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O ensino de psicologia no Rio Grande do Sul teve seu início relacionado à criação dos cursos de formação de professores primários, também conhecidos como cursos normais. No estado se destacou o papel do Instituto de Educação General Flores da Cunha, de Porto Alegre. Este instituto foi o principal centro de formação de docentes para o ensino primário e difusor de novas idéias relativas à educação, entre elas o estudo dos conteúdos psicológicos. Esta dissertação estuda a presença da psicologia nos cursos normais de Porto Alegre no período de 1920 a 1950. Aponta as diversas idéias psicológicas que influenciaram as práticas pedagógicas da época e identifica os primeiros professores que lecionaram esta disciplina. Para tanto, examina documentos oficiais, decretos-lei estaduais e federais, e publicações que introduziram e regulamentaram o ensino de Psicologia no estado. O estudo argumenta que as idéias psicológicas já se encontravam presentes nos cursos de formações de professores nas primeiras décadas de século XX, embora só comecem a aparecer como uma disciplina autônoma em 1925. E conclui que o ensino da Psicologia experimentou uma expansão a partir do final da década de 1920 que durou até meados dos anos 50, quando ocorreu a fragmentação do currículo dos cursos normais. O ensino da Psicologia despertou o interesse para as questões de desenvolvimento psicológico infantil, da saúde mental e do aconselhamento profissional, reafirmando a existência de uma relação de complementaridade entre Psicologia e Pedagogia. Este trabalho constituiu-se não somente no primeiro esforço de traçar o panorama da presença Psicologia no Rio Grande do Sul, mas também de identificar, nestes primórdios, tendências que influenciam a formação dos psicólogos hoje.
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O objetivo foi rever aspectos da produção científica e profissional do psicólogo que é considerado o pai do estudo dos problemas e distúrbios de aprendizagem e pai da moderna Educação Especial. Para considerar apenas algumas de suas múltiplas contribuições, é lembrado que ele trabalhou com: pesquisa científica, intervenção precoce; problemas e disfunções da aprendizagem; processos subjacentes; avaliação; remediação; tecnologia educacional e inserção no fluxo regular. Foi professor e orientador.
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A psicologia atravessa uma profunda crise de identidade. No Brasil, essa situação parece ser ainda mais grave, uma vez que os cursos de graduação tendem a supervalorizar a prática e negligenciar os fundamentos básicos da psicologia. Com isso, cria-se um distanciamento e uma certa tensão entre a ciência e a profissão, perniciosa para a formação profissional do psicólogo. O objetivo do presente trabalho foi investigar a influência do pensamento de Popper na psicologia brasileira, através da análise dos artigos publicados, entre 1986 e 1995, nos Arquivos Brasileiros de Psicologia e na Psicologia: Teoria e Pesquisa. Entre os principais achados constatou-se um número muito reduzido de artigos com referências a Popper, uma citação superficial de sua obra e uma ausência de discussões sobre as implicações concretas de sua filosofia da ciência para a psicologia. Esses resultados parecem corroborar a hipótese de que há uma carência de discussões metacientíficas na psicologia brasileira.
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Este estudo é o resultado de uma reflexão sobre o significado histórico da alta demanda infantil aos serviços de saúde mental na rede pública de saúde. Através da literatura produzida sobre o tema infância, buscamos recuperar aspectos concernentes à sua constituição enquanto produção social. Pontuamos a existência de uma crise para a infância - enquanto categoria histórica - na pós-modernidade e destacamos algumas rupturas presentes no "pensar" sobre a infância. Ao nos referirmos a todas as crianças como "crianças em si", negamos que a grande maioria delas são tratadas como "crianças tão somente"ou seja, apenas pelo dado da maturação biológica. Identificamos que tal crise, para as "crianças tão somente" - pertencentes às classes populares - não é exclusiva da era pós-moderna.
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Neste artigo as autoras argumentam sobre a necessidade de alguns subsídios fundamentais para se entender a psicologia como produção humana e, consequentemente, entender suas problemáticas atuais bem como as possibilidades de sua transformação. Apontam a importância de se apreender os conhecimentos psicológicos - sejam as idéias psicológicas, seja a psicologia científica, seja a própria formação do psicólogo - pela e através da história dos homens que os construíram.
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O propósito deste estudo é interpretar as mensagens auto-reflexivas de filhos adultos de alcoolistas (FAA) por meio de uma análise semiótico-fenomenológica. O ser humano tem múltiplas percepções a respeito da miríade de fenômenos que ocorrem em relacionamentos consigo mesmo e com os outros. Confere-se a validade de tais percepções deslocando-se de um nível de percepção para outro, podendo então contemplar a percepção anterior. Em outras palavras, é preciso sair da floresta para poder observar as árvores. Continuando a metáfora, o FAA encontra dificuldade em sair da floresta. Para este estudo foram entrevistados seis FAAs. O procedimento de análise dos dados inicia com (1) a leitura da descrição das reações dos participantes da pesquisa a um excerto da biografia de um outro FAA, seguindo-se (2) a descoberta das mensagens auto-reflexivas dos participantes e (3) a interpretação de perspectivas diretas, metaperspectivas e meta-metaperspectivas das mensagens auto-reflexivas. Os resultados da análise corroboram o trabalho de psicólogos clínicos que têm identificado o mundo-vivido do FAA como um sistema fechado. De um ponto de vista pragmático, os resultados sugerem que as mensagens auto-reflexivas podem ser a chave que fecha e abre o sistema interacional defeituoso do FAA.
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O presente artigo tem por finalidade traçar um panorama histórico da psicologia no Brasil, enfocando mais especificamente o processo de formação dos profissionais que atuaram nesse campo. Aborda o período colonial e o século XIX, quando as intervenções nesse campo estavam a cargo de religiosos, educadores e médicos; os primeiros indícios de preocupação com a formação profissional, entre a última década do século XIX e as primeiras décadas do século XX, quando a Psicologia passa a ser reconhecida como área autônoma de saber; o período subsequente a 1930, no qual ocorre uma sistematização da formação deste profissional por meio do ensino superior e dos institutos de pesquisa e aplicação, a qual concorreu para a regulamentação da profissão e para a criação dos cursos de psicologia no Brasil.
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