“Se cobrir, vira circo, se cercar, vira hospício”
Tipo de recurso
            
        Autores ou contribuidores
                    - Suprani, Bernardo Bittencourt (Autor)
 - Ranhada, Mauricio José Folly (Autor)
 
Título
            “Se cobrir, vira circo, se cercar, vira hospício”
        Resumo
            Muito se questiona o papel do psicólogo, seus discursos e práticas enquanto agenciamento de controle e/ou assujeitamento. Pretendemos fazer uma cartografia do(a) processo/construção deste agente do poder-saber, o psicólogo, e – na medida/apesar das limitações/possibilidades dos autores – do psicólogo formado pela UERJ. O modelo disciplinar, homogêneo-hegemônico nas faculdades, as relações professor-aluno-universidade, o currículo, a pesquisa e extensão inscrevem-se como produtores de um certo psicólogo, formado para atender a um certo mercado. Será possível formar sem formatar? As linhas-de-fuga não estão fadadas a serem capturadas e submetidas à lógica consumista-tarefeira? Será possível formar um profissional catalisador/produtor de diferenças através da lógica e da temporalidade capitalistas? A formação psi (qualquer formação), os saberes precisam obedecer à lógica cartesiano-mercantilista – que se apresenta como natural e necessária – e aceitar relações mercantis de aula, pesquisa, pós-graduação? O que estamos fazendo de nós? “Como se chega a ser o que se é?”: queremos pensar o estudante, o curso, o profissional que (se) forma (n)esta máquina psico-lógica. Quais as implicações éticas-estéticas-políticas da formação em psicologia na sociedade que a cerca/atravessa/constitui? Não pretendemos responder; mas provocar questões mais potencializadoras, que possibilitem pensar-sentir-agir para aquém/além da lógica vigente. Talvez as questões não sejam “o que estudar?”, “como atuar?”; mas “que relações de poder e regimes de verdade tomam corpo na formação/produção do psicólogo?”. Não queremos soluções globalizantes/revolucionárias. Queremos sair do nosso lugar seguro e arriscar desterritorializações/experimentações. Relações de poder, produção de subjetividades não são conceitos/processos que existem/ocorrem (somente) fora da universidade. A academia possui um cotidiano, onde os saberes se constituem, onde pensamos-sentimos-agimos, emergimos e submergimos, inserimo-nos, construímos a história – constituímo-nos enquanto sujeitos da/à história. Nossa análise focaliza as potencialidades/limitações da produção de psicólogos. Cartografar a produção/construção do psicólogo enquanto agente do poder-saber é cartografar o cotidiano acadêmico.
        Título da publicação
            Mnemosine
        Volume
            1
        Edição
            2
        Páginas
            27-46
        Data
            30-12-2005
        Idioma
            Português
        ISSN
            1809-8894
        Data de acesso
            02/09/2023 20:49
        Catálogo de biblioteca
            
        Direitos
            Direitos autorais 2019 Mnemosine
        Citation apa
            Suprani, B. B., & Ranhada, M. J. F. (2005). “Se cobrir, vira circo, se cercar, vira hospício”. Mnemosine, 1(2), 27–46. https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41380/pdf_49
Citation abnt
            SUPRANI, B. B.; RANHADA, M. J. F. “Se cobrir, vira circo, se cercar, vira hospício”. Mnemosine, v. 1, n. 2, p. 27–46, 30 dez. 2005. 
Ligação para este recurso