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Este artigo tem como objetivo apresentar os modelos epistemológicos propostos por Bo Jansen e Lars Qvortrup, assim como apresentar estratégias de ensino e ferramentas pedagógicas adequadas à(s) realidade(s) de ensino de uma sociedade plural e de valores culturais híbridos dentro de perspectivas de sociedades complexas e hiper complexas.
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A pesquisa relatada teve por objetivo compreender a articulação entre uma escola municipal de ensino fundamental situada na periferia de São Paulo e grupos de jovens que desenvolvem um trabalho de divulgação da cultura local por meio de oficinas de literatura marginal. Foram feitas observações participantes; encontros com gestores, educadores e com o responsável pelas oficinas; e uma entrevista reflexiva com os alunos. O fenômeno da articulação mostrou-se como importante ação educativa à medida que aproximou os alunos da literatura, ajudou-os a tomarem consciência de sua participação na sociedade e a perceberem o conhecimento como ferramenta para transformação social. O jovem responsável pelas oficinas também se transformou ao descobrir-se educador. As mudanças ocorridas no nível individual repercutiram positivamente nas duas comunidades envolvidas no projeto: escola e bairro (coletivos).
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Este artigo tem como objetivo compreender a evolução do conceito de empatia no pensamento de Carl Rogers, a partir das fases propostas pelos comentadores de suas obras. Inicialmente, Rogers não utilizava diretamente o termo empatia, mas já era possível perceber o nascimento desse conceito em seu pensamento, desde as primeiras obras, uma vez que para ele o terapeuta deveria compreender os problemas do cliente, sem julgamento, sem preconceito e sem identificação emocional descontrolada. No decorrer de seu pensamento esse conceito evoluiu de apenas um estado para um processo, sendo mais do que apenas uma atitude, mas uma compreensão empática, que está muito além de uma compreensão do senso-comum. Essa compreensão empática consiste em experimentar o que o outro está sentindo dentro de uma condição de “como se” estivesse no lugar dele, vendo através da perspectiva do cliente, podendo dividir com ele toda essa compreensão, favorecendo o desenvolvimento da personalidade do cliente.
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Partindo de uma experiência de leitura e reflexão do drama de Shakespeare, Macbeth, no Laboratório de Humanidades do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, este artigo procura problematizar a questão do poder das palavras. Dialogando com filósofos antigos, modernos e contemporâneos, procuramos, no itinerário delineado por Shakespeare em sua peça, analisar as qualidades, força e efeitos da palavra no âmbito das paixões, dos atos e da ética humana.
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Dada a atualidade da discussão da significação do voluntariado em determinado contexto religioso, objetivamos investigar a inter-relação entre voluntariado e experiência religiosa vivida e revelada pelos sujeitos da experiência. Para tanto, selecionamos uma instituição espírita como ocasião de apreensão dessa inter-relação pois, além de compreender que o Espiritismo propõe o voluntariado de modo próprio, percebemos como a religiosidade daquelas pessoas se apresenta enquanto elas se dedicam ao trabalho voluntário. Os dados foram coletados em entrevistas semi-estruturadas e analisados fenomenologicamente. A análise indica que (1) ação voluntária é vivida como abertura à experiência religiosa: doando-se ao outro em gestos, a pessoa reconhece sua ação sustentada por presenças transcendentes e direcionada à afirmação de horizonte absoluto; (2) vivência da religiosidade ordena a compreensão da realidade, fundamentando e direcionando a ação reconhecida como dever correspondente a si. Conclui-se que realização de si é fator estruturante da mútua-constituição entre voluntariado e experiência religiosa.
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O artigo aborda a integração entre os universos dos conceitos e o das práticas acerca da ordenação da imaginação e do uso das imagens na Idade Média e na Idade Moderna no Ocidente e no Brasil colonial. Evidencia que o funcionamento da imaginação é tomado de modo integrado aos processos do conhecimento sensorial, da memória e do entendimento, dos afetos e da vontade. Focaliza o estudo da imagem e do treino da imaginação no âmbito da retórica. Enfatiza as múltiplas dimensões das imagens enquanto processos culturais e a importância de apreender esta complexidade inclusive ao investigar os processos psíquicos por elas estimulados. Ao abordar esta temática, apresenta algumas sugestões metodológicas que se situam na interface entre a história cultural, a história dos saberes psicológicos e a psicologia. Propõe exemplos de transmissão de conceitos sobre imagens e imaginação e de utilização das imagens visando mobilizar o dinamismo psíquico dos destinatários em práticas culturais do Brasil colonial, tais como na pregação através do uso das metáforas, nas festas através do uso de alegorias, emblemas, figuras e estátuas; e nas narrativas do gênero alegóricos.
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Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a finitude e sua contextualização histórica através do filme O Sétimo Selo de Ingmar Bergman. Discute a visão do cineasta, especialmente a existência humana tendo como eixo condutor uma reflexão sobre envelhecimento e morte, questões ligadas ao sentido da vida. Utilizamos a pesquisa documental e bibliográfica, convidando autores a dialogarem com uma arte expressa por imagens e palavras, útil e pertinente quando se estuda temas angustiantes como finitude e envelhecimento. Bergman, a partir da sua própria perspectiva existencialista, trabalha questões como a manipulação da fé pela Igreja, a exploração da ideia da peste como castigo divino e a expiação dos pecados pela dor. A investigação realizada cumpre seu objetivo, mostra que a arte que se faz através do cinema se resume na busca do conhecimento como chave para a compreensão das inquietudes do que representa o morrer para um Ser Finito, independente da velhice.
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O artigo se refere a uma pesquisa de cunho epistemológico, que tem como objetivo estudar o sentido de Deus para Jacob Levy Moreno em seu livro As Palavras do Pai. São discutidos seus argumentos sobre o sentido de Deus frente aos conceitos de espontaneidade, de criatividade e de momento. Nas considerações finais, levanta-se a possibilidade de Deus enquanto um elemento fundamental para a compreensão da visão de mundo e a visão de homem no psicodrama de Moreno.
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O objetivo desta investigação é elucidar os aspectos centrais da vivência de empatia no pensamento de Edith Stein, compreendendo como estes aspectos são desenvolvidos em sua obra O problema da empatia (1917/1998). Parte-se da discussão acerca do tema na literatura científica recente, visando compreender os modos como a empatia é tratada, passando ao acesso da literatura especializada em fenomenologia, concepção norteadora da investigação, buscando os elementos envolvidos com o tema. A concepção da empatia como uma vivência, como reconhecimento do outro como outro eu, desdobra-se eticamente como um movimento de compreensão da experiência do outro, um testemunho sensível daquilo que ele vive.
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Os caboclos são entidades espirituais largamente encontradas no panteão umbandista. O objetivo deste estudo foi revelar, no recurso ritual a caboclos na umbanda, os seus sentidos e alcance psicológicos. Para tanto foi realizada uma escuta participante, atenção flutuante aos significantes que se repetiram, para ouvir em profundidade a enunciação na rede de interlocuçãoem questão. Entreesses significantes, repetiram-se alguns termos como terra, luz, água, raiz, amadurecimento, liberdade e ideal, que podem assumir mais de um nível de significância, por meio de uma ‘escrita por imagens’. Percebeu-se que as pessoas em contato com os caboclos estão diante de uma elaboração de suas raízes (pais, ancestrais) que, bem cuidadas e iluminadas (conhecidas e elaboradas), em terra fértil, resultam em plantas (pessoas) fortes e bonitas, que desenvolvem seu potencial, amadurecem. E este amadurecimento inclui o desprendimento em relação às figuras paternas ou autoridades, o que remete à liberdade.
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A psicopatologia é tema central na clínica psicológica. Tentativas de definições de normalidade e patologia estão presentes nas teorias e engendram práticas clínicas diferenciadas. O objetivo deste trabalho é discutir psicopatologia na Terapia Centrada no Cliente, através da noção de pessoa em pleno funcionamento, de Carl Rogers. Questiona-se esta noção, baseado na ética da alteridade radical, de Emmanuel Lévinas, reafirmando o pathos como paixão e reconhecendo a necessidade de a psicoterapia centrada na pessoa escutar o radicalmente Outro. Aponta-se, finalmente, a desconstrução da ideia de pessoa em pleno funcionamento, por esta desconsiderar a diferença do Outro, numa concepção totalizante da subjetividade.
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Originários do XIII Simpósio de Intercâmbio Científico em Psicologia da Anpepp , os cinco artigos contribuem para a discussão acerca dos processos de subjetivação e de suas relações com as culturas. Uma coletânea que auxiliará ao ensino de graduação em História da Psicologia, Psicologia, Psicologia Social e Psicologia da Cultura e aos apreciadores dos vários percursos e interpretações do pensamento psicológico
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Many factors in the world today, such as globalization and a rise in immigration, are increasing the need for mental health practitioners to acquire the ability to interact effectively with people of different cultures. This text will be the most comprehensive volume to address this need to date, exploring the history, philosophy, processes, and trends in counseling and psychotherapy in countries from all regions of the globe. Organized by continent and country, each chapter is written by esteemed scholars drawing on intimate knowledge of their homelands. They explore such topics as their countries' demographics, counselor education programs, current counseling theories and trends, and significant traditional and indigenous treatment and healing methods. This consistent structure facilitates quick and easy comparisons and contrasts across cultures, offering an enhanced understanding of diversity and multicultural competencies. Overall, this text is an invaluable resource for practitioners, researchers, students, and faculty, showing them how to look beyond their own borders and cultures to enhance their counseling practices.
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O presente trabalho tem por objetivo analisar a noção de causalidade biológica da doença mental através dos discursos eugênicos e higienistas presentes entre os psiquiatras da Liga Brasileira de Hygiene Mental durante as décadas de 1920 e 1930. Para tanto, selecionamos os Archivos Brasileiros de Hygiene Mental produzidos pela referida instituição. Esta revista foi produzida de 1925 a 1947 e o período selecionado para sua análise foi o de 1925 a 1935. Com tal propósito, utilizamos um referencial teórico foucaultiano, especialmente no que tange às discussões em torno do tema do biopoder. Acreditamos que uma análise histórica, necessariamente desnaturalizante, dos discursos psiquiátricos desse período no Brasil possa contribuir para a compreensão de certas peculiaridades dos discursos psiquiátricos nacionais que não vêm sendo analisadas.
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A gênese da Análise Institucional é indissociável das condições histórico-sociais que a produziram, sendo a articulação entre teoria e prática sua marca fundamental. Para melhor explicitar aspectos dessa origem, o texto apresenta, de forma breve, algumas contribuições de René Lourau, Georges Lapassade e Félix Guattari para a constituição dessa disciplina. São apresentados e discutidos também os significados da palavra intervenção, no sentido de demonstrar a especificidade da Socioanálise, que é a Análise Institucional em situação. Ressalte-se que qualquer intervenção se realiza no âmbito de um contexto mais amplo, daí a necessidade de distinguir e, ao mesmo tempo, articular campo de análise e campo de intervenção. Para tanto, os conceitos de implicação e transdução devem estar associados. A apresentação de algumas inserções da Análise Institucional na Saúde Coletiva busca apontar as possibilidades de aplicação dessa abordagem e, ao mesmo tempo, identificar algumas transformações da intervenção socioanalítica em anos recentes.
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Pretende-se, neste artigo, descrever e analisar sucintamente como o Fundo das Nações Unidas para a Infância vem governando, por meio de estratégias da economia política, os corpos de crianças e adolescentes como investimento, pela noção de desenvolvimento, de maneira a acionar tecnologias de biopoder. Uma das metas desse organismo, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), é objetivar desenvolvimento como ciclo de vida e progresso de uma nação, simultaneamente. Forjar um sujeito empresário de si garantiria supostamente segurança e crescimento econômico e social ao Estado e ao mundo globalizado. Através de estudos que atuam com as ferramentas de Michel Foucault, podemos interrogar tais práticas e desnaturalizá-las, em uma perspectiva histórica e inquietante, frente ao tempo presente.
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O artigo traz a estratégia autoral kierkegaardiana, relacionando-a à noção de cuidado de si nos antigos. Inicia-se com Ponto de Vista Explicativo da Minha Obra de Escritor, na qual o filósofo dinamarquês expõe seu método de comunicação indireta com o leitor através das obras estéticas, pseudonímicas, publicadas simultaneamente aos discursos edificantes, comunicação direta assinada pelo próprio Kierkegaard. A meta era levar o leitor à reflexão e ao autoreconhecimento, ao mesmo tempo em que o autor cumpria a tarefa que lhe fora designada em sua existência. Pretendia aproximar-se de modo sutil daquele que se encontrava sob a ilusão e começar por aí a desfazê-la. A leitura deveria, portanto, provocar um efeito sobre o leitor, algo muito próximo dos exercícios espirituais da Antiguidade, onde filosofia era filosofar, uma ação que interferiria concretamente na vida do sujeito. Outras obras de Kierkegaard são trazidas para apresentar essa vinculação entre a escrita, a leitura e o cuidado de si, indissociáveis tanto na Antiguidade quanto no projeto autoral kierkegaardiano. Tal vinculação será apresentada à luz das ideias de Michel Foucault, em cujas obras ganham relevância a noção antiga do cuidado de si e seus desdobramentos.
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O presente ensaio pretende ser um convite para pensarmos em novas possibilidades de construção de narrativas acerca da memória. Os protagonistas desse convite serão Fernando Pessoa e Friedrich Nietzsche. Eles nos conduzirão num passeio no universo das sensações e da potência de variação que podem ser extraídas delas, em suas obras e fora delas, pois têm a capacidade ímpar de nos atingir e desviar nosso olhar do modo tradicional de pensarmos a relação entre história e memória. A flecha que sai de seus escritos se chama diferença. Veremos que esses autores podem trazer valiosas contribuições para pesquisas relacionadas aos modos de construção e de escrita da História, estando, talvez, mais próximos de alguns trabalhos desenvolvidos na história oral.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (1.844)
- Conferência (1)
- Livro (480)
- Seção de livro (1.172)
- Tese (511)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (405)
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Entre 2000 e 2024
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- Entre 2000 e 2009 (1.082)
- Entre 2010 e 2019 (1.643)
- Entre 2020 e 2024 (874)
- Desconhecido (4)