Bibliografia completa
A divers(idade) em saúde para corpos femininos
Tipo de recurso
Autores ou contribuidores
- Medeiros, Patricia Flores de (Autor)
- Bernardes, Anita Guazzelli (Autor)
- Hillesheim, Betina (Autor)
- Guareschi, Neuza (Autor)
Título
A divers(idade) em saúde para corpos femininos
Resumo
As reflexões desenvolvidas neste trabalho fazem parte de uma pesquisa intitulada “Menopausa: as (ident)idades e os corpos femininos” (PUCRS/2002), voltada para as mulheres menopáusicas. O tema foi abordado a partir dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas. A pesquisa analisa documentos sobre a menopausa produzidos pela OMS, artigos em revistas de circulação nacional – Veja e Isto é -, o tratamento de reposição hormonal, bem como entrevistas com mulheres intituladas ‘na menopausa’. Esses materiais servem de ferramentas para a problematização da produção de marcadores identitários que envolvem relações de poder/saber que os criam e os sustêm: descrever, classificar, identificar e estabelecer jeitos de ser mulher – definindo corpos, comportamentos, modos de viver. O objetivo deste texto é salientar a menopausa enquanto marca no corpo feminino, porque ela se constrói a partir de um determinado tempo histórico, datado, no qual esse conjunto de “características” referidas ao corpo de mulher passam a ser nomeadas como tal, produzindo determinados modos de relação com o corpo e de investimentos neste corpo. A menopausa torna-se um marcador cultural e social que edifica classificações, normatizações, codificações que, por conta disso, produzem marcas identitárias pelas quais as mulheres passam a se reconhecer e ser reconhecidas. O enfoque de Psicologia Social trabalhado neste texto partilha da posição de Spink (1999), a qual reconhece a centralidade da linguagem nos processos de objetivação que constituem a base da sociedade de humanos, ou seja, o modo como acessamos a realidade institui os objetos que a constituem. Desta forma, a realidade não existe independentemente do nosso modo de acessá-la, o que implica entender o conhecimento não como algo que se possui, mas como algo construído, ou seja,tanto o sujeito quanto o objeto são construções sócio-históricas que precisam ser problematizadas e desfamiliarizadas.
Título da publicação
Mnemosine
Volume
1
Edição
1
Páginas
234-261
Data
25-11-2005
Idioma
Português
ISSN
1809-8894
Data de acesso
02/09/2023 20:45
Catálogo de biblioteca
Direitos
Direitos autorais 2019 Mnemosine
Citation 'apa'
Medeiros, P. F. de, Bernardes, A. G., Hillesheim, B., & Guareschi, N. (2005). A divers(idade) em saúde para corpos femininos. Mnemosine, 1(1), 234–261. https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41369/pdf_38
Citation 'abnt'
MEDEIROS, P. F. DE et al. A divers(idade) em saúde para corpos femininos. Mnemosine, v. 1, n. 1, p. 234–261, 25 nov. 2005.
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