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Psicologia Social: Itinerários na América Latinareúne 10 textos que tratam da trajetória da Psicologia Social em diferentes países latino-americanos, quais sejam, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, Paraguai, Peru e Uruguai, além de um texto específico sobre a história da Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso).É um livro, portanto, que aproxima países com histórias semelhantes, atravessadas por séculos de um processo colonizador exploratório. Por isto é fácil perceber como os itinerários que a Psicologia Social percorreu nestes lugares têm similaridades – embora também tenham diferenças. Assim, encontramos em quase todos estes países a emergência do campo de estudos da Psicologia Social associado a produções intelectuais dos séculos XIX e princípios do XX a respeito do “caráter nacional” de cada país, onde, na maioria das vezes, estava presente a busca de uma justificativa para o “desenvolvimento” inferior (em relação aos países europeus), explicação esta que quase sempre recaiu sobre as características da população.Também encontramos a apropriação de concepções estrangeiras, que ocorreu progressivamente, principalmente no momento de institucionalização universitária da Psicologia Social: quase sempre como uma subdisciplina dentro da Psicologia, em alguns casos como uma disciplina à parte. Ao mostrar estas semelhanças em diferentes histórias locais, o livro se propõe também a propiciar uma aproximação entre pesquisadores, estudiosos e interessados nas questões da América Latina, apontando linhas em comum e visibilizando singularidades históricas.Desta forma, também visando favorecer a compreensão mútua e a integração linguística entre povos tão próximos, o livro apresenta textos em português (3) e em espanhol (6).
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Organizado e traduzido direto do alemão pelo Professor Saulo de Freitas Araujo, o primeiro volume é dedicado a Wihelm Wundt, trazendo dois textos centrais para a compreensão de seu projeto de uma ciência psicológica. Ao trazer esses textos pela primeira vez para o português, o volume agrega à coleção um grande valor para o ensino e a pesquisa em psicologia. Principais vantagens: Contextualização dos argumentos e ideias visando à ampliação do conhecimento psicológico e à integração do passado ao presente; Apoio à reflexão sobre os fundamentos da psicologia e à construção crítica do conhecimento psicológico.
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O manicômio, com sua função de exclusão, aniquilação de subjetividades e de vidas, foi considerado o lugar de destino e disciplina de todos os tipos de indesejados que não se ajustavam às normas. No Brasil, todavia, a intensa luta política por parte dos militantes do Movimento de Luta Antimanicomial, os avanços do progresso técnico, com a implementação de serviços substitutivos e novas forma de controle, tornou sua existência, enquanto estrutura material, obsoleta. Mas isso não significou a superação dos desejos de manicômio, expressadas nas “novas cronicidades” dos serviços de saúde mental do país. Além disso, percebe-se atualmente a persistência de um abandono de atenção e investimentos, em todos os níveis. O foco no objeto, na busca pelo órgão doente, e, portanto, a suspensão de todo elemento subjetivo presente na experiência do “estar fora de si”; o relacionamento diferenciado entre quem é imputável e pode gerir os problemas da vida e quem está submetido a um Outro que decide sobre sua vida; a validade dos conceitos de saúde e normalidade, balizados por critérios relacionados à lucratividade e à manutenção da cultura da exclusão e da marginalização, têm sido elementos persistentes no território da Saúde Mental. É preciso, então, (Re)pensar a Saúde Mental e os processos de desinstitucionalização. O livro que o leitor tem em mãos é nossa contribuição nesse sentido, uma vez que oferece análises preciosas sobre as histórias, as formas de intervenção e os desafios ético-políticos que todos necessitam conhecer para um atuação crítica e transformadora no campo da Saúde Mental.
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Silvia Lane: uma obra em movimento celebra a memória viva de Silvia Lane.Os(as) autores(as) compartilham os ensinamentos da psicologia social laneana: a inclusão do método dialético e do materialismo histórico rompendo os raciocínios lineares, dicotômicos e deterministas, afirmando a potência dos movimentos coletivos e singulares de transformação; a consideração crítica do contexto sócio-histórico de homens e mulheres; a compreensão de que o sofrimento ético-político é produzido pela desigualdade social; e principalmente que o pesquisador-produto-histórico parte de uma visão comprometida de mundo e de homem, na qual não há possibilidade de se gerar um conhecimento "neutro" nem um conhecimento do outro que não interfira na sua existência, conforme Lane, em "A psicologia social e uma nova concepção para a psicologia".
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O Grupo de Trabalho Família e Comunidade, proposto no II Simpósio da ANPEPP em 1989 pela Profa. Emérita da PUC-SP, Dra. Rosa Maria S. de Macedo, tem se mantido ativo desde então, caracterizado pela produção de conhecimento que visa a atender às demandas geradas pelas profundas transformações vividas pelas famílias na sociedade contemporânea. O grupo tem por objetivos realizar pesquisas e ações cujo intuito é compreender e intervir nos fatores que afetam a qualidade de vida da população. Busca também fomentar o desenvolvimento de recursos humanos e tecnológicos na área acadêmica, tanto em nível de produção científica como de formação profissional, tendo por finalidade fortalecer uma rede de compartilhamento entre os pesquisadores com interesses comuns, a fim de incrementar e enriquecer produções relacionadas à temática, de forma a incentivar a disseminação de conhecimento. A presente obra expõe os desafios apresentados ao grupo pelas questões metodológicas, em diferentes contextos de atuação. Representa uma forma inovadora na apresentação de métodos de pesquisa, que ancorados nas questões que a prática clínica torna visíveis, evidencia a impossibilidade de percursos metodológicos padronizados, que mascaram a riqueza e complexidade que a realidade oferece.
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É comum, em nossos dias, nos deparamos com enunciados do tipo: ‘O que está acontecendo conosco?’; ‘Onde vamos parar?’; ‘Do jeito que está não dá!’ Cada um deles, a seu modo, oferece indícios de que mudanças, dos mais variados matizes, estão em curso e elas surpreendem pelas mais diversas vias: seja pela sua emergência abrupta, seja pelo incômodo que geram, seja, ainda, por nossa dificuldade de acolhê-la e lhes dar sustentação. Assim, o desafio de produzir algum tipo de compreensão sobre o vivido, traçando diagnósticos sobre o presente, foi assumido por este grupo de pesquisadores filiados às áreas da Psicologia, Filosofia, Educação, História e Publicidade, e que estão atentos à transformação social e a seus efeitos subjetivos em nossas vidas. Adotando uma inspiração foucaultiana, os autores seguiram os passos desse pensador que, ao comentar sobre suas obras, afirmou: “... procuro diagnosticar, realizar um diagnóstico do presente: dizer o que somos hoje e o que significa, hoje, dizer o que nós dizemos”(FOUCAULT, 1967). Se algum diagnóstico sobre o presente é possível, isto se deve ao próprio modo de operá-lo: sempre provisório, parcial, perspectivo, e, até mesmo, enviesado. Precisamente por isso, o traçado de análises diagnósticas sobre o presente não pode se comprometer com uma verdade, absoluta e imutável. Seu mérito é tomar em consideração as turbulências e tensões de nossas vidas, que são múltiplas. Uma vez que os enunciados acima mencionados estão se disseminando no social, coube a tarefa de sustentar, com paciência e insistência, as forças emergentes nesse campo problemático que se configura no presente, desenhando diagnósticos parciais sobre os modos de viver que estamos ajudando a construir.
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Este livro surgiu do desejo de divulgar possíveis ações do psicanalista no campo da Educação, mediante intervenções, propostas pela professora Ana Lydia Santiago, que se baseiam na teoria da inibição intelectual e na Clínica Pragmática, prática de aplicação da psicanálise. Tais ações visam, essencialmente, a destrinchar o sintoma do fracasso escolar ou, mais precisamente, incidir sobre formas sintomáticas que se manifestam em crianças e jovens durante a trajetória escolar e resistem a quaisquer intervenções pedagógicas implementadas, a ponto de inviabilizar, muitas vezes, a própria escolaridade. É preciso considerar, neste trabalho, os psicanalistas ‘como um objeto nômade e a psicanálise como uma instalação portátil, suscetível de se deslocar para novos contextos e, em particular, para as instituições’. Os casos discutidos na presente obra demonstram a possibilidade de haver um lugar analítico nas instituições escolares, a que, quando ocorre, se designa, de acordo com proposta de Jacques-Alain Miller, Lugar Alfa.
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O percurso deste livro põe em foco autores protagonistas da criação e do desenvolvimento da história da psicologia fenomenológica. Sua primeira parte aborda a história de F. Brentano, E. Husserl, E. Stein, M. Heidegger, M. Merleau-Ponty e J. P. Sartre, ao passo que a segunda reconstrói a história da psicologia fenomenológica a partir da psicopatologia fenomenológica de K. Jaspers, a constituição dos fundamentos antropológicos da psicoterapia por L. Binswanger e a criação da psicopatologia fenômeno-estrutural por E. Minkowski. Em seguida, delineiam-se as influências da fenomenologia na psicologia clínica e as perspectivas contemporâneas nos campos da psicoterapia e da psicologia experimental, além dos estudos na interface entre fenomenologia das religiões e psicologia.