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L'ouvrage enquête sur les cinq visites de Michel Foucault au Brésil, entre 1965 et 1976. Le philosophe visita alors São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife et Belém. Michel Foucault a laissé une trace profonde dans le Brésil de la dictature militaire. Les objectifs de cette recherche comprennent une audiographie de la présence du Foucault-corps au Brésil, ainsi qu'une analyse critique de la primauté conférée à quelques procédures, catégories, problématiques et concepts foucaldiens par les intellectuels et militants brésiliens.
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O objetivo do presente trabalho é analisar a constituição do projeto de uma psicologia científica na obra de Wilhelm Wundt. Tendo em vista as inúmeras falhas e lacunas na literatura secundária, propõe-se uma nova interpretação de seu pensamento, amparada principalmente no exame de fontes primárias, envolvendo tanto suas obras oficiais quanto materiais inéditos do ¿Espólio-Wundt¿ da Universidade de Leipzig. A tese central é a de que o projeto wundtiano de uma psicologia científica só pode ser adequadamente compreendido se levarmos em consideração os interesses e os pressupostos filosóficos que o fundamentam. Em outras palavras, demonstra-se que a psicologia de Wundt não pode ser separada de seu projeto filosófico, do qual ela é uma parte essencial. Argumenta-se que somente dentro desta perspectiva é possível compreender a ruptura teórica operada por Wundt em relação ao seu projeto psicológico inicial ¿ ruptura esta que permanece mal explicada, quando não ignorada na literatura secundária ¿, assim como a evolução e o amadurecimento posterior de seu sistema de psicologia. Finalmente, discutem-se a questão da unidade teórico-conceitual de seu projeto final e os limites do mesmo.
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A biografia, no século XIX e durante quase todo o século XX, foi concebida como um gênero literário de segunda categoria. Biografia e história, mais do que não se comunicarem, apresentavam antagonismos profundos. A biografia compreendida como saber subjetivista e desprovido de erudição; enquanto a história apreciada como ciência, objetiva e culta., a partir dos anos oitenta do século passado, uma significativa mudança ocorreu nesse cenário. Desde então, é crescente o interesse pela biografia como um campo de estudo e fonte de pesquisa respeitável. Como, por que, por quem e para quem ela é escrita, as prováveis classificações de uma biografia, seu caráter mimético, seu impacto na consciência histórica, entre outros fatores, tornaram-na objeto de estudo de diferentes campos do conhecimento. Na historiografia da ciência e, por sua vez, na historiografia da psicologia os efeitos dessas mudanças foram evidentes. Historiadores da psicologia têm, assim, exposto a utilidade deste tipo de fonte, uma vez que biografias e autobiografias de personagens históricas dessa ciência fornecem acesso a elementos da vida científica inexistentes em outras fontes. Considerando essas novas possibilidades de uso de fontes biográficas na historiografia da psicologia, que analisamos a relação entre a vida acadêmica e institucional de B.F. Skinner e a organização comunitária da análise do comportamento entre 1928 e 1970. Objetivo possibilitado pelo recurso à autobiografia de Skinner, trabalho apresentado em mais de mil páginas de um minucioso relato de história de vida, e relatos autobiográficos e biográficos da primeira e segunda geração de analistas do comportamento. A tese central é a de que a história dessa ciência enquanto comunidade científica foi definida em suas quatro primeiras décadas por uma extensão de elementos idiossincráticos da vida acadêmica e institucional de Skinner para aquilo que será identificado nas décadas de 1950 e 1960, como uma comunidade científica fundamentada em sua ciência do comportamento. Tais elementos idiossincráticos foram: o suposto desconhecimento e negligência da produção científica da psicologia por parte de Skinner; a manutenção da sua liberdade científica e institucional; o reconhecimento da sua figura científica desvinculado da ampla aceitação e adesão de seu sistema explicativo na psicologia experimental estadunidense; e sua preferência por relações informais na ciência. Após apresentarmos o panorama no qual buscamos expor como esses elementos históricos seriam refletidos na vida comunitária de um grupo científico, discutimos a função de uma história biográfica da psicologia como meio de lidar com elementos descartados na historiografia da ciência, como aqueles relacionados à escala microssocial de seu funcionamento. Por fim, debatemos a relevância de fontes biográficas e autobiográficas na historiografia da psicologia como meio de retomar debates na arena social da ciência, tradicionalmente, apagados em prol do uso hagiográfico que se fez desse tipo de fonte histórica
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O presente estudo trata do oculto manifestado através de fenômenos excepcionais da consciência – transes mediúnicos, experiências místicas, automatismos e experiências anômalas de cura – e sua relação com a obra do psicólogo e filósofo William James (1842-1910). Portanto, sua delimitação converge para o contexto científico do período vitoriano-eduardiano inglês e estadunidense. A pesquisa em sua fase inicial priorizou a exegese de fontes primárias tais como: The Principles of Psychology, Psychology: Briefer Course, The Varieties of Religious Experience e A Pluralistic Universe. Foram analisados também, artigos contidos em outros volumes da mesma coleção The Works of William James tais com Essays in Psychology, Essays in Psychical Research, Essays in Radical Empiricism e Essays, Comments, Reviews. Igualmente, esse estudo lança mão de literatura secundária relacionada à história da vida e obra de William James e da médium Leonora Piper (1857-1950), bem como de outros intelectuais que de alguma forma se associaram ao seu trabalho. Já a segunda fase dessa pesquisa, consistiu na busca por material de arquivo inédito a esse tipo de estudo. Cartas, cadernos de anotações, apontamentos de conferências, manuscritos, marginália, transcrições e relatórios de pesquisas oriundos dos William James Papers mantidos na Houghton Library na Harvard University em Cambridge nos Estados Unidos e também dos Society for Psychical Research Papers preservados na Wren Library e na Cambridge University Library em Cambridge na Inglaterra foram fotografados, totalizando mais de 2.000 páginas de documentos na sua maioria ainda não publicados. A tese se desenvolve de forma tripartite e embora esse não seja um estudo biográfico, a pesquisa adota uma abordagem cronológica na apresentação dos textos de William James aqui selecionados. Na primeira parte, o estudo expõe os vários conceitos de oculto na história até chegar à sua relação com os fenômenos excepcionais da consciência no contexto do objeto dessa pesquisa. Na segunda, ela demostra a importância do oculto na vida e obra de William James, e defende que esses fenômenos foram relevantes para a configuração dos limites e definição do alcance de uma ciência radical da mente vislumbrada por ele. Na terceira e última parte, a tese apresenta indícios e evidências que deixam transparecer que James tenha colocado esse projeto em prática. Com a apresentação de documentos inéditos que demonstram a participação do oculto na concepção e desenvolvimento do conceito de Fluxo de Consciência, a tese conclui que a psicologia jamesiana guarda dívida maior a essa classe de fenômenos do que narra a sua história. As conclusões mais relevantes desse estudo são: que o interesse de James pelo oculto era mais do que mera excentricidade; que os muitos anos de interesse e dedicação aos fenômenos ocultos tiveram papel significativo no desenvolvimento de seu projeto psicológico. Isso significa que para se entender a obra de William James de maneira mais completa, a interface entre o oculto e sua psicologia deve ser considerado; que a investigação dos fenômenos chamados paranormais que envolvam aspectos de exceção da vida mental pode representar um caminho legítimo para a compreensão da natureza humana em sua expressão mais abrangente.
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O entendimento atual do papel desempenhado pela psicologia do filósofo alemão Christian Wolff (1679-1754) na história da psicologia é problemático, e isto em razão da persistência de algumas questões gerais a seu respeito tanto na historiografia da psicologia quanto na Wolff scholarship. Estas questões são: 1- Qual é a relação entre os escritos psicológicos alemães e latinos de Wolff? 2- Em que consiste a separação wolffiana entre psicologia empírica e racional? 3- Wolff adota uma perspectiva monista ou dualista em sua psicologia? Visando ao avanço do conhecimento a respeito da psicologia de Wolff, e de seu papel na história da psicologia, o presente estudo busca responder a estas questões, lançando mão de três hipóteses: (1) os escritos psicológicos de Wolff constituem uma unidade; (2) o sistema psicológico de Wolff constitui uma unidade; (3) monismo e dualismo constituem uma unidade na psicologia de Wolff. Após a explicação detalhada na Introdução do problema e dos procedimentos do estudo, nos Capítulos 1 e 2 é desenvolvida uma análise histórico-filosófica dos principais escritos psicológicos alemães e latinos de Wolff. Contrastando os dados desta análise com diversas teses da literatura secundária, no Capítulo 3 é realizada a avaliação das hipóteses. Na Conclusão, são retomadas as questões iniciais do estudo, e estimado o seu valor para a historiografia da psicologia e para a Wolff scholarship.
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Desenvolvido entre o final do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX, o projeto de psicologia de Titchener é ainda hoje mal interpretado. Apesar de suas contribuições ao desenvolvimento da psicologia experimental nos EUA, suas ideias foram gradativamente abandonadas após sua morte e seu sistema tornou-se vítima de interpretações parciais, que ignoram aspectos importantes de sua trajetória intelectual. Duas questões centrais sobressaem neste cenário: a relação entre as concepções de Titchener e o empiriocriticismo, e as mudanças em seu projeto psicológico. Partindo da hipótese de que a psicologia de Titchener refletiu as transformações em sua perspectiva filosófica, o presente estudo procurou oferecer, com base em fontes primárias inéditas, uma interpretação abrangente do percurso intelectual do autor, elucidando aspectos até aqui não esclarecidos e que permanecem mal compreendidos na literatura secundária. Para tanto, o trabalho foi dividido em 4 capítulos. Após apresentação do problema e dos procedimentos adotados na pesquisa, que ocupam a introdução, o capítulo 1 trata do contexto formativo de Titchener em Oxford e em Leipzig, com especial atenção para o cenário institucional e intelectual britânico, que exerceu significativa influência sobre o autor. O capítulo 2 apresenta as características da concepção inicial de psicologia de Titchener, identificando a influência de suas convicções originais sobre questões centrais de sua proposta. O capítulo 3 discute a consolidação de seu projeto de psicologia, apresentando o reposicionamento de Titchener em relação à filosofia e seus novos pressupostos. O capítulo 4 trata do desenvolvimento tardio de sua obra e das reinterpretações apresentadas pelo autor em seu projeto. Na conclusão, é retomada a trajetória do projeto de psicologia de Titchener face às questões centrais do estudo e algumas considerações gerais sobre a natureza do seu trabalho são apresentadas.
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Historicamente os fenômenos psíquicos, atualmente chamados de parapsicológicos ou anômalos, fizeram parte do background cultural do nascimento da psiquiatria e psicologia. Diversos pesquisadores do final do século XIX e início do XX, especialmente da classe médica, buscaram avaliar estados alterados de consciência, mediunidade, telepatia, clarividência, precognição, entre outros. Esses estudos foram importantes para a nascente ciência da mente. Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e pesquisador suíço dos mais prolíficos do século XX. Um aspecto ainda não esclarecido de seu trabalho é seu marcado interesse pelos fenômenos psíquicos. O objetivo desta tese foi compreender o papel dos fenômenos psíquicos no contexto da produção teórica de Jung. A nossa fonte primária de referência foi The Collected Works of C. G. Jung. Ainda utilizamos as C. G. Jung Letters e as principais biografias publicadas sobre Jung. Realizamos um mapeamento inicial nas Collected Works de forma a estabelecer como essa temática é trabalhada por Jung e a quais contextos ela estaria relacionada. Chegamos a três eixos de análise: 1) Os fenômenos psíquicos nas obras de autores estudados por Jung, 2) as pesquisas de Jung de fenômenos psíquicos em médiuns, e 3) os fenômenos psíquicos vivenciados por Jung. Em relação ao primeiro item analisamos o impacto das produções teóricas de Théodore Flournoy, Justinus Kerner, Frederic William Henry Myers, Joseph Banks Rhine e William James sobre a obra do autor suíço. Em relação ao segundo item detacamos o estudo maior de Jung com a médium Helene Preiswerk e seus estudos com o médium austríaco Rudi Schneider, o médium alemão Oskar Schlag e a clarividente de Zurique Frau Fässler. Em relação ao terceiro item, avaliamos as vivências parapsicológicas mais significativas de Jung, a saber, sua experiência de quase morte (EQM) em 1944, suas vivências de percepção extrassensorial (PES) das primeiras décadas do século XX e seu suposto contato com espíritos. Consideramos que essas vivências também impactaram a obra do autor através de produções expressivas como Synchronicity (1952) Mysterium Coniunctionis, (1955 – 1956), Septem sermones ad mortous (1916) e The Red Book (1913 – 1930). Concluímos que a fenomenologia anomalística e a psicologia analítica possuem associações, sendo que a psicologia analítica se estruturou sob forte influência das investigações dos fenômenos psíquicos.
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Ainda que seja possível observar um recente interesse pela obra principal de Tetens, Philosophische Versuche über die menschliche Natur und ihre Entwickelung (1777), e reedições de suas outras obras filosóficas, ainda restam muitas lacunas a serem preenchidas na compreensão da profundidade e originalidade do seu projeto intelectual. Esse é o caso, por exemplo, do estatuto da psicologia empírica no seu sistema metafísico. Não obstante alguns estudos tenham contribuído para uma melhor compreensão das principais características da investigação psicológica em seus Philosophische Versuche, é possível observar que questões fundamentais, como a existência de uma proposta coerente e unificada de psicologia empírica e sua relação com a ontologia e a psicologia racional, permanecem sem um claro entendimento. Partindo do pressuposto de que uma análise dos escritos filosóficos e psicológicos anteriores e posteriores à sua obra magna podem auxiliar na compreensão dessas questões, o presente trabalho inicia-se com alguns apontamentos acerca da psicologia e da metafísica no período de 1759 a 1775. Em seguida, priorizamos uma descrição das investigações psicológicas nos Philosophische Versuche, para só então discutirmos o estatuto de sua psicologia empírica, a partir da análise da Metaphysik (2015). Em nossa análise, verificamos que não há nenhuma mudança significativa na sua concepção de psicologia empírica ao longo de sua obra, incluindo aí sua definição como disciplina metafísica e o uso do método analítico, ainda que isso nem sempre esteja detalhado nas discussões iniciais. Além disso, apontamos algumas evidências textuais para sustentar a tese de que a filiação da psicologia empírica à metafísica é baseada em seu caráter propedêutico à ontologia e à psicologia racional, mas também em uma concepção geral de psicologia, que, como ciência da alma, necessita ser complementada por uma análise racional, inclusive por conceitos e princípios fundamentais da ontologia.
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A contribuição de Christian Wolff (1679-1754) para a história da psicologia, particularmente de sua Metafísica Alemã (1720), ainda é significativamente mal compreendida tanto no panorama geral da historiografia da psicologia quanto na literatura especializada no pensador. Tendo isto em vista, o objetivo do presente estudo é descrever e analisar a concepção wolffiana de psicologia presente na Metafísica Alemã. Após uma breve contextualização histórica, é oferecida uma descrição dos conteúdos empíricos e racionais da disciplina, incluindo sua relação com as demais matérias da metafísica. Em seguida, propõe-se uma análise baseada em questões levantadas pela literatura secundária. Em geral, defende-se a existência de uma importância especial da Metafísica Alemã dentro do pensamento psicológico de Wolff, independentemente de seus demais escritos psicológicos, assim como sua relevância para o desenvolvimento, já no século XVIII, de uma noção de psicologia científica, contrariando teses tradicionais em historiografia da psicologia.
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A memória é considerada como um processo psicológico chave. Nas últimas duas décadas muitas visões diferentes de como a memória é representada e organizada foram apresentadas. No século XIX, Wilhelm Wundt conduziu um número de experimentos sobre a memória que parecem ter sido negligenciados por psicólogos cognitivos modernos e neurocientistas. Neste trabalho, conceitos fundamentais do sistema de Wundt são revisados (objeto e método de psicologia, mente e causalidade psíquica) e algumas de suas investigações experimentais sobre a memória são expostas. A perspectiva wundtiana reflete uma estrita aderência a um método firmemente calcado num abordagem teórica onde a memória está inserida em um projeto de pesquisa sobre a exploração da experiência consciente. Esta revisão da abordagem wundtiana sobre a memória objetiva também relacionar a psicologia da memória de Wundt com as pesquisas contemporâneas em psicologia do desenvolvimento e fornecer algumas questões para o debate sobre o conceito de memória, sua natureza e sua relação com fenômenos como a consciência.
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O objetivo deste trabalho é investigar, tendo como base o texto Sonhos de um Visionário, a problemática do espírito dentro do pensamento inicial de Kant, destacando, nesse contexto, as primeiras indicações do criticismo. Enfocaremos a superação da metafísica inicial de Kant, em Sonhos, e a configuração de um novo horizonte para se pensar o problema do espírito e da metafísica em geral através de uma reflexão sobre a vontade humana. Serão apresentadas as evidências de uma mudança de direção no pensamento kantiano a partir da qual a moral será apontada como a base para a fundamentação da metafísica. A religião, por sua vez, apresentar-se-á como um importante elemento dentro desta nova elaboração.
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O objetivo do presente trabalho é comparar as definições de objeto e método nos projetos de psicologia experimental de Wilhelm Wundt e Edward Titchener. Tendo em vista as aproximações equivocadas entre os autores presentes nos manuais de psicologia e a escassez de estudos mais sistemáticos acerca da obra de Titchener, em especial no cenário nacional, as comparações entre as idéias de ambos, disponíveis na literatura secundária, ainda não foram suficientes para demonstrar as diferenças entre suas propostas. Frente a este panorama, propõe-se uma comparação das definições de objeto e método da psicologia, especificamente nas obras que representam o período de maturidade das idéias de Wundt, com aquelas que caracterizam a expressão clássica do estruturalismo de Titchener. A tese central é que, em função dos distintos pressupostos teóricos, as noções de experiência humana e do domínio do psíquico adquirem um diferente significado no pensamento de cada autor, configurando com isso diferentes objetos de estudo para a psicologia e, consequentemente, uma diferente compreensão acerca das possibilidades e limites do método experimental.
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Théodule Armand Ribot (1839–1916) é considerado o pai da psicologia científica francesa. Suas primeiras obras são reconhecidas, por muitos, como marco da “nova psicologia” naquele país. Nelas, Ribot traz para o público francês as idéias oriundas da “nova” psicologia inglesa e alemã. Ele contribuiu de forma decisiva para a consolidação da psicologia como ciência independente, pois foi o responsável pelo primeiro curso de psicologia experimental da Sorbonne, o primeiro a ocupar a cadeira de “psicologia experimental e comparada” no Collège de France. Entretanto a contribuição do autor é ainda mais ampla, inclusive no tocante ao método da psicologia. O presente trabalho tem por objetivo compreender o problema do método de investigação psicológica na obre de Ribot. Para atingí-lo forma analisados os principais textos do autor sobre o tema. Esta análise mostrou que Ribot parte de uma apropriação das psicologias inglesa e alemã, para romper com o Espiritualismo Eclético, hegemônico na França em sua época e, aproximando-se da medicina francesa, ele constitui e aplica o que chamou de método psicopatológico, localizando-o na nova psicologia científica francesa.
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Apesar do século XVIII ser pouco enfatizado na historiografia da psicologia, é possível observar uma riqueza de material psicológico junto à logica, à metafísica, à filosofia moral, à estética, etc., especialmente no Iluminismo alemão. Neste século, focamos o estudo empírico da alma que Johann Nicolas Tetens discutiu nos Ensaios Filosóficos Sobre a Natureza Humana e seu Desenvolvimento (Philosophische Versuche über die menschliche Natur und ihre Entwickelung) publicado em 1777. Nosso objetivo principal é analisar a concepção de psicologia empírica, bem como sua relação com a filosofia, nesta obra. Esta questão é particularmente relevante quando constatamos que há interpretações distintas, até mesmo divergentes, sobre este tema na literatura secundária. Em nossa análise, verificamos que, em continuidade com as discussões de 1760 e 1775, nos Ensaios Filosóficos, a psicologia empírica é compreendida como um conhecimento histórico-filosófico que tem um papel preliminar e fundamental na determinação da legitimidade da metafísica, e que a primazia do método introspectivo não significa uma recusa irrestrita da análise racional.
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Muitas ideias de Immanuel Kant (1724-1804) a respeito da psicologia são ainda entendidas, em geral, de forma bastante incompleta ou com distorções e más interpretações na literatura secundária especializada, mas, principalmente, em manuais de história da psicologia. Um dos grandes problemas encontrados é a não consideração ou o exame superficial da relação existente entre a psicologia empírica e a antropologia pragmática. Por conta disso, há ainda muitos problemas interpretativos que permanecem sem uma solução apropriada. Um deles é a falta de clareza a respeito de uma afirmação feita por Kant, em sua obra de 1781, referente à relação entre a psicologia empírica e a antropologia. O presente trabalho tem o objetivo de compreender melhor tal afirmação e, além disso, através do exame detalhado da relação entre estes dois campos, apresentar de forma mais completa as concepções de Kant a respeito da psicologia. A tese geral defendida é a de que essa relação precisa ser considerada e examinada com profundidade para se compreender de forma adequada o que Kant realmente quis dizer na obra de 1781 e a amplitude de suas concepções sobre a psicologia.
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