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O artigo aborda a função e atuação do dinamismo psíquico na recepção da imagem, segundo algumas importantes teorias filosóficas disponíveis no universo cultural do período clássico, da Idade Média e da Idade Moderna no Ocidente, inclusive no Brasil: as teorias de Aristóteles, Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino. Evidencia a importância desses alicerces para as discussões acerca dos conceitos de imagem e da imaginação tomados como processo psíquico, na modernidade e também para suas aplicações no âmbito da teologia e da retórica sacra. Mostra que nessas teorias o funcionamento do fenômeno psíquico da imaginação é tomado de modo integrado aos demais processos; dos sentidos, da memória e do entendimento, dos afetos e da vontade, que é elemento indispensável no percurso do conhecimento, e que sempre é referido à imagem, em suas múltiplas dimensões sugeridas pelo específico universo cultural.
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O livro pretende mostrar que, pelo contrário, a disponibilidade do homem em se deixar provocar pela realidade em seu fascínio, mistério, alteridade, aceitando envolver-se na aventura de seu conhecimento, é a mola de toda verdadeira ciência, ontem como hoje. Esperamos que, sua leitura proponha aos leitores a conveniência e o valor humano desta aventura.
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Este artigo parte do relato de uma experiência profissional na docência para problematizar o ensino de História da Psicologia na formação de psicólogos. O percurso argumentativo descreve as circunstâncias e os questionamentos que contribuíram para o desenvolvimento de metodologias fundadas na perspectiva genealógica de ensinar e conhecer psicologia. A análise da experiência enfatiza a potência ético-política presente nas atividades de ensino de História da Psicologia, no conjunto das práticas disciplinares dos currículos de graduação para formação de psicólogos.
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Este trabalho dialoga com a obra de Maria Helena Souza Patto, não com o propósito de datar e reificar uma autora e seu pensamento, mas sim de reavivar seu conteúdo crítico sobre a psicologia numa época em que a mediocrização dos cursos esbarra no mais raso sentido do termo formação. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é sustentar a obra da autora como contracorrente do que se impõe, como resistência ainda possível. Não obstante, analisa-se como o pensamento da autora contribuiu para nos legar uma psicologia absolutamente diferente da que ela própria encontrou. Abordam-se temas estudados em profundidade pela autora, tais como a história da psicologia, o fracasso escolar, a psicologia escolar, a psicologia aplicada à infância, a crítica à psicologia e as relações entre psicologia e política, temas sempre reunidos pela denúncia à ideologia hegemônica e pela indignação diante dos novos movimentos ideológicos que visam manter intactas as condições da dominação. Entende-se que o resultado final permite constelar um pensamento crítico e dialético segundo os métodos de reflexão da própria autora.
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Recorrendo ao conceito de intercessor, põe-se em cena certa maneira de praticar a História Oral como dispositivo epistemológico-político-narrativo –circunstância em que as contribuições do oralista italiano Alessandro Portelli se mostram decisivas. O livro Changer de société. Refaire de la sociologie,de Bruno Latour, oferece uma intercessão adicional, pois a análise latouriana potencializa as proposições de Portelli quanto ao tipo de representatividade imanente à História Oral e quanto ao valor diferencial da relação entrevistador-entrevistado no que tange à reflexividade dos envolvidos na pesquisa social.
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O artigo expõe os referenciais adotados na pesquisa “MichelFoucault no Brasil: presença, efeitos e ressonâncias”, entendidacomo história do presente. Desenvolve de forma mais detalhadaaspectos da estada de Foucault no Rio de Janeiro, em 1973,quando ele ministra o curso “A verdade e as formas jurídicas”. Articula esse momento a um esboço de diagnóstico da situaçãodo discurso foucaultiano no Brasil, hoje.
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Com este artigo pretende-se contribuir para a compreensão histórica de um autor/personagem da Psicologia. Analisamos e acrescemos conhecimento sobre George Herbert Mead e os desdobramentos de sua teoria psicossocial. Para esse propósito, explicitaremos, no texto, uma das vertentes analíticas utilizadas em nossa dissertação, qual seja: por meio da abordagem social em história da psicologia, confrontamos a vida de Mead com momentos de constituição da psicologia, colocando em relevo aspectos centrais dessa interlocução nem sempre identificados. Correlacionamos a história de Mead com questões sociais, políticas, econômicas e científicas, assim como suas conexões com práticas e valores culturais específicos de sua época. Buscamos compreender sua limitada difusão na ciência psicológica, dando, assim, continuidade ao processo de (re)volta do autor.
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Este artigo busca oferecer algumas referências históricas sobre as origens e desenvolvimentos da Psicologia behaviorista. O artigo parte das contribuições de Watson, destacando seu afastamento do modo causal selecionista, inaugurado na Psicologia por Thorndike. Em seguida, discute alguns desenvolvimentos do behaviorismo sob a liderança de Skinner, apontando que seus avanços resultam em grande medida do retorno ao selecionismo. O artigo argumenta, por fim, que ao final do século XX a abordagem inaugurada por Skinner estende-se a em muitas direções, configurando a análise do comportamento como um sistema multidimensional. O artigo conclui com a indicação de que uma visão histórica do processo de investigação comportamental oferece um quadro mais preciso do que essa abordagem tem representado enquanto sistema na Psicologia.
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A introdução, recepção e desenvolvimento do trabalho de Alfred Binet (1857-1911) no Brasil são focalizados, buscando avaliar sua implicação no estabelecimento e consolidação da Psicologia no país. O trabalho de desenvolvimento dos testes psicológicos teve papel decisivo na evolução do conhecimento psicológico brasileiro e, embora no início estivesse baseado em pesquisas sistemáticas, mais tarde o movimento de profissionalização do psicólogo relegou a pesquisa para o segundo plano. Mais recentemente, assiste-se a uma revitalização dessa atividade, aliada a um movimento de reavaliação da validade dos testes. Em conclusão, espera-se que esses movimentos atuais contribuam para fortalecer e tornar mais confiáveis os instrumentos psicométricos em uso no Brasil.
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