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Este artigo tem a finalidade de expor o percurso histórico da Psicologia no Brasil na perspectiva da tridimensionalidade do tempo, entendendo que a apreensão de sua concreticidade implica a compreensão do passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão da historicidade da Psicologia no Brasil como construção social, neste texto, tem como foco a análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos de qualidade no desenvolvimento da Psicologia, quer como conhecimento, quer como prática. Serão apresentadas, para cada período da história da Psicologia no Brasil, uma breve descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas teóricas, sejam práticas, que revelam suas contradições, sobretudo o confronto das concepções coexistentes em um mesmo tempo histórico, que demonstram o processo constitutivo dos saberes psicológicos e da Psicologia no Brasil a partir de distintos posicionamentos sociopolíticos e epistemológicos. Busca-se contribuir para a compreensão da constituição da Psicologia no Brasil a partir da dinâmica engendrada pelas e nas contradições históricas dessa área do saber, entendida como construção eminentemente social.
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Este artigo tem a finalidade de expor o percurso histórico da Psicologia no Brasil na perspectiva da tridimensionalidade do tempo, entendendo que a apreensão de sua concreticidade implica a compreensão do passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão da historicidade da Psicologia no Brasil como construção social, neste texto, tem como foco a análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos de qualidade no desenvolvimento da Psicologia, quer como conhecimento, quer como prática. Serão apresentadas, para cada período da história da Psicologia no Brasil, uma breve descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas teóricas, sejam práticas, que revelam suas contradições, sobretudo o confronto das concepções coexistentes em um mesmo tempo histórico, que demonstram o processo constitutivo dos saberes psicológicos e da Psicologia no Brasil a partir de distintos posicionamentos sociopolíticos e epistemológicos. Busca-se contribuir para a compreensão da constituição da Psicologia no Brasil a partir da dinâmica engendrada pelas e nas contradições históricas dessa área do saber, entendida como construção eminentemente social.
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Christian Wolff (1679-1754) foi uma figura fundamental não só na cultura alemã do século XVIII como também no desenvolvimento histórico da psicologia. No entanto, sua obra permanece desconhecida por grande parte dos psicólogos contemporâneos. O objetivo do presente artigo é mostrar a importância de Wolff na constituição histórica da psicologia. Inicialmente, será feita uma breve contextualização histórico-cultural do Iluminismo alemão. Em seguida, mostraremos a íntima relação entre seu projeto psico- lógico e seu sistema filosófico. Finalmente, serão destacados alguns exemplos da influência de Wolff sobre o desenvolvimento posterior da psicologia. Conclui-se que ele merece maior atenção do que tem até aqui recebido na historiografia da psicologia em geral.
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Despite the numerous and important contributions brought by Wundt scholarship in recent decades, some aspects of his work remain unclear and poorly understood. The aim of this paper is to explore one of these aspects, namely, the relationship between philosophy and psychology in Wundt's thought. To this end, we shall discuss an important yet neglected moment in Wundtian psychology, which remains unexplained to date: Why did Wundt abandon his early theory of the unconscious? According to the interpretation offered here, this can only be adequately explained by his intense philosophical studies in the period preceding the publication of the Grundzüge in 1874. Finally, we will point out some implications of this analysis to the general interpretation of Wundt's psychological project.
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Este artigo foi produzido com base em pesquisa qualitativa, cujo objetivo foi estudar a atuação do psicólogo em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas com psicólogas atuantes na atenção básica à saúde, pertencentes à Coordenadoria de Saúde da região oeste da cidade de São Paulo. A análise foi de conteúdo do tipo temática e tomou por referencial teórico-conceitual a produção em análise institucional, em estudos sobre o trabalho em saúde e sobre a história da psicologia como profissão. Enfocaram-se dois aspectos interligados: as mudanças e novas necessidades de trabalho e atuação profissional que a regulamentação da profissão trouxe para a psicologia, e as políticas públicas de saúde mental no Estado e na cidade de São Paulo a partir da década de 1970. Os resultados revelam as mudanças, tensões e contradições no processo de institucionalização da psicologia clínica, tradicionalmente uma prática liberal realizada em consultório que passa a apresentar ao psicólogo novos desafios com sua inserção em instituições de saúde pública, em especial em UBS, cuja atuação passa a incluir práticas clínico-sanitárias e a ter regulações de ordem político-institucional.
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Este artigo descreve resultados de uma pesquisa que buscou investigar como o tema das faculdades da alma e de suas implicações no desenvolvimento humano e na educação da pessoa foi divulgado, ao final do século XIX, pela imprensa periódica. Esperando contribuir para a história da psicologia e da educação, o artigo apresenta a análise de escritos sobre educação moral e educação estética de uma Secção Scientífica ou Pedagógica assinada por José Miguel de Siqueira e publicada no jornal O Baependyano (1877-1889). Inicialmente, são feitas breves descrições do periódico e de sua posição na conjuntura da época, bem como do lugar em que foi publicado. Em seguida, tratamos da definição de pedagogia apresentada pelo jornal, levando em consideração as apropriações de autores estrangeiros comumente presentes no campo da educação. A pedagogia considerada moderna é definida em tais escritos como a expansão e o desenvolvimento das forças animais, racionais e morais do ser humano; sua finalidade seria a formação do homem social pronto para o trabalho e para o serviço da sociedade e do Estado. Partindo dessa discussão, abordamos as concepções de educação espontânea, educação regular e instrução contidas no periódico. A educação é entendida como a unidade entre cultura e instrução, sendo a cultura a principal responsável pelo direcionamento das faculdades da alma e pela formação moral; a instrução, por sua vez, é tomada como aquisição de conhecimentos, mas também desempenha um papel importante na formação de hábitos e costumes.
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Este trabalho tem o objetivo de analisar a educação dos corpos infantis na revista Pais & Filhos, buscando compreender que ideal de infância é legitimado pela mesma. Investiga as representações sociais dos corpos infantis no período de 1968 a 1977, quando a publicação se considerava "a revista mensal da família moderna", utilizando a teoria das representações sociais como principal referencial. Os resultados apontam para representações dos corpos infantis objetivadas pela imagem da fábrica moderna, marcados por um ideal de beleza, e classificados através da oposição entre saúde e doença e entre normalidade e anormalidade.
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Este artigo traz parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado que tratou da relação entre infância e desenvolvimento a partir da análise das representações sociais da infância na revista Pais & Filhos. A revista é pensada como um meio de tornar acessíveis às famílias os conhecimentos advindos de ciências que têm como objeto de estudo a criança, haja vista que apresenta discursos de diversos especialistas, principalmente os vinculados à medicina e à psicologia. O trabalho objetiva analisar as representações sobre desenvolvimento infantil presentes na revista e a sua legitimação por meio do discurso dos especialistas. Considera a presença e a legitimidade dos diferentes discursos nessa publicação: dos especialistas, dos pais e das crianças e trata do tema do desenvolvimento, um dos pilares das representações da infância na Pais & Filhos. Por fim, discute os resultados, enfocando o tema da infância como objeto de especialistas, a partir de uma racionalidade moderna.
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Este artigo apresenta alguns dados sobre a história do campo de conhecimento e prática da Psicologia em sua relação com a educação no Brasil. Este estudo foi conduzido baseado no fundamento epistêmico-filosófico do materialismo histórico dialético e na nova história, utilizando fontes bibliográficas históricas e cinco relatos orais de personagens da Psicologia educacional e escolar. Os depoimentos e o material das fontes escritas constituíram o corpus documental, cuja organização seguiu a metodologia da história oral e da historiografia plural. Foi realizada análise descritivo-analítica compreendida em duas etapas: a) análise documental (fontes não orais) e b) construção de indicadores e núcleos de significação dos registros orais. A partir das análises, compôs-se uma periodização da história da Psicologia educacional e escolar brasileira por meio de marcos históricos que compreendeu as fases: 1) colonização, saberes psicológicos e educação (1500-1906), 2) a Psicologia em outros campos de conhecimento (1906-1930), 3) desenvolvimentismo - a Escola Nova e os psicologistas na educação (1930-1962), 4) A Psicologia educacional e a Psicologia do escolar (1962-1981), 5) o período da crítica (1981-1990), 6) a Psicologia educacional e escolar e a reconstrução (1990-2000) e 7) A virada do século: novos rumos? (2000-).
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Este artigo apresenta alguns dados oriundos da tese de doutorado sobre a história do campo de conhecimento e prática da Psicologia em sua relação com a Educação no Brasil. Este estudo foi conduzido baseado no fundamento epistêmico-filosófico do materialismo histórico dialético e na nova história, utilizando fontes bibliográficas históricas e cinco relatos orais de personagens da Psicologia Educacional e Escolar. Os depoimentos e o material das fontes escritas constituíram o corpus documental cuja organização seguiu a metodologia da história oral e historiografia plural. Foi realizada análise descritivo-analítica compreendida em duas etapas: a) análise documental (fontes não orais) e b) construção de indicadores e núcleos de significação dos registros orais. A partir das análises, compôs-se uma periodização da história da Psicologia Educacional e Escolar brasileira por meio de marcos históricos da área. No presente artigo destaca-se a discussão acerca da conceituação e terminologias utilizadas pela Psicologia Educacional e Escolar ao longo do tempo e de como essas mudanças nas nomenclaturas da área refletem questões epistemológicas, ideológicas e políticas.
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