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No dia 16 de fevereiro de 2014, completaram-se 50 anos do falecimento de Emilio Mira y López. Como a história – de nosso país, de nossa disciplina – não é precisamente nosso ponto de maior interesse, de modo geral desconhecemos completamente a contribui- ção que este personagem trouxe, não só à psicologia mundial – o reconhecido texto de recenseamento dos principais psicólogos do mundo, de Annin, Boring e Watson, indica Mira y López entre eles (Annin, Boring, & Watson, 1968) –, mas, no caso que aqui nos interessa de perto, à psicologia brasileira. O objetivo deste texto é, pois, compor uma narrativa sobre Emilio Mira, desde sua trajetória na Espanha, seu famoso périplo no exí- lio, até seus últimos anos no Brasil. Para isso, utilizaremos entrevistas, fontes documen- tais e textos já clássicos sobre o personagem e sua obra, como os de Kirchner (1975), Miralles Adel (1979), Pigem Serra (1996), Rosas (1995), Silva e Rosas (1997).
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Este livro reúne pesquisas apresentadas no X Encontro Clio-Psyché (2012), organizado pelo Programa de Estudos e Pesquisas em História da Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os autores são da Argentina, Brasil, Espanha e Portugal, e os estudos se referem às instituições e sua intersecção com a psicologia e com a história, objetivo do Encontro.
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Para que se possa analisar e entender a relação entre a formação em Psicologia, a construção das demandas sociais contemporâneas e ética, a leitura de certos momentos da história da Psicologia no Brasil se faz necessária. Um percurso histórico foi traçado para fins de compreender a relação entre a formação profissional, as demandas sociais contemporâneas, as práticas psicológicas e a ética profissional. Considerou-se que a formação do profissional tornou-se uma espécie de mercadoria que visa a adestrar alunos em técnicas desarticuladas com o contexto e interesse social. Igualmente, que essa formação tende a levar o psicólogo a não privilegiar a análise crítica das demandas atuais, em geral, por elaboração de documentos decorrentes de avaliação psicológica, e tampouco o prepara para atendê-las nos mais diversos campos de atuação. Desse modo, muitos psicólogos vêm sendo denunciados por possível infração ao Código de Ética Profissional do Psicólogo junto aos seus Conselhos Regionais de Psicologia. Considera-se que a formação acadêmica em Psicologia deve ser analisada em suas relações de poder, escapando à perspectiva utilitarista focada no exercício técnico-instrumental. Para tanto, deve contemplar o desenvolvimento intelectual dos alunos, preparando-os para atuar frente aos desafios e dilemas com que vão se deparar no cotidiano de suas práticas. , In order to analyze and understand the relationship between graduation in Psychology, the construction of contemporary social demands and ethics, reading of certain moments of history of Psychology in Brazil becomes necessary. A historical path was drawn to understand the relationship between professional training, contemporary social demands, psychological practices, and professional ethics. One considered that professional training became a type of merchandize that aims to tame students in non-articulated techniques with social context and interest. Similarly, this training tends to lead the psychologist not to privilege critical analysis of current overall demands by preparing documents deriving from psychological evaluation nor it would prepare him/her to meet those demands in the most diverse fields of work. Thus, many psychologists are denounced for possible breaching of Psychologist's Professional Code of Ethics at their Regional Council of Psychology. One considers that academic training in Psychology should be analyzed in its relationships of power, evading the utilitarian perspective focused in technical-instrumental exercise. Therefore, it should encompass the intellectual development of students, preparing them to act in face of challenges and dilemmas that they will meet in their everyday practices. , Para que se pueda analizar y entender la relación entre la formación en Psicología, la construcción de las demandas sociales contemporáneas y ética, la lectura de ciertos momentos de la historia de la Psicología en el Brasil se hace necesaria. Un recorrido histórico fue trazado para fines de comprender la relación entre la formación profesional, las demandas sociales contemporáneas, las prácticas psicológicas y la ética profesional. Se consideró que la formación del profesional se tornó una especie de mercadería que visa adiestrar a alumnos en técnicas desarticuladas con el contexto e interés social. Igualmente, que esta formación tiende a llevar al psicólogo a no privilegiar el análisis crítico de las demandas actuales, en general, por elaboración de documentos derivados de evaluación psicológica, y tampoco lo prepara para atenderlas en los más diversos campos de actuación. De este modo, muchos psicólogos vienen siendo denunciados por posible infracción al Código de Ética Profesional del Psicólogo junto a sus Consejos Regionales de Psicología. Se considera que la formación académica en Psicología deba ser analizada en sus relaciones de poder, escapando a la perspectiva utilitarista enfocada en el ejercicio técnico-instrumental. Para tanto, debe contemplar el desarrollo intelectual de los alumnos, preparándolos para actuar frente a los desafíos y dilemas con que van a depararse en lo cotidiano de sus prácticas.
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Wilhelm Wundt’s biography is one of the main domains in Wundt scholarship that deserves more detailed attention. The few existing biographical works present many problems, ranging from vagueness to chronological inaccuracies, among others. One of the important gaps concerns the so-called Heidelberg period (1852–1874), during which he went from being a medical student to holding a professorship at the University of Heidelberg. The aim of this article is to dispel a very common confusion in the secondary literature, which refers to Wundt’s assistantship with Helmholtz at the Physiological Institute, by establishing the precise dates of his assistantship. Contrary to what is generally repeated in the secondary literature, the primary sources allow us to determine precisely this period from October 1858 to March 1865. I conclude by pointing out the indispensability of the primary sources not only to Wundt scholarship but also to the historiography of psychology in general.
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After its foundation, the Laboratory for Experimental Psychology at Leipzig University became an international center for psychological research, attracting students from all over the world. The Russian physiologist and psychiatrist Vladimir Bekhterev (1857–1927) was one of Wilhelm Wundt's students in 1885, and after returning to Russia he continued enthusiastically his experimental research on mental phenomena. However, he gradually distanced himself from Wundt's psychological project and developed a new concept of psychology: the so-called Objective Psychology or Psychoreflexology. The goal of this paper is to analyze Bekhterev's position in relation to Wundt's experimental psychology, by showing how the former came to reject the latter's conception of psychology. The results indicate that Bekhterev's development of a philosophical program, including his growing interest in establishing a new Weltanschauung is the main reason behind his divergence with Wundt, which is reflected in his conception of scientific psychology. Despite this, Wundt remained alive in Bekhterev's mind as an ideal counterpoint.
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Christian Wolff (1679-1754) fue una figura central en la Ilustración europea del siglo XVIII. Al mismo tiempo, tuvo una importancia particular para el desarrollo histórico de la psicología, pues dio a esta una nueva significación. Sin embargo, la historiografía tradicional de la psicología no le ha dado el debido reconocimiento. El objetivo de este artículo consiste en presentar un análisis teórico-conceptual de su psicología racional en su Metafísica Alemana (1720) y mostrar su importancia para los debates psicológicos posteriores. Con ello, se espera contribuir a la divulgación de un aspecto significativo del desarrollo histórico de la psicología.
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Este artigo tem por objetivo divulgar a história do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contando um pouco da sua trajetória. O Instituto de Psicologia foi criado pela Lei 452 de 5 de julho de 1937 quando tornou-se parte integrante da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Contudo, de acordo com artigo intitulado "Radecki e a Psicologia no Brasil" (1982) de Rogério Centofanti, podemos encontrar suas origens no Laboratório de Psicologia da Colônia de Psicopatas, atual Instituto Nise da Silveira. A história pregressa do Instituto de Psicologia da UFRJ se mescla com a história do Laboratório da Colônia de Psicopatas. O Laboratório, desde sua criação em 1924 e até o ano de 1932, foi dirigido pelo psicologista polonês Waclaw Radecki (1887-1953) que havia estabelecido residência no Brasil em 1923. Desde a sua criação, o Laboratório tinha também como objetivo, além das atividades de pesquisas experimentais e produção e divulgação de trabalhos acadêmicos, a criação de um centro de formação desta profissão. Neste período ainda não existiam, no Brasil, cursos de formação de psicólogos. O primeiro curso de formação de psicólogos no Rio de Janeiro foi ministrado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC Rio) no ano de 1953 como Especialização e em 1954 como curso de graduação. O curso de formação de psicólogos da PUC Rio teve início antes da regulamentação da profissão, ocorrida em 1962. Após a regulamentação da profissão de psicólogo, diversos cursos de psicologia foram criados. O primeiro curso de formação de psicólogos do Instituto de Psicologia da UFRJ se deu somente no ano de 1964. Diversos fatores institucionais, políticos e sociais contribuíram para a criação do curso de psicólogo do Instituto de Psicologia da UFRJ, e neste artigo iremos conhecer os detalhes desta história.
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