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Quais as repercussões da discussão sobre a natureza interpretativa das ciências? Ao retomar o valor do paradigma indiciário como eixo norteador – por ser marco decisivo da constituição das Ciências Humanas ao final do século XIX –, este livro aborda a problemática de uma postura interpretativa, em que as condições de leitura são opacas à decifração, lançando o pesquisador no dilema entre o geral e o particular, entre o oculto e a ilusão da observação pela consciência.
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O artigo propõe uma revisão teórica da contribuição de C. G. Jung na história da psicologia e no rol das ciências humanas. O percurso adotado desenvolve o conceito de equação pessoal e a relevância do mesmo na teoria sobre os tipos psicológicos. Elucida, ainda, como esse pressuposto se insere em uma epistemologia e método da psicologia analítica, a partir dos princípios formulados por Jung. Conclui-se que o fazer nas ciências humanas, sob o prisma desse enfoque, está atrelado a um método que respeite a subjetividade do pesquisador e a integridade do sujeito de pesquisa, imbuído de princípios epistemológicos, tais como estrutura da psique, finalismo e sincronicidade e permeado por uma linguagem simbólico-metafórica que reúne imagem e palavra em narrativas de significado.
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Este trabalho busca analisar as relações de gênero e poder que atravessavam as experiências das mulheres no período conhecido como Belle Époque, entre 1889 e 1922, na cidade do Rio de Janeiro, sendo resultado de revisão da literatura. A partir do contexto social, político, econômico e cultural da cidade, analisam-se os espaços sociais e discursos disponíveis para as mulheres, buscando compreender as múltiplas faces do ser mulher que acompanha o tecido social dessa trama. Assim, discute-se a questão feminina sob o ponto de vista dos médicos, o problema da educação, o ideal de família e o trabalho “fora do lar”. A perspectiva teórico-metodológica deste trabalho se insere no campo da história das mulheres e das relações de gênero.
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Conduzido por uma perspectiva histórica, o trabalho apresenta a contribuição da fenomenologia para a reproposição do tema da pessoa na psicologia contemporânea, não mais como construto teórico e a priori e sim como resultado da análise das vivências humanas baseada no método fenomenológico. O percurso realizado inicia por uma introdução histórica acerca da constituição dos saberes sobre a pessoa na tradição cultural do Ocidente e da discussão sobre o tema nas Ciências do Espírito na Alemanha do século XIX. A seguir, é apresentada a propostas da fenomenologia de Husserl e as aplicações desse método ao estudo da pessoa, realizadas por Edith Stein. Conclui-se que o conceito de pessoa foi perdido na psicologia contemporânea, principalmente diante de perspectivas herdeiras do movimento do Estruturalismo filosófico. A fenomenologia, contudo, proporciona uma possibilidade de resgate do mesmo, não tanto como construto teórico e sim enquanto fenímeno.
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Estudos sobre a história da profissão e da formação do psicólogo sugerem embates entre médicos e aqueles que praticavam psicologia, quando da regulamentação da profissão, no Brasil. Um dos embates estava relacionado à atuação do psicólogo como profissional independente, na área clínica, já que os médicos entendiam que esse campo de atuação pertencia à medicina. Neste cenário, este artigo objetiva descrever e analisar conhecimentos e práticas psicológicas produzidas pela comunidade médica, em período anterior às primeiras discussões sistemáticas sobre a regulamentação da psicologia. Assim, analisaram-se artigos publicados nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria, de 1943 a 1949. Os resultados sugerem que, na circulação de práticas e conhecimentos psicológicos, na comunidade médica, houve prevalência de discursos e métodos psicanalíticos. Isto pode indicar que os embates em torno da profissionalização da psicologia ocorreram entre médicos psicanalistas e aqueles que produziam outras intervenções clinicas, em Psicologia.
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O presente artigo aborda o termo “mulata” e, na tentativa de compreender a maneira específica como as artes plásticas se apropriaram dessa personagem, escolhemos a produção de Di Cavalcanti para investigar, reconhecido no mundo das artes como o “pintor das mulatas”. Diante da escolha do nosso objeto de estudo, nos propusemos, então, a identificar, descrever e analisar os elementos de significado presentes em obras que retratam mulatas, executadas pelo artista, procurando considerá-los segundo questões de raça, gênero e classe. Elegeu-se a interseccionalidade como o principal caminho teórico a se percorrer, tentando apreender melhor o fenômeno social que permeia a personagem “mulata” e suas características singulares. Como método, optou-se pela análise semiótica de três imagens. Os achados apontam a vulnerabilidade da mulher negra/mestiça por ter sua vida marcada pelas sobreposições de três eixos de subordinação: raça, gênero e classe.
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