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O texto da história da psicologia é um intertexto e o método de pesquisa dessa disciplina dirige-se para a elucidação desse intertexto. O historiador da psicologia trata com textos de psicólogos, filósofos e historiadores das culturas e das idéias. Começa investigando um texto de um psicólogo e aprofunda e amplia seu exame com o estudo de textos filosóficos e históricos que freqüentemente permanecem silenciosos no texto do psicólogo. Seguindo esse método, narra as reconstruções racionais (as analogias conceituais entre o texto do psicólogo e o pré-texto filosófico) e as revoluções psicológicas (ao inserir as reconstruções racionais nos seus contextos cultural e intelectual) que constituem o memorial da psicologia. Os casos Wilhelm Wundt por Kurt Danziger, e Edward C. Tolman por Laurence Smith são apresentados para ilustrar concretamente nossa caracterização da história da psicologia; e, também, para mostrar como escorregos e omissões intertextuais conduzem a equívocos e simplificações surpreendentes, que não poupam os melhores historiadores.
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A aplicação da fenomenologia como método de análise e estudo das culturas força à via regressiva que conforma uma arqueologia. A proposição de realizar uma busca das origens (arche) das manifestações culturais emprega os fundamentos fenomenológicos primeiramente elaborados por Edmund Husserl e posteriormente revisitados por Angela Ales Bello. A exemplo do método regressivoe subtrativo da descrição das essências, o artigo contextualiza a proposta da arqueologia fenomenológica das culturas, aponta as principais tendências que influenciaram as definições da fenomenologia, a concepção de consciência em sua dimensão noética e a importância do retorno à materialidade na análise da constituição do mundo da vida, ou seja, sua dimensão hilética. Para compreensão das culturas outras é preciso, como constata Ales Bello, haver subtração da concepção egocentrada de consciência que tende a visualizá-la sempre por uma perspectiva intelectual. Chega-se, então, ao primado da corporeidade para a realização de uma subjetividade que só a partir deste estrato sensório-perceptivo inicial pode se formar e se exercer.
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A trajetória da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, do Conselho Federal de Psicologia, é analisada, no contexto das comemorações de seus 25 anos, evidenciando o processo de transformação que a levou a ser avaliada como periódico de nível A pela CAPES, em 2000, acompanhando as transformações teóricas e práticas da Psicologia no Brasil, atingindo, assim, a excelência em seu campo de atuação. Seu percurso é analisado a partir de dados das seguintes partes da revista: capa, contra-capa, editorial, ficha técnica, sumário, seções e temas dos artigos, utilizando como fontes todos os números publicados entre 1979 e 2004 (56 exemplares). Psicologia: Ciência e Profissão revela-nos os psicólogos como profissionais que escutam a sociedade onde vivem, produtores de práticas que têm, cada vez mais, referência nesta sociedade. Nesses 25 anos, a revista registrou a produção de uma nova identidade para a Psicologia brasileira, construída a partir tanto do diálogo com os diversos campos de atuação quanto da produção de outros olhares sobre esses diversos campos, mostrando como a profissão se deslocou de uma posição mais elitista para uma outra comprometida com a ampliação dos espaços de atuação do psicólogo junto a camadas desprivilegiadas da população brasileira, conhecida como de um maior compromisso social.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (1.874)
- Conferência (1)
- Livro (471)
- Seção de livro (1.151)
- Tese (511)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (405)
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Entre 2000 e 2024
(3.599)
- Entre 2000 e 2009 (1.082)
- Entre 2010 e 2019 (1.645)
- Entre 2020 e 2024 (872)
- Desconhecido (4)