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O presente artigo parte do dilema apontado na conferência de Canguilhem Que é a Psicologia? de 1956, a fim de mostrar sua atualidade e também que é possível acrescentar-lhe as problematizações contemporâneas que tratam da psicologização e da neurocientifização dos atuais processos de subjetivação. O que temos feito de nossas vidas e de nossas práticas e como agir livremente perante a ameaça crescente de robotização e de cerebralização dos modos de subjetivação? A fim de não ficarmos paralisados frente a tais impasses, sugerimos caminhos possíveis a partir do encontro com Kierkegaard e Foucault, filósofos que se inscrevem, para usar a expressão foucaultiana, em uma via de experimentação não metafísica, caminho esse que já foi bastante privilegiado se voltarmos o olhar para a Filosofia antiga dos exercícios espirituais, porém, que foi sendo esquecido aos poucos pela tradição filosófica ocidental. Uma psicologia experimentante é, por fim, sugerida como caminho possível, na tentativa de reconhecer e/ou de evitar os perigos inicialmente apontados. Sabendo-se que não se pode eliminá-los do cotidiano das práticas psi, pode-se ao menos estar mais atento aos mesmos, sendo esse o objetivo do presente texto.
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O objetivo deste trabalho é sistematizar informações obtidas em documentos e publicações a respeito da participação dos psicólogos de São Paulo no processo de regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Por meio da análise realizada, foi identificado o empenho de Annita Cabral pela formação e criação de um curso de bacharelado em Psicologia na Universidade de São Paulo. A criação da Sociedade de Psicologia de São Paulo e a da Associação Brasileira de Psicólogos - fundamentais para a organização e a representação institucional dos psicólogos de São Paulo em suas reivindicações - foram também iniciativas de Annita Cabral. Foram analisados projetos de lei para a regulamentação da profissão, enviados por diferentes agrupamentos e organizações de psicólogos brasileiros. Concluiu-se que a participação dos psicólogos de São Paulo teve papel fundamental para a formação e a definição das atribuições profissionais do psicólogo da maneira que estão estabelecidas na legislação atual.
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O objetivo deste artigo é realizar um diálogo entre a história dos saberes pré-científicos e a pesquisa experimental acerca da memória, apontando as similaridades entre estas concepções. Questões como a descrição topográfica da memória de trabalho, o processo de integração de informações na memória, a formação da imagem mental e a preocupação com uma interface entre teoria e prática citadas nos textos clássicos permanecem atuais. Constata-se também, que o debate ao longo dos anos sobre o funcionamento da memória gerou uma descrição psicobiológica do fenômeno, baseada na integração de funções cognitivas resultando no desempenho de atividades complexas. A visão histórica do conhecimento desenvolvido sobre a memória pode contribuir na prática científica contemporânea, no sentido de permitir a elaboração de formulações teóricas e a proposição de métodos de investigação mais coerentes e integrados com o corpo de conhecimento constituído ao longo da história.
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O objetivo deste trabalho é construir um relato histórico da emergência da Abordagem Centrada na Pessoa no Brasil (ACP), visando responder às seguintes perguntas: como esta abordagem chega ao Brasil; com quem chega; como se desenvolve; quais influências de âmbito nacional esta abordagem recebe. Estas questões se fazem pertinentes pela constatação que a ACP entra no Brasil em uma época atravessada por movimentos libertários, como a contracultura, movimentos de minoria, antipsiquiatria e as batalhas pela democracia no Brasil. A ACP é uma das primeiras vertentes da Psicologia Humanista e deve sua sistematização ao psicólogo norte-americano Carl Rogers, que aponta para uma perspectiva de homem e das relações humanas e valoriza a potência de desenvolvimento do ser humano. O presente trabalho utiliza o método historiográfico, que consiste em um processo de reconstrução da história.
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Organizada por especialistas na produção intelectual de Michel Foucault, esta obra, integrante da coleção Estudos Foucaultianos, traz grande parte das discussões e indagações apresentadas no VI Colóquio Internacional Michel Foucault: Filosofia e Política, realizado em 2009 no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este livro oferece uma série de artigos que discutem sobre os estudos de Michel Foucault acerca de filosofia e política. Para tanto, os autores produziram aqui análises sobre as relações de saber e de poder que revelam, com muita propriedade, os nexos entre filosofia, presente histórico e participação política presentes na obra do filósofo francês.
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