A sua pesquisa
Resultados 146 recursos
-
Historiadores do presente utilizam diversas fontes para reconstruir o passado. Através da história oral podem, inclusive, elaborar os documentos que irão analisar. Este artigo apresenta três pesquisas que utilizaram a metodologia da história oral aplicada a três diferentes objetos: 1) o reconhecimento da importância de uma psicóloga brasileira, 2) a percepção do trabalho realizado por funcionários em instituições de educação infantil e 3) a ressignificação da experiência de um judeu sobrevivente da Segunda Guerra Mundial por seus descendentes. Ao dar enfoque às pessoas em seus contextos sociais e culturais próprios, cada trabalho produziu uma escrita histórica que valoriza diversos aspectos da cultura e das relações interpessoais, reconhecendo que o indivíduo é sujeito de um processo histórico. As três pesquisas evidenciam a fecundidade do uso da história oral para a valorização da memória dos entrevistados e para a elaboração de documentos que podem auxiliar na construção do presente e do futuro.
-
A Psicologia Escolar, área tradicional da profissão de psicólogo no Brasil, sofre diversas críticas referentes ao modo como são conduzidas determinadas práticas em seu contexto, por isso necessita ser constantemente repensada e discutida. O presente artigo propõe uma reflexão sobre a Psicologia Escolar e sua(s) possibilidades de atuação. Inicialmente realiza-se uma contextualização histórica sobre a Psicologia Escolar, com a observação de que esse é um campo ainda em construção no Brasil. Em um segundo momento, busca-se elucidar alguns aspectos que hoje tornam a Psicologia Escolar uma área específica e de grande importância na atuação do psicólogo. Por fim, discute-se a necessidade tanto de o psicólogo atuar com os diferentes atores presentes no contexto educacional quanto de trabalhar de forma interdisciplinar na escola e em qualquer outro ambiente no qual sejam desenvolvidos processos de ensino-aprendizagem.
-
Nosso objetivo é discutir a história da constituição de novos objetos no campo da Psicologia social brasileira, particularmente dos processos de urbanização, globalização, informatização da sociedade e suas interfaces com os processos de subjetivação. Tal discussão é resultado de uma pesquisa realizada nos resumos dos Anais dos Simpósios da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), abrangendo o período de 1988 a 2010. Nossa metodologia propõe uma genealogia da Psicologia social brasileira. Utilizamos a perspectiva foucaultiana sobre a história, o conhecimento e as subjetividades como ferramentas teóricas e analíticas. A partir dessa análise, afirmamos a possibilidade de uma história da Psicologia social brasileira que não se escreve a partir dos seus grandes representantes ou vertentes teóricas, mas da constituição de novos problemas, objetos e campos de intervenção. Nesse sentido, buscamos acompanhar a constituição de seus múltiplos objetos e perspectivas, assinalando a não linearidade de seu desenvolvimento, mas suas controvérsias e rupturas.
-
This article deals with the initial applications of psychological tests in Brazil during the 1920s and 1930s, and it is focused on their use in education under the influence of the New School and the Mental Hygiene movements. Thus, the objective is to highlight the implication of psychology as a “social science” (Rose, 1996), a support to the legitimacy of racial theories in force during that period.
-
O texto analisa como os intelectuais católicos perceberam e enfrentaram a emergência da psicologia científica no Brasil entre 1920 e 1960. Foi utilizada como fonte a revista "A Ordem", criada em 1921 por componentes desse grupo com vistas a recuperar a hegemonia da Igreja Católica no País. Fez-se o levantamento dos textos publicados nas décadas citadas, por meio de seleção e análise daqueles que pudessem tratar de temas psicológicos. Embora o conteúdo moral esteja constantemente presente, bem como uma defesa da psicologia tomista, há uma mudança de tom entre os anos iniciais, de forte crítica à psicologia científica, e a década de 1960, quando se reconhece a existência de uma ciência que, por sua vez, deve respeitar e não se opor às verdades católicas.
-
A relação entre a psicologia empírica e o projeto de uma antropologia pragmática no pensamento de Kant tem sido frequentemente discutida na literatura secundária. No entanto, não há consenso entre os intérpretes de Kant sobre o sentido exato desta relação. O objetivo do presente trabalho é contribuir para um maior esclarecimento a respeito deste tema, investigando a relação entre psicologia empírica e antropologia no pensamento kantiano nas décadas de 1760 e 1770. Nossa análise sugere que até a primeira metade da década de 1770 Kant utiliza os termos ‘psicologia empírica’ e ‘antropologia’ de forma quase idêntica, e que somente a partir da segunda metade desta mesma década ele introduz uma distinção mais clara e fundamental entre ambas as disciplinas.
Explorar
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (78)
- Livro (17)
- Seção de livro (21)
- Tese (30)