Pesquisar
Bibliografia completa 4.008 recursos
-
O trabalho de Watson sobre o pensamento foi tratado inadequadamente por muitos intérpretes, gerando uma lacuna na interpretação histórica visto que Watson exerceu ampla influência sobre a Psicologia. Nosso objetivo é sanar parte deste problema esclarecendo as principais posições de Watson sobre pensamento. Nossa hipótese é que a teoria watsoniana sobre o pensamento como hábito é uma forma de referencialização materializante influenciada pela desmetafisicização do pensamento Ocidental proveniente do Iluminismo. Admitimos que a teoria de Watson reproduziu premissas do erro de categoria cartesiano. Assumimos também que a prioritária associação entre pensamento e linguagem watsoniana denuncia influências indiretas da tradição filosófica grega clássica.
-
Este artigo procura reconhecer e avaliar a concepção de loucura no romance Quincas Borba, de Machado de Assis. Para isso, analisamos o desenvolvimento da loucura em Rubião, o protagonista do romance. As análises foram feitas em duas etapas. Em primeiro momento, comparamos as concepções de loucura presentes no romance com as teorias de psiquiatras do século XIX. Em um segundo momento, buscamos compreender a loucura tendo como parâmetro a própria obra do autor, apoiando nas idéias presentes no conto "O espelho". O resultado das análises é que Machado de Assis não apenas se apropriou das teorias psiquiátricas da época, como foi além tratando a loucura dentro da dinâmica do homem com o seu meio social.
-
A pesquisa analisa o uso de metáforas, alegorias, comparações e exemplos, recursos retóricos destinados aos sentidos, afetos e imaginação dos ouvintes, nos sermões vieirianos "As Cinco Pedras da Funda de Davi". As figuras promovem incitação do dinamismo psíquico dos ouvintes. Averiguou-se que as imagens utilizadas são coerentes com a liturgia quaresmal e com a leitura hermenêutica sacramental da realidade orientada teleologicamente. Constatou-se também que o uso pauta-se no saber fundado na retórica e na psicologia-filosófica aristotélico-tomista, em um conhecimento do homem entendido como totalidade e que o poder da palavra, figurativamente, proporciona elaboração da experiência e mudança comportamental.
-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
-
Desde os anos cinqüenta, o enfoque cognitivo tem assumido um papel fundamental na pesquisa psicológica. Revolução Cognitiva é a designação do movimento intelectual que iniciou uma nova área de estudos conhecida como ciência cognitiva. De outra forma, um novo movimento chamado de segunda revolução cognitiva enfatiza a importância das práticas discursivas para os processos mentais humanos. O principal objetivo deste trabalho é caracterizar e comparar as duas revoluções cognitivas. Com base numa revisão da literatura e em uma discussão histórica sobre ambos movimentos, os autores consideram o impacto da primeira revolução cognitiva, bem como as limitações da segunda revolução cognitiva. O propósito desta análise não é contestar a importância dos enfoques discursivos e construtivistas. Em contrapartida, os autores afirmam que tais processos são insuficientes para caracterizar uma segunda revolução no âmbito das ciências cognitivas.
-
A subtração da alteridade a revela em suas especificidades existencial e essencial, respectivamente, pelo exame do esvaziamento no caso do karate-dô e pela redução fenomenológica. Este artigo se propõe a analisar a alteridade como um dos fundamentos da tradição existencial própria do karate-dô. Concomitantemente, explora aspectos do problema do alter ego e da empatia fenomenológica, tratados por Edmund Husserl e Edith Stein, de modo a acentuar as análises das vivências atuantes em determinados conteúdos produzidos por praticantes experientes de karate. Uma análise fenomenológica do esvaziamento introduz a questão da alteridade conforme se revela neste fenômeno em conteúdos investigados. A questão, conforme descortinada pela epoché, põe-se como análise fenomenológica da entropatia. Para concluir, são realizadas algumas distinções necessárias que precisam alguns limites da dissolução do outro num mesmo eu, sugerida em conteúdos examinados. Constata-se que a vivência de paroxismo intersubjetivo pontua um dos fenômenos fundamentais da dinâmica existencial do karate-dô.
-
A reforma psiquiátrica visa a desconstruir a posição do “louco” na sociedade, colocando a doença entre parênteses para considerar um homem capaz de sentir, desejar e agir, desvinculado de um padrão de normalidade. Nessa perspectiva, decidimos traçar o perfil da demanda em saúde mental e investigar como vivem os usuários de psicotrópicos e/ou egressos de hospitais psiquiátricos residentes no bairro de Bom Pastor, Natal, a fim de melhor conhecer a experiência cotidiana desses sujeitos. Aplicamos um questionário semi-estruturado a 160 usuários, através do qual percebemos que o cotidiano dessas pessoas é estruturado a partir do diagnóstico recebido. Inúmeras atividades deixam de ser realizadas em função disso. A circulação dessas pessoas em seu bairro/cidade é bastante restrita, bem como poucas as atividades realizadas por elas, as quais estão sempre condicionadas à disponibilidade de familiares. Apesar dessa realidade, há o desejo por parte dos entrevistados de diversificar essas atividades e torná-las mais freqüentes.
-
Investigar aquilo que nos configura como sujeitos de poder e de saber no presente é abrir possibilidades de novas subjetivações. A noção-saber Recursos Humanos (RH), vastamente utilizada nas empresas, bem como, atualmente, nas demais organizações que empregam força de trabalho – como governos, ONGs etc. –, configura sujeitos empresarias que não apenas trabalham, mas vivem dentro de uma lógica da empresa. O presente ensaio, explorando essas questões ao lado das perspectivas foucaultianas da história e do discurso, faz a tentativa de uma conversão do olhar para novas formas de análise do RH, da empresa, das psicologias envolvidas, das subjetivações engendradas. O trabalho se insere em um projeto maior de uma arqueogenealogia da empresa.
-
A noção de indivíduo é historicamente constituída. O objetivo deste estudo é mostrar quais foram as condições históricas que possibilitaram o surgimento do indivíduo e sua tomada como valor mais precioso na sociedade moderna, e como a invenção do indivíduo ocupa um lugar relevante na história do surgimento da psicologia. Atravessaremos a Antigüidade, a constituição dos Estados Modernos e a proliferação das técnicas disciplinares para construir uma história da noção de indivíduo. A experiência de individualização a que chegamos marca toda a prática psicológica, a qual oscila entre a busca de autonomia e de controle dos seus sujeitos. Sem essa dicotomia moderna – indivíduo autônomo x controlado – talvez nem houvesse psicologia, pois uma vez que o indivíduo fosse pensado unicamente como autônomo não poderíamos tomá-lo como objeto de estudo; ao passo que se houvesse apenas determinações, cairíamos no fatalismo e não seria necessária nenhuma intervenção psicológica.
Explorar
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (1.874)
- Conferência (1)
- Livro (471)
- Seção de livro (1.151)
- Tese (511)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (405)
-
Entre 2000 e 2024
(3.599)
- Entre 2000 e 2009 (1.082)
- Entre 2010 e 2019 (1.645)
- Entre 2020 e 2024 (872)
- Desconhecido (4)