A noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers: uma investigação epistemológica
Tipo de recurso
Autores ou contribuidores
- Castelo Branco, Paulo Coelho (Autor)
- Barrocas, Ricardo Lincoln Laranjeira (Contribuidor)
Título
A noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers: uma investigação epistemológica
Resumo
Esta dissertação tem como objetivo investigar, mediante uma perspectiva epistemológica, a noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers. Por fieri entende-se o devir ou o fato que faz uma ciência não ficar estagnada em suas concepções. Para realizar esta investigação foram: identificadas as fases do fieri teórico de Rogers; pesquisado o fato de como Rogers concebeu a noção de organismo; examinados os principiais teóricos e influências que Rogers reconheceu a este respeito; verificadas as linhas epistemológicas gerais da noção de organismo em Rogers. Neste trabalho adotou-se uma abordagem epistemológica de pesquisa, inspirada no uso que Jean Piaget fez do método histórico que, segundo ele, consiste em determinar como procedeu à invenção de um conceito ou teoria, reconhecendo as ideias que a tornaram possível. O método utiliza-se de um sistema dedutivo do que foi levado a imaginar a criação da ideia de organismo em Rogers. Foram utilizados como fontes de pesquisa os textos escritos de Rogers e de suas influências. A seleção destes seguiu o critério de conter aspectos relativos à concepção organísmica de Rogers. Como resultado, ficou evidente que Rogers foi um pensador ligado às questões de sua época. Ele assimilou e elaborou, com suporte em sua experiência com essas influências, uma concepção organísmica que integrou as dimensões da personalidade (eu), sociedade (inter-elações) e natureza (cosmos). Em cada fase do seu pensamento, Rogers indicou as seguintes influências para essa concepção: (1) no aconselhamento não-diretivo o funcionalismo-pragmatismo dos Estados Unidos e a psicanálise neofreudidana de Rank, Horney e Sullivan; (2) na terapia centrada no cliente repetem-se as influências anteriores acrescidas do cientificismo estadunidense e sua Psicologia aplicada, a Psicologia da Gestalt, Kurt Lewin, a filosofia educacional, social e política estadunidense e os teóricos da personalidade; (3) na transição entre terapia centrada no cliente e abordagem centrada na pessoa - o impacto do conceito de experienciação de Gendlin, as experiências com grupos, a atuação no campo da educação, as reflexões de perspectivas alternativas às ciências do comportamento e os estudos sobre organismo e auto-realização de Goldstein, Maslow, Angyal e alusões a Whyte; (4) na abordagem centrada na pessoa – se acresce aos estudos de organismo e auto-realização, as pesquisas de Szent-Gyoergy, e a emergência do paradigma sistêmico e holístico de Capra, Prigogine e Maruyama. Considera-se que é possível traçar uma nova inelegibilidade de Rogers com base em noção de organismo. Por esta é possível pensar no avanço de uma abordagem cosmológica da pessoa que não se restringe somente à personalidade. Percebe-se que Rogers deu pistas de como desenvolver um solo científico para a abordagem centrada na pessoa, com arrisco paradigma emergente de ciência contemporânea.
Tipo
Dissertação (Mestrado em Psicologia)
Universidade
Universidade Federal do Ceará
Lugar
Fortaleza
Data
2010
# de páginas
164
Idioma
Português
Título curto
A noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers
Data de acesso
24/09/2024 13:15
Catálogo de biblioteca
repositorio.ufc.br
Extra
Accepted: 2012-04-17T11:12:37Z
Publisher: http://www.teses.ufc.br
Citation 'apa'
Castelo Branco, P. C. (2010). A noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers: uma investigação epistemológica [Dissertação (Mestrado em Psicologia), Universidade Federal do Ceará]. https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/2483/1/2010_dis_PCCBranco.PDF
Citation 'abnt'
CASTELO BRANCO, P. C. A noção de organismo no fieri teórico de Carl Rogers: uma investigação epistemológica. Dissertação (Mestrado em Psicologia)—Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.
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