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O artigo aborda algumas das idéias de Henri Berr; trata de sua proposta em história, especialmente no que ela se opõe à filosofia da história e à história alemãs; e examina como esta concepção de história à la francesa introduz a psicologia nas pesquisas em história e inaugura a psicologia histórica.
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Este artigo visa dar voz aos praticantes da umbanda. O seu principal objetivo é salvaguardar a memória da comunidade negra na região de Ribeirão Preto, através do registro documental de aspectos da sua tradição, vivências sociais e cultura religiosa. Mais do que fatos, documenta-se o imaginário umbandista, revelador do modo de ser profundo destes remanescentes. Mães de Santo foram as principais colaboradoras, mas houve a participação de toda a comunidade. Recorreu-se a: gravações em áudio e vídeo de festas e rituais, narrativas sobre as memórias e histórias dos colaboradores e suas explicações, fotografias, anotações em caderno de campo, observação participante e entrevistas livres. Os resultados apontam para a necessidade de prestar mais atenção às raízes bantos da cultura brasileira e recomendam que se promovam aproximações entre a “cultura psicológica popular” e a psicologia acadêmica.
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Este trabalho de cunho teórico discute algumas questões metodológicas que surgem com o uso da memória em pesquisas que relacionam identidade e história da Psicologia. Esta investigação fundamentou-se em uma perspectiva de identidade que a compreende como um movimento constante de transformação no tempo Este movimento é concebido como uma composição onde estão presentes elementos de continuidade e de mudança. Para a apreensão desta continuidade, e manutenção de biografia, a memória é fundamental. Quando o historiador reconstrói o processo de formação da identidade, usando a memória de cada participante do processo histórico, reconstitui simultaneamente o percurso da Psicologia. Ao reconstruir o processo identitário pessoal, não só revela a realidade subjetiva de cada um, mas também o contexto do grupo de referência que lhe dá suporte e principalmente a vinculação ao seu "fazer psicológico" e às transformações que possibilita o "fazer psicológico coletivo".
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Ales Bello considera a hilética fenomenológica em relação às análises do pré-categorial em culturas “outras”. A arqueologia fenomenológica nos guia na produção hilética, chegando ao encontro hilética / noética. Na corporeidade a dimensão hilética é primária exprimindo a necessidade de verdade do logos arcaico. Husserl o distingue do ocidental notando que a necessidade de verdade da razão ingênua é a mesma, que a força impulsiva “a-lógica” da resposta hilética de modo algum é improdutiva do ponto de vista lógico. Chega-se à esfera hilética onde os instrumentos “racionais” emudecem e onde se permite que falem objetos e estados de ânimo suscitados. Esta passividade do ego é evidente na experiência mística, que une a todos sob um mesmo Erleben - o da sacralidade - incluindo o estranho sem diferenciações. Na empatia há uma abertura que não elude as diferenças mas as contêm, como dimensão do mundo-da-vida ao qual a hilética está ligada.
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O artigo objetiva refletir sobre a relação entre narração e memória como possibilidade metodológica na constituição da história da Psicologia no Brasil. Tomando como ponto de partida a dissertação de mestrado que reconstituiu uma parte da história e da memória do Curso de Psicologia da Universidade de Mogi das Cruzes (1969 a 1982), instituição que não preservara sua memória oficialmente, busca transmitir as idéias e as contribuições que a autora utilizou como pontos de apoio e o caminho (método) que trilhou para realizar o trabalho. Conclui-se que os fios para iniciar a tecedura da história, podem ser buscados na memória dos que a fizeram, lembrando que a narrativa final não é verdade definitiva e absoluta, mas é algo relativo à versão de cada narrador. Trata-se de uma narrativa articulada por muitas vozes que falam ou que também silenciam e que geram outras vozes capazes de prolongar a voz original.
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