Práticas clínicas e modos de subjetivação: reflexões ético-estético-políticas

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Título
Práticas clínicas e modos de subjetivação: reflexões ético-estético-políticas
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma visão institucional da clínica, propondo, como elemento fundamental para dimensionar a prática da mesma, a construção de determinada noção de ética. A análise institucional é utilizada como ferramenta para um entendimento histórico-social do sujeito e, portanto, das práticas clínicas a ele voltadas. Procurando desfazer a falsa dicotomia entre clínica e política, opomo-nos a uma suposta neutralidade, na medida em que concebemos toda e qualquer prática como implicando um posicionamento político imanente. A perspectiva ética mencionada contrapõe-se a uma subordinação acrítica a um corpo teórico hermeticamente fechado, propondo uma relação de diálogo entre teoria e prática, privilegiando uma prática clínica voltada para a produção do novo e da diferença, ou seja, de processos de singularização, em detrimento de mecanismos de reprodução de modos dominantes de subjetivação. No que diz respeito à loucura, além de viabilizar a construção de modos de vida novos e autônomos, trata-se de conferir legitimidade e consistência aos territórios já construídos, quase sempre política e culturalmente esvaziados. Por fim, é discutida a experiência de estágio no Espaço Aberto ao Tempo, serviço de atenção diária em Saúde Mental, cuja prática assistencial – em permanente construção – vem se consolidando como experiência clínica singular.
Título da publicação
Mnemosine
Volume
1
Edição
2
Páginas
423-458
Data
30-12-2005
Idioma
Português
ISSN
1809-8894
Data de acesso
30/05/2024 19:27
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Direitos
Copyright (c) 2019 Mnemosine
Extra
Number: 2
Citation 'apa'
Coelho, D. A. M. (2005). Práticas clínicas e modos de subjetivação: reflexões ético-estético-políticas. Mnemosine, 1(2), 423–458. https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41393/pdf_62
Citation 'abnt'
COELHO, D. A. M. Práticas clínicas e modos de subjetivação: reflexões ético-estético-políticas. Mnemosine, v. 1, n. 2, p. 423–458, 30 dez. 2005.