estudos e avançar a sua própria teoria da percepção e a sua epistemologia, Helmholtz parece ter adotado a estratégia de naturalizar muitos dos problemas transcendentais provenientes da filosofia kantiana. Apresenta-se, então, em um primeiro momento, os fundamentos metodológicos das pesquisas psicofísicas de Helmholtz. Na sequência, são apresentados e discutidos alguns temas exemplares de seu método de análise e de sua teoria da percepção espacial. Por fim, são fornecidos alguns comentários sobre a sua epistemologia empirista.

  • Entre 1968 e o início da década 1980, a atmosfera que envolvia o pensamento francês tornou possível a emergência de perspectivas éticas, estéticas e políticas cujas problematizações levaram a um radical questionamento do sentido e do valor da infância, pensada para além do seu estatuto social. Agitada pelas obras, ideias e intervenções de René Schérer, Guy Hocquenghem, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault entre muitos outros, esta “cruzada das infâncias” configurou um campo de lutas que, a partir da década de 1980, se desvanece sob a cristalização de uma imagem pretensamente universal da criança como sujeito vulnerável e em desenvolvimento necessário rumo à idade adulta. Entre 1968 e o final dos anos 1970, os jornais, as prateleiras das livrarias, os cinemas e as salas de aula testemunham a efervescência de outras maneiras de pensar e viver com as crianças. Os episódios históricos que tornaram possível a enunciação deste conjunto de problemas evidenciam que a infância, antes mesmo de ser uma categoria etária ou um constructo teórico, é um território em disputa. Mas, uma vez que se trata de pensar uma realidade ausente, como colocá-la novamente em cena? Estas notas integram uma pesquisa que se propõe a mapear a meteorologia da moral que tornou simultaneamente possíveis e conjuradas as imagens de uma “infância à penumbra” no pensamento francês contemporâneo.

  • A Epistemologia Genética de Jean Piaget é uma das teorias mais importantes acerca do conhecimento. Esta teoria tem influência determinante nos sistemas de educação pública de diversos países, incluindo o do Brasil. Apesar da grande quantidade de publicações sobre os mais diversos aspectos desta teoria, é bem menor o volume de trabalhos sobre sua história, e menor ainda sobre a formação de seu método de pesquisa, o Método Clínico. A presente pesquisa tem por objetivo mostrar o início da gênese do método de Piaget, especialmente no período entre 1920 e 1922. Para tal, foram localizados os protocolos de pesquisa do próprio Piaget disponíveis nos Archives Jean Piaget, em Genebra. Os documentos foram fotografados e analisados, o que inclui sua leitura e identificação das informações mais relevantes. Os dados obtidos foram convertidos em resumos, quadros e gráficos. A narrativa construída para mostrar a forma como Piaget construiu seu método é baseada nos pressupostos teóricos propostos por Bruno Latour e a Teoria Ator-Rede. Nele, são recusadas histórias que tomam o cientista por herói ou a submissão de seus trabalhos a meros constrangimentos sociais, para produzir uma história onde humanos e não-humanos tem uma ação, e é a ação destes que compõe a história da gênese do Método. A análise dos protocolos permitiu a divisão do intervalo entre janeiro de 1920 e dezembro de 1922 em três partes. No primeiro período, ainda trabalhando em Paris, Piaget utiliza os resultados obtidos da padronização francesa do teste de Burt, uma tarefa designada a ele por Simon, para obter novos dados sobre o raciocínio. No segundo período, Piaget inicia a modificação de testes e provas psicológicas correntes à sua época para expandir suas pesquisas, se valendo de um novo inquérito já semelhante ao que seria utilizado no Método Clínico. No terceiro período, que se passa integralmente em Genebra, Piaget tem uma explosão criativa com vários métodos originais. Neste período também se observa um direcionamento de pesquisa muito mais claro e preciso. O trabalho conclui que são necessários mais estudos para a utilização dos pressupostos filosóficos da Teoria Ator-Rede nos estudos em história da psicologia, que Piaget foi fortemente influenciado pelo contato com o teste de Burt, o que possibilitou ao genebrino aliar seus estudos sobre lógica e as técnicas de observação que aprendera em seu treinamento como biólogo com a psicologia experimental, e que estas alianças permitiram a criação do Método Clínico. Este, por sua vez, é resultado de uma incorporação acumulativa de técnicas, tanto originais quanto adaptadas, desenvolvidas por Piaget ao longo de um tempo de maturação.

  • A Epistemologia Genética de Jean Piaget é uma das teorias mais importantes acerca do conhecimento. Esta teoria tem influência determinante nos sistemas de educação pública de diversos países, incluindo o do Brasil. Apesar da grande quantidade de publicações sobre os mais diversos aspectos desta teoria, é bem menor o volume de trabalhos sobre sua história, e menor ainda sobre a formação de seu método de pesquisa, o Método Clínico. A presente pesquisa tem por objetivo mostrar o início da gênese do método de Piaget, especialmente no período entre 1920 e 1922. Para tal, foram localizados os protocolos de pesquisa do próprio Piaget disponíveis nos Archives Jean Piaget, em Genebra. Os documentos foram fotografados e analisados, o que inclui sua leitura e identificação das informações mais relevantes. Os dados obtidos foram convertidos em resumos, quadros e gráficos. A narrativa construída para mostrar a forma como Piaget construiu seu método é baseada nos pressupostos teóricos propostos por Bruno Latour e a Teoria Ator-Rede. Nele, são recusadas histórias que tomam o cientista por herói ou a submissão de seus trabalhos a meros constrangimentos sociais, para produzir uma história onde humanos e não-humanos tem uma ação, e é a ação destes que compõe a história da gênese do Método. A análise dos protocolos permitiu a divisão do intervalo entre janeiro de 1920 e dezembro de 1922 em três partes. No primeiro período, ainda trabalhando em Paris, Piaget utiliza os resultados obtidos da padronização francesa do teste de Burt, uma tarefa designada a ele por Simon, para obter novos dados sobre o raciocínio. No segundo período, Piaget inicia a modificação de testes e provas psicológicas correntes à sua época para expandir suas pesquisas, se valendo de um novo inquérito já semelhante ao que seria utilizado no Método Clínico. No terceiro período, que se passa integralmente em Genebra, Piaget tem uma explosão criativa com vários métodos originais. Neste período também se observa um direcionamento de pesquisa muito mais claro e preciso. O trabalho conclui que são necessários mais estudos para a utilização dos pressupostos filosóficos da Teoria Ator-Rede nos estudos em história da psicologia, que Piaget foi fortemente influenciado pelo contato com o teste de Burt, o que possibilitou ao genebrino aliar seus estudos sobre lógica e as técnicas de observação que aprendera em seu treinamento como biólogo com a psicologia experimental, e que estas alianças permitiram a criação do Método Clínico. Este, por sua vez, é resultado de uma incorporação acumulativa de técnicas, tanto originais quanto adaptadas, desenvolvidas por Piaget ao longo de um tempo de maturação.

  • Resumo Os trabalhos de Osório César e de Nise da Silveira costumam se destacar quando se investiga a relação entre expressão artística e saberes psi no Brasil em torno da década de 1950. Porém, outras experiências ocorreram no mesmo período, como as atividades de pintura realizadas na Seção de Praxiterapia da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no município do Rio de Janeiro. A ausência de pesquisas sobre essa experiência suscitou uma busca por documentos que culminou na análise dos números do Boletim da Colônia Juliano Moreira e demais fontes. Os resultados apontam características peculiares da experiência artística na colônia, como o incentivo à cópia e reprodução de fotografias como método terapêutico, o que a diferencia das outras experiências mencionadas.

  • Esse artigo apresenta a proposta de educação internacional elaborada por Jean Piaget em meados de 1930. Para isso, analisamos publicações do autor visando identificar sua concepção de espírito de cooperação internacional e a maneira de desenvolvê-lo nas escolas. Identificamos como o contexto sócio-histórico, marcado pela guerra e pelos nacionalismos, influenciou a construção de conhecimentos sobre educação e sobre psicologia. Por ter assumido a direção de importantes instituições internacionais de educação preocupadas com a promoção da paz pelas escolas, o autor aborda a problemática da educação de forma objetiva e científica. A educação internacional teria como objetivo principal propiciar a emergência da compreensão e da posição de reciprocidade diante dos pares e dos estrangeiros. O método a ser empregado, nas escolas, deveria aproveitar-se das tendências à solidariedade interna e à prática das regras de cooperação e dos métodos do self-government.

  • O objetivo desse artigo é evidenciar modos de existência que se apresentem como alternativas aos tempos de medo instalados no Brasil. A partir de David Lapoujade e José Celso Martinez Corrêa, busca-se dar consistência ao ato de re-existir, uma existência processual que possui seu modo de ser intrínseco e incomparável através de sua inserção em um ecossistema, sobrevivendo e fazendo sobreviver. Com isso, expressamos pontos de uma arte da existência, na qual o testemunho de existências pouco manifestas se desdobra em uma possibilidade de criação de outros mundos possíveis de se habitar.

  • Muito tem sido falado no último ano acerca de uma suposta crise global de refugiados. Ao longo deste artigo, pretende-se questionar a existência de tal “crise” e seus múltiplos efeitos. É possível analisar e discutir o fenômeno global migratório a partir de diversos recortes acadêmicos: juridicamente, economicamente e no âmbito da saúde. Partindo de uma noção construída por Michel Foucault de Saúde – biopolítica, de controle e disciplina, normatizadora – se buscou pensar nas maneiras pelas quais os sistemas de Saúde Pública vêm se estruturando para atender – ou não – migrantes e refugiados. É preciso que conceitos engessados de Saúde e Refúgio sejam reelaborados, que, diante do novo, não se caia em discursos estereotipados e preconceituosos, mas se construa um devir saúde, mais coletivo e múltiplo.

  • O atual contexto sociopolítico brasileiro conduzido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) institui sobre a infância e adolescência um olhar de cidadania. Este artigo busca problematizar as práticas de conselheirxs tutelares que, pautadas por uma lei específica, capturam crianças e adolescentes enquanto sujeitxs de direitos, e ao mesmo tempo reafirmam seu assujeitamento pela tutelação. Narramos os estranhamentos encontrados durante uma pesquisa realizada em um Conselho Tutelar (CT) a qual buscou conhecer as relações que perpassam o trabalho dxs conselheirxs, e compreender suas experiências relativas ao acolhimento e ao encaminhamento de casos. Percebemos no decorrer da pesquisa que as práticas dxs conselheirxs indicam quais são os melhores trajetos para crianças, adolescentes e famílias caminharem, ratificando o paradoxo entre autonomia e modelação, e entre igualdade e proteção. Defendemos que é necessário romper com as naturalizações cotidianas para criar outras lógicas e direções nos modos de atuar com a infância e adolescência.

  • O presente trabalho analisa o discurso da loucura na obra autobiográfica Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado. Analisar um discurso implica em articular texto e contexto. Para tal, a autora é colocada em foco, a partir de sua experiência como mulher subalternizada, em um determinado contexto histórico, articulado ao contexto da história das instituições psiquiátricas.  Seu livro-denúncia prenuncia a reforma psiquiátrica brasileira. Em seu diário, Maura se vê às voltas com questões relacionadas a ser louca. Descreve o hospício, as mulheres internadas, as relações com médicos, enfermeiras e funcionárias, os tratamentos e os maus-tratos. A loucura desafia sua compreensão e a visão inicial do hospício como um lugar fora do mundo não encontra ressonância em um cotidiano institucional opressivo, que ela passa a denunciar.

  • Introduzido como esporte e apreciado por setores privilegiados da sociedade, o futebol popularizou-se no primeiro quartel do século XX entre as camadas mais populares do Brasil. Apesar da ação repressiva governamental, é provável que a nascente burguesia industrial brasileira tenha observado na prática um elemento também capaz de promover suas marcas, além de disciplinar operários e ocupar o tempo de lazer dos trabalhadores ao impulsionar o gasto de energia dos mesmos com atividades desvinculadas da produção fabril, em plena fase de explosão do movimento operário brasileiro. A partir da década de 1930, o Estado brasileiro, sob o comando de Getúlio Vargas, conteve as mobilizações promovidas pelos trabalhadores ao enquadrar tanto a classe operária quanto a burguesia industrial sob seu controle; para tanto, um dos elementos utilizados foi o futebol que, além de instrumento de desmobilização política, serviu à edificação de certa identidade nacional, em pleno período do Estado Novo (1937-1945). O sucesso do Brasil na Copa de 1938, realizada na França, teria dado consistência às intenções varguistas.

  • Saúde Coletiva, uma invenção brasileira, constitui uma nova forma de articular saberes e práticas originadas de instituições da área da Saúde Pública e da Medicina Preventiva e Social. Instituída no Brasil durante as décadas de 1960/70, teve, sem dúvida, um caráter inovador em relação ao que existia à época no setor saúde. Seu desenvolvimento até os dias atuais vem ocorrendo através de cursos de graduação e pós-graduação promovidos por universidades públicas, criados a partir, sobretudo, da atuação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva/Abrasco, fundada em 1979. Além disso, a Associação tem promovido congressos nacionais e internacionais, bem como publicado revistas, livros e boletins. Colaborando com outras entidades da sociedade civil, a Abrasco vem se manifestando de forma crítica e ética diante de fatos relacionados às políticas de saúde e de educação e a outros acontecimentos de ordem política, econômica, social e ideológica que ocorrem no país.

  • As dimensões políticas e educativas da Saúde Coletiva no Brasil

  • Neste artigo problematizamos como o discurso científico, em sua face mais dura, na busca pela verdade absoluta trata a adolescência como universal. Em geral, as teorias desenvolvimentistas atribuem às etapas da vida uma linha de continuidade evolutiva, como se cada fase tivesse seu tempo e fosse ultrapassada a fim de se chegar à próxima. Baseadas em um paradigma racionalista, elevam a adolescência a um ideal, a uma fase delimitada do desenvolvimento humano, com características bem definidas. Produz-se, assim, um processo de normalização que cristaliza uma forma de ser e estar no mundo, e que nega a heterogênese dos modos de existência. Destacaremos algumas discussões com relação aos aspectos notadamente culturais e históricos da adolescência, que colocam “em xeque” essa noção de universalidade.

  • Este trabalho refere-se à análise dos laudos psicológicos e sociais, ligados a vara de família, especificamente sobre um caso de separação que envolve a disputa pela guarda compartilhada. Procurou-se analisar os subtextos dos laudos em relação a questões que se referem ao conflito familiar no cuidado de uma criança, na capacitação do(s) pai (s) quanto ao exercício da guarda e também à atribuição da modalidade da guarda. Além da demanda determinada pelo juiz, investigou-se também os discursos dos operadores do direito, com a intenção de se fazer uma leitura mais aprofundada do caso. A proposta metodológica se fundamenta nos núcleos de significação, que parte da concepção de que todo fenômeno psicológico deve ser analisado a partir das condições sociais e históricas. Os resultados foram constituídos em dois núcleos: a) a dificuldade de separar a conjugalidade da parentalidade; b) os diferentes sentidos atribuídos à guarda compartilhada. Os discursos revelam muito pouco sobre as demandas da criança. Os subtextos têm como eixo a busca pela harmonia nas relações de parentalidade e a atribuição da guarda materna como prioridade. O que se destaca é que os discursos priorizam o comportamento individual e não a dinâmica família e as desavenças entre a parentalidade e conjugalidade como intrínsecas aos processos de separação e disputa de guarda.

  • O objetivo desse artigo foi analisar o processo de institucionalização do espiritismo no Brasil e a opção por sua institucionalização e busca de legitimidade como religião. Percebeu-se que tal opção foi profundamente marcada pelo embate com a psiquiatria, também em busca de legitimação social à época, no questionamento que essa fazia às concepções e práticas espíritas relacionadas ao tratamento de problemas mentais. A institucionalização enquanto religião forneceu um espaço de reconhecimento social e institucional para o espiritismo, que possibilitou que suas práticas ocorressem protegidas legalmente dos questionamentos médico-psiquiátricos. Nesse contexto, a criação dos hospitais psiquiátricos espíritas foi a forma encontrada para possibilitar expressão da vertente científica do espiritismo, o que estabeleceu uma associação entre saber médico e saber espirita na estruturação dessa vertente no espiritismo no Brasil.

  • Tendo como suporte a narrativa de uma experiência de trabalho em uma ONG, esse escrito assume, como objetivo principal, a investigação de algumas engrenagens do “empreendedorismo de si” em nossa sociedade. Assim, tomando como fio condutor a questão do empreendedorismo sob a forma da “capitalização da vida”, esse trabalho se desdobra em alguns eixos de análise tais como a urgência de um tempo da produtividade − onde não há separação da produção de subjetividade da econômica − e a criação de zonas de resistência num mundo regido pela velocidade. Partindo de um relato de experiência, esse artigo se desenvolverá atrelando essa narrativa a uma breve pesquisa bibliográfica, em que faremos uso de autores como Michel Foucault, Maurízio Lazzarato, Gilles Deleuze e Felix Guattari.

Última atualização da base de dados: 26/11/2024 07:58 (UTC)

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