Colonialidade do saber e conflitos de memórias no espaço público

Tipo de recurso
Autor ou contribuidor
Título
Colonialidade do saber e conflitos de memórias no espaço público
Resumo
A colonialidade do poder e do saber pode transcender a relação da Europa com os países colonizados, passando a se constituir como um padrão de relações reproduzido em diversos sistemas políticos. O eurocentrismo é uma perspectiva cognitiva-epistêmica não exclusiva dos europeus e nem do período colonial, pertencendo também aos que tenham sido educados pela sua hegemonia. Este relato de pesquisa tem por objetivo abordar a concepção e organização de um Memorial em uma comunidade quilombola, observando-se o processo de construção da memória coletiva em torno de um mito fundacional de origem. Na metodologia seguiu-se a abordagem qualitativa utilizando o método da história oral. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo temática valendo-se do software Atlas Ti na codificação, categorização e monitoração da produção de sentidos. Observa-se que durante a construção do Memorial determinados grupos sociais dominantes utilizam o poder simbólico, social e político para fazer prevalecer sua representação de passado numa perspectiva epistemológica eurocêntrica, evitando a polissemia de vozes. O guiamento do Memorial provoca, porém, um conflito de memórias a partir de relatos testemunhais que subvertem a temporalidade histórica da escravidão, imputando novas formas identitárias ao processo de construção da memória.
Título da publicação
Fractal: Revista de Psicologia
Volume
31
Páginas
195-200
Data
2019-12
Abreviatura do periódico
Fractal, Rev. Psicol.
Idioma
Português
ISSN
1984-0292
Data de acesso
30/10/2024 22:09
Catálogo de biblioteca
SciELO
Extra
Publisher: Universidade Federal Fluminense, Departamento de Psicologia
Citation 'apa'
Alves, H. C. (2019). Colonialidade do saber e conflitos de memórias no espaço público. Fractal: Revista de Psicologia, 31, 195–200. https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i_esp/29050
Citation 'abnt'
ALVES, H. C. Colonialidade do saber e conflitos de memórias no espaço público. Fractal: Revista de Psicologia, v. 31, p. 195–200, dez. 2019.