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A volume in Advances in Cultural Psychology Series Editor: Jaan Valsiner, Clark University This book covers the results of investigation of social realities and their public representation in Brazilian poor communities, with a particular emphasis on the use of cultural tools to survive and create psychological and social novelty under conditions of severe poverty. A relevant part of it brings together the multi-faceted evidence of a decade of research concentrated in two particular low-income areas in the city of Salvador da Bahia, Brazil. Other studies conducted in other Brazilian areas and in Cali, Colombia are included. In contrast to most representations of poverty in the social sciences which create a "calamity story" of the lives of poor people, the coverage in this book is meant to balance the focus on harsh realities with the cultural-psychological resiliency of individuals and families under poverty.
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Evidenciam-se contribuições dos fenomenólogos Stein e Wojtyla quanto à constituição da pessoa em ação. Analisando vivências, Stein sistematiza dinâmica da motivação: a pessoa volta-se intencionalmente para objeto apreendendo conteúdo de sentido para agir com liberdade a partir da correspondência entre provocações razoáveis indicadas pelo objeto e exigências constitutivas de si. Wojtyla analisa dinamismo da ação que revela e realiza a pessoa. Toda realização contém auto-realização por mobilizar a pessoa inteira a partir do seu centro, constituindo-se dever moral porque toca na verdade de si. Delineia-se percurso da experiência da ação pela apreensão da estrutura pessoal realizada em ato (Stein) e pela ação auto-realizadora reveladora dessa estrutura (Wojtyla). A novidade deste percurso consiste em: valorizar análise vivencial como caminho descritivo da subjetividade; evidenciar ação enquanto reveladora e constituinte da pessoa; reconhecer que o ser pessoa emerge de elaboração coincidente com o núcleo pessoal, capaz de formá-lo em sua unidade e totalidade.
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Esta pesquisa objetivou averiguar a possível existência de uma concepção de emoção intrínseca aos sentidos das águas na umbanda. Para tanto, examinou-se o simbolismo das águas presente em letras de músicas rituais da umbanda (pontos cantados). Foram coletados aproximadamente 1200 pontos e selecionados 155 que aludem à água. Averiguaram-se correlações entre qualidades de água e elementos significantes correlatos (rio, mar, cachoeira, areia, barco etc.) e os seus significados expressos no contexto das letras. As categorias de significados das águas encontradas foram: maternidade, segredo, nutriência, luz, batismo, vida e morte, balanço, limpeza e variações e nuances do tônus afetivo. Nos pontos, estes sentidos são fluidos e permeiam uns aos outros. Conclui-se que na umbanda o simbolismo das águas comporta uma concepção que lhe é peculiar de emoções, porém permeada de nuances de sentido que ultrapassam o âmbito psicológico e assumem conotações éticas e ontológicas.
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Este artigo tem por objetivo discutir as idéias de Martin Buber acerca da educação e do papel do educador em sua correlação com tempos de crise. O diálogo, a partir de uma interface entre a sociologia, a teologia e a filosofia, ocorre estimulado por dois temas fundamentais: a dor da barbárie e a esperança. Trabalhar com uma educação voltada para o diálogo e para a construção de uma cultura de paz e solidariedade em tempos sombrios e vazios de sentido como os nossos significa, antes de tudo, perceber a tensão entre esses dois eixos que envolvem a vida dos homens na sociedade atual. A perspectiva buberiana acerca da tarefa de educar vem, sem dúvida, levantar algumas questões fundamentais que remetem não só às exigências da condição de educador, mas às possibilidades de educar em meio ao caos e à violência deste século.
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Este artigo examina a desmontagem da Hipótese Repressiva de Michel Foucault com o propósito de verificar as condições mediante as quais o discurso freudiano sobre o sexo é construído. Antes de questionar a propalada repressão com a qual o freudismo firmou o seu lugar entre os saberes ocidentais, a letra foucaultiana nos convida realizar um ‘passo atrás’ para escrutinar o que permite à psicanálise efetivar um esforço obsessivo para enunciar uma suposta repressão. A questão é outra, portanto, bem aquém do fato de sermos ou não reprimidos: o que a psicanálise ganha com esse discurso? Para tanto, se recorre ao primeiro volume de História da Sexualidade de Foucault num esforço de construção de ferramentas conceituais para manejar elementos da rede epistêmica freudiana.
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Conceitos psicológicos presentes na psicologia contemporânea foram objeto de ampla discussão na teologia medieval, que produziu tradições que influenciam a psicologia moderna. Abordamos a psicologia de Tomás de Aquino. Nossa hipótese é que Tomás de Aquino é representante da psicologia intelectualista, mas incorporou a discussão sobre a vontade, introduzida pelo pensamento paulinoagostiniano e desconhecida pelo intelectualismo grego. No desenvolvimento de sua psicologia da relação entre intelecto e vontade Tomás de Aquino desenvolveu uma teoria da vontade teleologicamente orientada pelo intelecto, rompendo com a teoria agostiniana da vontade ambivalente. Argumentamos também que na psicologia moderna encontramos teorias nas quais há recorrência de problemas salientados na psicologia tomista.
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Estudaram-se características predominantes das formas de representação de si-mesmo na infância/adolescência em autobiografias de 27 escritores brasileiros do século XX, de diversos períodos literários que relataram episódios de relacionamentos adulto-criança e criança-adulto, no âmbito familiar. Marcados pelo sofrimento físico e/ou psíquico. A pesquisa documental tomou como temática a infância/adolescência e como personagens o adulto responsável e a criança/adolescente. O relacionamento da criança/adolescente-adulto responsável evidenciou-se (54,5%) pelo medo, submissão, indiferença afetiva ou ambiguidade (admiraçã-oódio). Na representação de si-mesmo na infância/adolescência predominou (66,3%) a negatividade caracterizada por sentimentos de culpa, fragilidade, fracasso, submissão, manipulação e infelicidade. Os resultados marcam o caráter evolutivo da construção de significados sociais da infância, no Brasil, próprias de práticas cotidianas da primeira metade do século XX; mostram a importância da família na estruturação das temáticas que orientaram a representação de si-mesmo e de modo mais amplo da cultura, moldando a concepção de pessoalidade do indivíduo.
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Da análise de algumas cartas Indipetae, chegamos a descrever um dinamismo de elaboração da experiência revelador de um modus vivendi construído sobre as bases da chamada psicologia filosófica aristotélicotomista. Com o presente artigo pretendemos apresentar um aspecto desse vivido e suas influências e implicações, tomando como referência os contextos histórico e institucional de produção do gênero de documentos com o qual trabalhamos – correspondência epistolar jesuítica –, bem como o horizonte retórico dessa produção. O aspecto a que nos dedicamos, presentemente, é à “obediência”: segundo passo de um dinâmica – a que demos o nome de “experiência de liberdade” – composta de três momentos: “conhecimento de si”, “obediência” e “consolação”. Como resultado da investigação, identificamos uma forma de compreensão da obediência somente possível na medida da consideração do Homem Total, na sua unidade biopsíquicosócioespiritual, típica da mentalidade da Antiga Companhia de Jesus.
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Este trabalho é parte dos resultados de pesquisa mais ampla intitulada “As instituições universitárias e a construção da reforma psiquiátrica em Minas Gerais anos 60, 70 e 80”, Investiga-se a formação universitária oferecida no curso de Psicologia da Universidade Federal de Belo Horizonte. O objetivo principal é identificar e avaliar a participação das variáveis de cultura formal em processos de mudança social, investigando as relações das principais instituições de credenciamento profissional de nível superior em psicologia e psiquiatria com o processo de reforma psiquiátrica em Minas Gerais.
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Este artigo trata das relações entre ética e memória popular, dialogando com narrativas orais de marisqueiras e pescadores artesanais de Ilhéus, Bahia. Diante da modernização e das políticas para a pesca na Bahia das diversas instituições que lidam com os pescadores artesanais, percebemos uma defesa das artes tradicionais da pesca nas memórias e narrativas das marisqueiras e pescadores. Estes modos de vida encontram-se no centro de um diálogo e debates sobre tradições, mercados de abastecimento, organização de associações e colônias de pescadores, instituições da pesca e universidade.
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As sociedades contemporâneas, inscritas no modo de produção capitalista, estão envolvidas em um processo de subjetivação, ou seja, de produção continuada de modos de pensar, de sentir, de avaliar, que se revertem na manutenção desta mesma ordem social. Um dos processos mais evidentes no contexto da subjetivação é a valoração de diferentes aspectos da vida a partir da quantificação econômica, de forma que o próprio capital torna-se doador de valor e de sentido para diferentes domínios da vida. A existência torna-se unidimensional, perdendo a complexidade à medida que substitui os múltiplos sistemas de valor pela valoração capitalista. Também a sexualidade inscreve-se na subjetivação capitalística: por um lado, ela comparece associada às mercadorias numa infinidade de peças publicitárias; por outro, permanentemente associada ao universo das mercadorias, acaba por adquirir algumas das suas qualidades. É nesse contexto que se verifica o aumento das relações amorosas de curta duração, relações descartáveis.
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Um dos campos possíveis para o estudo do surgimento dos saberes psicológicos é o das práticas de governo, ou governamentalidade, que se definem como as formas como se estrutura a condução da conduta alheia desde as formas pastorais do cristianismo primitivo até os modos atuais do Estado contemporâneo. Nas novas formas de governo presentes nas sociedades democráticas contemporâneas, o discurso psicanalítico, assim como as diversas práticas psi têm especial importância enquanto modo de gestão tecnocrática. Partimos da idéia de que a psicanálise é uma prática que se perpetua para além do consultório e de uma práxis individual, tendo um papel diretivo nas políticas sociais. O objetivo deste trabalho é estudar como o discurso psicanalítico produz formas de gestão de si e dos outros, pensando sua atuação dentro das instituições, no governo de coletivos, assim como de equipes no interior da reforma psiquiátrica.
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Este trabalho consiste numa revisão que procura trazer à tona questões relativas às especificidades do contexto da produção neurofisiológica da Rússia de fins do século XIX e dos primórdios do século XX. Entende-se que ao revisitar aspectos da história política e ideológica dos períodos anteriores e posteriores ao ano de 1917, sejam trazidos à luz elementos relevantes que fomentem reflexões acerca dos impactos produzidos pelo advento da escola científica erigida naquele país, que ficaria conhecida como Reflexologia Soviética, sobre campos de conhecimento emergentes, como por exemplo, as neurociências.
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Trata-se de um estudo sobre a história da disciplina “psicologia” lecionada na Escola Normal Antonino Freire, ao longo de mais de 80 anos, na cidade de Teresina – PI. Seu objetivo consiste em conhecer o percurso histórico dessa disciplina a partir de suas ementas, dos conteúdos trabalhados nas aulas e do material bibliográfico indicado pelos professores responsáveis. A estratégia metodológica partiu, em um primeiro momento, da análise documental do material pertencente ao arquivo da instituição: documentos, relatórios, diários de classe, provas e histórico dos alunos; e, em um segundo momento, de entrevistas narrativas com os professores que ministraram a disciplina, a partir dos anos de 1970. O estudo apontou para a importância que a psicologia teve nos currículos da Escola Normal do Piauí, bem como na formação de professores na cidade de Teresina.
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A relação entre futebol e política é algo que assume contornos muito nítidos em nossa sociedade neste início de século XXI. Não se pode considerar como rara a aproximação entre figuras proeminentes do poder, nas suas diferentes esferas, e clubes de futebol ou a seleção nacional. Uma aproximação que, no contexto das décadas de 1930 e 1940 – com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder –, apresentava um caráter mais efetivo ante a afirmação do futebol perante os diferentes setores sociais. Este artigo analisa a dinâmica conflitiva da relação futebol / política a partir do projeto varguista de utilização dos estádios do Pacaembu (SP) e São Januário (RJ) como plataformas de propaganda dos ideais do regime, ressaltando o contraponto deste processo quanto ao sentido destes monumentos para os torcedores comuns, cuja concepção, a despeito do valor destes palcos, não se enquadrava necessariamente nos moldes que lhes eram propostos naquele momento histórico.
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O presente artigo faz uma revisão dos anos iniciais de trabalho de Nise da Silveira, entre 1944 e 1952. Neste período, anterior aos seus estudos vinculados à abordagem de C.G. Jung, Nise da Silveira fez sua passagem do campo da neurologia para a psiquiatria e combateu práticas como o eletrochoque, o coma insulínico e a lobotomia. Ao abandonar as práticas médicas convencionais, propôs a utilização de atividades expressivas como método não agressivo. A partir das produções dos ateliês da Seção de Terapêutica Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro, coordenado por ela a partir de 1946, Nise da Silveira fundou, em 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (1.874)
- Conferência (1)
- Livro (471)
- Seção de livro (1.151)
- Tese (511)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (405)
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Entre 2000 e 2024
(3.599)
- Entre 2000 e 2009 (1.082)
- Entre 2010 e 2019 (1.645)
- Entre 2020 e 2024 (872)
- Desconhecido (4)