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Para além das práticas hegemônicas: algumas análises de discursos dos psicólogos no judiciário
Tipo de recurso
Autores ou contribuidores
- Coimbra, Cecília Maria Bouças (Autor)
- Rocha, Cristiane Gonçalves da (Autor)
- Farias, Maísa Campos (Autor)
- Ignácio, Paula Saules (Autor)
- Abreu, Fernanda (Autor)
- Maciel, Fernanda (Autor)
- Mendes, Fernanda (Autor)
Título
Para além das práticas hegemônicas: algumas análises de discursos dos psicólogos no judiciário
Resumo
Tomamos como base de análise material referente às pesquisas realizadas pelo PIVETES (Programa de Intervenção Voltado às Engrenagens e Territórios de Exclusão Social) no sentido de apontar algumas práticas presentes no judiciário. A partir de entrevistas realizadas com psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro identificamos, dentre as práticas que ali se instrumentalizam, as que poderiam estar fugindo aos modelos hegemônicos instituídos nesse encontro entre psicologia e judiciário. Seguimos os princípios da pesquisa-intervenção, que coloca em questão a neutralidade e objetividade do pesquisador, enfatizando a análise de suas implicações, investindo nas restituições possíveis e na participação dos coletivos em todas as instâncias da pesquisa. Nossas análises estão marcadas também por um enfoque histórico-genealógico trazido por Foucault que entende a história enquanto processualidade e campo de problematizações de práticas-discursos tidos e reproduzidos como naturais. Para pensar as práticas psi presentes no judiciário recorremos a Deleuze com suas linhas segmentarias, duras, flexíveis e linhas de fuga que se entrecruzam, se constituem juntas e se atravessam. Percebemos que, ao lado da construção de modelos duros de atuação, o trabalho de muitos psicólogos no judiciário tem sido também um instrumento para (re)colocar os sujeitos ali presentes – técnicos e usuários – como atores de suas histórias, na medida em que vão tomando parte ativa nas mesmas. Nas entrevistas realizadas, sobressaem falas que apontam os esforços desenvolvidos no sentido de criar espaços coletivos de discussão entre os técnicos, as diferentes equipes e instâncias do judiciário e outros estabelecimentos parceiros, como os Conselhos Tutelares. Entendemos ser fundamental dar visibilidade a tais práticas que, em seu cotidiano, vêm recusando saberes absolutos, totalizantes e percebidos como universais, e produzindo espaços de invenção e outras possibilidades de atuação.
Título da publicação
Mnemosine
Volume
1
Edição
1
Páginas
382-393
Data
25-11-2005
Idioma
Português
ISSN
1809-8894
Data de acesso
30/05/2024 19:27
Catálogo de biblioteca
Direitos
Copyright (c) 2019 Mnemosine
Extra
Number: 1
Citation 'apa'
Coimbra, C. M. B., Rocha, C. G. da, Farias, M. C., Ignácio, P. S., Abreu, F., Maciel, F., & Mendes, F. (2005). Para além das práticas hegemônicas: algumas análises de discursos dos psicólogos no judiciário. Mnemosine, 1(1), 382–393. https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41374/pdf_43
Citation 'abnt'
COIMBRA, C. M. B. et al. Para além das práticas hegemônicas: algumas análises de discursos dos psicólogos no judiciário. Mnemosine, v. 1, n. 1, p. 382–393, 25 nov. 2005.
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