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O ensino de psicologia no Rio Grande do Sul teve seu início relacionado à criação dos cursos de formação de professores primários, também conhecidos como cursos normais. No estado se destacou o papel do Instituto de Educação General Flores da Cunha, de Porto Alegre. Este instituto foi o principal centro de formação de docentes para o ensino primário e difusor de novas idéias relativas à educação, entre elas o estudo dos conteúdos psicológicos. Esta dissertação estuda a presença da psicologia nos cursos normais de Porto Alegre no período de 1920 a 1950. Aponta as diversas idéias psicológicas que influenciaram as práticas pedagógicas da época e identifica os primeiros professores que lecionaram esta disciplina. Para tanto, examina documentos oficiais, decretos-lei estaduais e federais, e publicações que introduziram e regulamentaram o ensino de Psicologia no estado. O estudo argumenta que as idéias psicológicas já se encontravam presentes nos cursos de formações de professores nas primeiras décadas de século XX, embora só comecem a aparecer como uma disciplina autônoma em 1925. E conclui que o ensino da Psicologia experimentou uma expansão a partir do final da década de 1920 que durou até meados dos anos 50, quando ocorreu a fragmentação do currículo dos cursos normais. O ensino da Psicologia despertou o interesse para as questões de desenvolvimento psicológico infantil, da saúde mental e do aconselhamento profissional, reafirmando a existência de uma relação de complementaridade entre Psicologia e Pedagogia. Este trabalho constituiu-se não somente no primeiro esforço de traçar o panorama da presença Psicologia no Rio Grande do Sul, mas também de identificar, nestes primórdios, tendências que influenciam a formação dos psicólogos hoje.
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O livro Tests de Medeiros e Albuquerque é um importante precursor da avaliação psicológica no Brasil. A primeira edição parece ter sido em 1924. O sucesso imediato levou a publicação de várias outras edições. A manutenção do termo inglês tests denota a novidade do tema. A palavra já existia em português desde o século XVIII. Certamente, a reconhecimento de Medeiros e Albuquerque, como respeitado jornalista e político, facilitou a aceitação do livro, influenciando fortemente as políticas educacionais da época. O presente artigo está dividido em três partes. A primeira trata da passagem da psicologia experimental de processos simples (Laboratório de Wundt - Leipzig) para as medidas de processos psicológicos superiores (Laboratório de Binet – Paris). A segunda descreve o caminho da avaliação psicológica da Europa para o Brasil. A terceira analisa as principais contribuições do livro Tests, entre elas a informação de que a pesquisa sobre avaliação psicológica estava sendo realizada não mais pelos franceses, mas pelos norte-americanos. A obra é apresentada como uma acurada revisão de literatura da nova ciência psicológica, introduzindo a avaliação psicológica de modo crítico, mas de um ponto de vista favorável.
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Foi feita, em 1998, a réplica de uma pesquisa realizada entre 1929 e 1944 por Helena Antipoff e em 1993 por Regina Helena de Freitas Campos, com o objetivo de investigar o impacto, nos ideais das crianças de Belo Horizonte, da ênfase que a mídia vem dando ao consumismo na sociedade contemporânea. Um questionário aberto foi aplicado a 307 crianças (151 meninas e 156 meninos) da quarta série das escolas públicas e particulares de Belo Horizonte. Os dados referentes aos ideais destas crianças foram submetidos à análise de conteúdo, por gênero, e comparados com os dados das pesquisas anteriores. Foi comprovada a hipótese de que os valores transmitidos pela mídia vêm contribuindo para mudanças nos ideais infantis ao longo do século.
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Esta pesquisa teve como objetivo investigar o desenvolvimento da psicologia em Minas Gerais a partir das contribuições de Helena Antipoff. As fontes utilizadas para o estudo foram os textos publicados pela psicóloga, além de seus documentos inéditos, atualmente sob os cuidados dos Arquivos UFMG de História da Psicologia no Brasil. Foi utilizado o método biográfico para leitura e interpretação dos documentos e artigos encontrados, o qual permitiu combinar internalismo e externalismo, itens relevantes para estudos historiográficos. Considerando as propostas apresentadas por Helena Antipoff para pesquisas em psicologia experimental e para o uso da psicologia e seus métodos como bases para a pedagogia e, conjugando estas propostas com o contexto social e científico no qual foram apresentadas, pôde-se concluir que sua presença foi um marco para o desenvolvimento da psicologia em Minas Gerais.
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A presente pesquisa tem como objetivo investigar as relações entre a Psicologia e a educação inclusiva no Brasil a partir do periódico Psicologia: Ciência e Profissão. Desde sua criação, em 1979, esse periódico foi apresentado como uma publicação científica e profissional que visava a representar o pensamento nacional em Psicologia. Com isso, pode-se considerar que também expressa de maneira representativa as concepções teóricas e as práticas dos profissionais da área ao longo do tempo. Para a seleção dos artigos referentes à área de interesse da pesquisa, foram considerados título, resumo e palavras-chave dos artigos publicados em todos os números do periódico. Os artigos selecionados foram analisados segundo as seguintes categorias: autoria, tipo de artigo, referencial adotado e tendências temáticas. Os resultados revelaram que os artigos se dividem quase igualmente entre teóricos e práticos, que seus autores são em maioria afiliados a instituições públicas e que a Psicologia social é o principal referencial adotado. Concluise que, embora seja pequeno, o número de artigos sobre as relações entre Psicologia e educação inclusiva ao longo da história do periódico, esse número vem se tornando mais expressivo nos últimos anos, e que, para uma visão mais realista do tema, é necessário recorrer a fontes complementares.
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O Instituto Pestalozzi foi fundado em Belo Horizonte, MG, em 1935, como uma escola para crianças com deficiência intelectual. Esta pesquisa teve como objetivo investigar como era realizado o atendimento à criança excepcional nessa instituição durante a década de 1940. Utilizando como referencial a historiografia da psicologia, foram analisados 33 prontuários de crianças atendidas no Instituto no período em questão. Esses documentos revelaram que as crianças passavam por uma avaliação médica, psicológica e educacional. A avaliação psicológica incluía a aplicação de testes de inteligência e, geralmente, identificava um QI abaixo da média. Os prontuários indicam também as recomendações de tratamento que eram feitas aos pacientes, bem como sua evolução escolar. Observa-se que o Instituto Pestalozzi exerceu importante papel na educação da criança excepcional em um período histórico em que era comum seu alijamento do sistema público de ensino.
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Entre 2000 e 2025
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