Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem

Tipo de recurso
Autores ou contribuidores
Título
Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem
Resumo
Se já nos parece estranho atribuir o sucesso ou insucesso do indivíduo unicamente às suas características pessoais ou biológicas (cor da pele, gênero etc.), estranheza maior causa a constatação de que esses discursos são recorrentes há, no mínimo, um século. Pensar essa questão recuperando o eixo naturalista dos movimentos higienistas e eugenistas oficialmente presentes nas primeiras décadas do século XX, na sociedade brasileira, é o conteúdo deste artigo. Atualmente, com o benefício do tempo transcorrido, observa-se que muitas orientações e encaminhamentos oferecidos pelos higienistas para os problemas, geralmente de caráter social, foram justificados pelas dificuldades de adaptação do indivíduo na luta pela vida, advindas da sua origem intelectual, natural e hereditária. E nesse percurso, diga-se de passagem, o instrumental da psicologia foi de grande valia na descrição e classificação dos indivíduos. É claro que a naturalização dos problemas de ordem social não era um discurso hegemômico. Existiam vozes divergentes, como costuma acontecer. Sem entrar no mérito dessa questão, aqui estamos tentando chamar a atenção para os discursos que se perpetuam sob a égide da ciência. E a medicalização de questões de ordem pedagógica e psicológica é um exemplo disso, observado em nossos dias.
Título da publicação
Psicologia Revista
Volume
13
Edição
1
Páginas
59-72
Data
2004
Idioma
Português
Título curto
Higienismo e eugenia
Data de acesso
25/09/2024 22:48
Citation 'apa'
Boarini, M. L., & Yamamoto, O. H. (2004). Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem. Psicologia Revista, 13(1), 59–72. https://drive.google.com/file/d/1hA9M7ez6L1TwjNnAK3W6S6NWtyzCb4OB/view
Citation 'abnt'
BOARINI, M. L.; YAMAMOTO, O. H. Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem. Psicologia Revista, v. 13, n. 1, p. 59–72, 2004.