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A partir de imersão investigativa sobre os sentidos de carnaval na cidade, o artigo orienta-se para uma abordagem da polissemia do carnaval, em seu sentido histórico-político e na ressonância das imagens de carnaval em vínculos férteis durante o trabalho de investigação. Olhar para o carnaval é, em certa medida, olhar para a história de nossas cidades e dos esforços oficiais de contenção do que nunca será definitivamente governado. O artigo aborda os signos do carnaval que nos mantém conectados com as vozes e os gestos minoritários que inventam a cidade ao se fazerem presentes nela. A cidade, a escrita e o carnaval são os temas que sustentam o argumento do presente artigo.
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Diante de um cenário de catástrofes no qual coabitamos com desigualdades sociais crescentes, poluição, envenenamento por agrotóxicos, esgotamento das fontes, diminuição do volume dos lençóis freáticos, desmonte de políticas públicas e acirramento de processos excludentes, nossa proposta metodológica, inspirada na obra de Ailton Krenak - Ideias para adiar o fim do mundo -, consiste em contar histórias, como forma de enfrentar o presente e forjar saídas em companhia dos povos originários. Há perguntas que funcionam como disparadoras do campo problemático de nossa escrita coletiva: De que modos podemos nos engajar em experimentações coletivas que buscam tecer possibilidades de um futuro aberto à alteridade e sua própria tessitura comum? Buscaremos responder aos chamamentos de povos da terra como pistas que orientam nossa escritura/ação/coletiva, atentando-nos para o imperativo de politizar o cuidado em relação às redes de interdependência que nos constituem.
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O presente artigo propõe uma discussão no âmbito Clínico do Trabalho indicando que o racismo estrutural está presente na história dos ofícios. Apresenta-se passagens de pesquisa realizada com docentes mulheres negras da educação básica estadual, enfatizando as estratégias das Estilizações Marginais, essas um recurso por elas empregado diante do pacto da branquitude. Propõe-se o debate racial no campo do trabalho visando promover uma Clínica do Trabalho Antirracista.
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O início da criação do método clínico de Piaget é contada a partir de uma narrativa que cobre sua vida desde a infância até outubro de 1920, dividida em três partes. A primeira é o encontro com a filosofia no lago de Annecy, na França; a segunda é o encontro com a lógica e a matemática em Neuchâtel; a terceira é o contato com o modelo francês de psiquiatria e avaliação psicológica em Paris. No primeiro encontro, Piaget insere-se nos posicionamentos filosóficos que desenvolve no segundo encontro, cujas soluções experimentais busca no seu terceiro encontro. Defende-se que o trabalho de normatização e adaptação do teste de Burt para crianças parisienses que Piaget empreendeu a partir de janeiro de 1920 até meados de 1921 teve um papel fundamental para que encontrasse um método de pesquisa apto a permitir a investigação dos problemas de cunho epistemológico com que havia se deparado ainda em Neuchâtel.
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Este artigo procura traçar o percurso profissional de Eliezer Schneider, um dos primeiros brasileiros com formação acadêmica em Psicologia. Formado em Direito em 1939, pela Faculdade Nacional de Direito da antiga Universidade do Brasil (hoje UFRJ), prestou concurso para o Instituto de Psicologia daquela universidade, onde ingressou em 1941. Poucos anos depois, obteve o título de Mestre em Psicologia pela Universidade de Iowa (EUA) com tese sobre as teorias emergentistas da personalidade, orientada pelo professor Gustavo Bergman. Da experiência nessa Universidade permaneceu seu interesse pelo behaviorismo, menos talvez por sua metodologia do que por sua ênfase nas situações ambientais como determinantes do comportamento humano. Seu interesse pela Psicologia, segundo seu próprio relato, surgiu com o estudo do Direito - como entender o criminoso, como caracterizar a inimputabilidade? Sua principal influência, contudo, se encontra na formação de toda uma geração de professores de Psicologia Social que, com ele, aprendemos a estender nosso olhar além do paradigma individualista e intimista que caracteriza nossa Psicologia.
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O objetivo foi rever aspectos da produção científica e profissional do psicólogo que é considerado o pai do estudo dos problemas e distúrbios de aprendizagem e pai da moderna Educação Especial. Para considerar apenas algumas de suas múltiplas contribuições, é lembrado que ele trabalhou com: pesquisa científica, intervenção precoce; problemas e disfunções da aprendizagem; processos subjacentes; avaliação; remediação; tecnologia educacional e inserção no fluxo regular. Foi professor e orientador.
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Neste artigo as autoras argumentam sobre a necessidade de alguns subsídios fundamentais para se entender a psicologia como produção humana e, consequentemente, entender suas problemáticas atuais bem como as possibilidades de sua transformação. Apontam a importância de se apreender os conhecimentos psicológicos - sejam as idéias psicológicas, seja a psicologia científica, seja a própria formação do psicólogo - pela e através da história dos homens que os construíram.
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Objeto do artigo são os conhecimentos psicológicos transmitidos e produzidos em instituições de ensino superior e secundário na cidade do Rio de Janeiro, durante o século XIX (até 1870), visando-se evidenciar por meio da análise critica a significação conceituai e a função social doe mesmos no fimbito do contexto brasileiro da época. Através de um levantamento de material documentário relativo a algumas escolas importantes do Rio de Janeiro, no século XIX, foi possível reconstruir o quadro dos conteúdos e das práticas psicológicas objeto de ensino e de elaboração em tais escolas, evidenciando-se a coexistência de diferentes propostas em termos de abordagens doutrinárias, de enfoques metodológicos, de objetivos visados.
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O objeto do trabalho é a Psicologia transmitida e elaborada em instituições de ensino da cidade de São Paulo no século XIX (até 1870). O material documentário,levantado nos acervos de tais instituições e considerado interessante para o tema da pesquisa foi consultado, reproduzido ou transcrito,e selecionado, procurando-se identificar, entre outras coisas, sua importância e difusão na época.
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Este artigo apresenta os principais aspectos da trajetória da Profa. Sílvia Tatiana Maurer Lane, desde a construção de uma Psicologia Social crítica até a formulação de um projeto de compromisso social da Psicologia. A Profa. Sílvia Lane foi pioneira nas formulações teóricas que colocaram a Psicologia Social brasileira em questão, ressaltando a necessidade de se explicitar seu vínculo com interesses dominantes e de se redirecionar sua produção no sentido de contribuir para a transformação social. Nessa trajetória aliou teoria e prática, contribuindo para a revisão de conceitos e métodos e para a organização da área. Trabalhou incansavelmente e em várias frentes para produzir uma Psicologia Social que reconhecesse o caráter histórico dos fenômenos sociais e humanos e a pessoa como sujeito ativo e histórico. Inicialmente o artigo relata sua presença marcante, dentro dessa perspectiva, na história da Psicologia Social brasileira e latino-americana. A seguir, são apontadas as principais características de sua produção teórica na elaboração de uma Psicologia Social sócio-histórica. Por fim, discute-se seu importante papel na afirmação de uma psicologia comprometida com as realidades brasileira e latino-americana; conhecedora dessa realidade, contribuiu para a construção de instrumental teórico-prático para sua transformação na direção de uma sociedade justa e igualitária. Ou seja, uma psicologia com compromisso social.
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Um importante legado de Donald Pierson às Ciências Humanas e Sociais no Brasil é a sua obra O Homem no Vale do São Francisco. Este artigo ancora-se numa reflexão sobre o autor e seu trabalho, expondo o cenário do homem no seu habitat, que constitui, parafraseando Pierson, palco de uma relação rara e clara. Ressalta, também, as principais contribuições do desenho traçado pela pesquisa realizada, pontuando os procedimentos metodológicos e alguns diálogos entre os pesquisadores e as comunidades.
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A meta deste trabalho é a utilização de alguns conceitos do antropólogo das ciências Bruno Latour visando pensar de modo positivo o conjunto das psicologias em sua dispersão. Não se buscará o julgamento das psicologias em termos da sua cientificidade, mas o entendimento das condições que conduzem a essa dispersão. Para tal, serão expostos alguns conceitos de Latour como o de Sistema Circulatório da Ciência (especificando as condições ou os circuitos internos e externos que tornam a ciência possível) e o de Constituição Moderna (fundada na tentativa de separação entre entes naturais e humanos). Esses conceitos ajudariam a pensar não apenas a especificidade do saber psicológico, como também as suas condições de possibilidade históricas, e efeitos de subjetivação contemporâneos.
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Este artigo analisa alguns sermões pregados entre os séculos XVII e XVIII no Brasil, baseados em metáforas alimentares. O uso das metáforas, recorrente nos sermões do período colonial, fundamenta-se em dois alicerces: 1) na teoria aristotélica do conhecimento, em que o sensorial ocupa um papel prioritário, como porta de acesso para a compreensão das idéias mais abstratas e para a mobilização dos afetos e da vontade visando à modificação do comportamento dos ouvintes; 2) na doutrina platônica sobre a importância das imagens para conservar a memória das idéias. A oratória sagrada do período desperta interesse para a história cultural, uma vez que os sermões constituíram-se numa importantíssima fonte de transmissão de doutrinas e de modelagem dos comportamentos numa sociedade em que a oralidade era a principal forma de difusão dos conhecimentos.
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Este artigo tem por objetivo situar o momento histórico da emergência do campo da Saúde do Trabalhador na Saúde Pública e resgatar experiências que exemplificam diferentes tipos de inserção da Psicologia na saúde do trabalhador. Focaliza a descrição no Estado de São Paulo, que presencia um contexto político e institucional fecundo para o desenvolvimento desse campo a partir de meados dos anos 1980. Recorre-se à apresentação de atividades desenvolvidas pela Psicologia nos serviços de saúde pública que marcam algumas de suas contribuições para a saúde do trabalhador.
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O artigo ancora-se numa reflexão sobre quatro cursos de Psicologia Social ministrados no Brasil na primeira metade do século XX. O legado documental de seus proponentes traz à cena vestígios das práticas educativas, informando o teor temático e metodológico assim como as influências teóricas. Aberta às contribuições de vários campos de conhecimento, a Psicologia Social é revelada em seu momento de imprecisão, fragilidade e construção como campo científico.
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O artigo trata do processo de profissionalização da psicologia no Brasil. Utiliza o referencial teórico da sociologia das profissões e faz uma revisão bibliográfica sobre a história da psicologia brasileira. Apresenta uma proposta de periodização para a história desta profissão, dividindo-a em três momentos: pré-profissional (1833-1890), de profissionalização (1890/1906-1975) e profissional (1975 −). No primeiro momento, há uma gama de saberes psi pulverizados. No segundo, a psicologia começa a organizar-se em institutos de pesquisa, faculdades e associações e a regulamentar suas leis. No último, a profissão, já estabelecida e reconhecida oficialmente, passa a sofrer fortes alterações sócioeconômicas e disputas interprofissionais.
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Partindo do pressuposto de que a Psicologia, como construção socioistórica, somente pode ser compreendida se remetida às condições histórico-culturais de sua produção, este trabalho teve como objetivo estudar a implantação da Psicologia da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, em conexão com o seu processo de modernização urbana. São apresentados e discutidos os três momentos dessa implantação: a introdução das idéias psicológicas e seu impacto no desenvolvimento da escola secundária nos primeiros anos do século XX, a inserção da Psicologia no ensino superior e a consolidação da Psicologia, com a criação dos cursos e serviços de Psicologia.
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O ensino de Psicologia no Brasil foi fundamentalmente modificado pelo reconhecimento da profissão de Psicólogo, em 1962, e pela reforma universitária que organizou as universidades em departamentos, na mesma década. Este trabalho narra a história do ensino de Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da instalação do Departamento de Psicologia em 1971 ao reconhecimento do curso de graduação em 1979, com base em dados documentais e em depoimentos de personagens envolvidos nesses eventos. Embora o ensino de Psicologia na UFRGS remonte aos anos 1940, na antiga Faculdade de Filosofia, o curso de graduação foi criado 30 anos depois, em 1973. Entende-se que o histórico do ensino de Psicologia na UFRGS reflete as condições legais e burocráticas que pautaram o Departamento e seus órgãos. Nesse período, a introdução do modelo departamental que visava integrar ensino, pesquisa e extensão deu início a uma nova etapa no ciclo que tivera início na era das cátedras.
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- Artigo de periódico (1.670)
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- Entre 1900 e 1999 (342)
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Entre 2000 e 2025
(3.333)
- Entre 2000 e 2009 (982)
- Entre 2010 e 2019 (1.578)
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- Desconhecido (4)