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Iniciaremos nesta revista a publicação do curso de introdução à historiografia da psicologia ministrado pelo Professor Doutor Josef Brožek no curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, da USP de Ribeirão Preto, em maio de 1996.
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Estudo de caso sobre um líder de uma comunidade rural tradicional que se diz empenhado na mudança do milênio. A apreensão do significado desse empenho para sua própria pessoa, sua comunidade e todo o mundo – assim como vivido e representado pelo sujeito – permite contemporaneamente apreender os horizontes temporais, espaciais e sociais em que se dá a elaboração da experiência. Os resultados da análise fenomenológica indicam que esse momento cultural suscita no sujeito uma concepção de identidade associada à participação na história universal através do empenho nesse momento histórico de “purificação radical”. A concepção do valor sagrado da história comunitária baseia-se na inserção na história bíblica, ao mesmo tempo que a concepção do valor político do empenho se baseia na participação da história política brasileira. Nessa visão político-religiosa a identidade pessoal e comunitária é tecida com caráter profético diante da história universal.
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O objetivo deste trabalho é o estudo das relações entre identidade pessoal e social, tempo e profecia assim como se delineiam em algumas obras de Padre Antônio Vieira. Escolhemos analisar a produção deste autor no período compreendido entre 1640 e 1661 e neste âmbito nos detemos sobre textos especialmente significativos no que diz respeito à afirmação das concepções acerca do homem, do tempo e da história. A análise enfoca as relações implicadas entre sentido do tempo e da história, horizonte escatológico, sentido da identidade pessoal e histórica do sujeito.
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Vladimir Solovyov (1853-1900), pensador russo, desenvolveu um sistema de pensamento, no qual não há distinção entre filosofia e religião, já que para ele não era possível enfocar o ser humano sem levar em conta a sua busca pelo divino. Solovyov nos auxilia a discutir a subjetividade humana a partir das concepções de historicidade e de sagrado como vértices organizadores do self. Neste trabalho, estaremos utilizando essas perspectivas a fim de discutirmos a subjetividade de Zé Leal, habitante do Morro Vermelho, Minas Gerais, usando entrevista feita por Prof. Dr. Miguel Mahfoud. Solovyov afirma que a singularidade de uma pessoa é a hipóstase da história da natureza humana. Zé Leal apresenta uma subjetividade em que essa perspectiva é flagrante. Nela o tempo é vivido existencialmente, de maneira que a história é sempre re-apresentada e resignificada pelas pessoas que fazem parte dela.
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A suspeita de que a linguagem pode tornar-se um obstáculo ao conhecimento humano não é um acontecimento novo na história do pensamento ocidental. Estendendo essa suspeita à psicologia, coloca-se a seguinte questão: a psicologia dispõe de uma linguagem que garanta sua identidade entre as demais ciências? Ao se formular tal questão, vai-se de encontro a um dos problemas centrais da ciência cognitiva contemporânea, que diz respeito ao lugar da folk psychology - o conjunto de termos habitualmente utilizado pelo senso comum para descrever, explicar, predizer e avaliar as atitudes e o comportamento das pessoas - no desenvolvimento de uma ciência da mente. É possível detectar três posições divergentes: o realismo de Fodor, o eliminativismo de Churchland e o instrumentalismo de Dennett. Após uma análise dessas perspectivas, conclui-se que os autores baseiam suas discussões em uma concepção muito restrita da folk psychology e cometem aquilo que chamamos de "o equívoco ontológico".