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O presente artigo aborda o mito da origem da liberdade em Nise da Silveira a partir de histórias de sua infância, de seu apelido Caralâmpia - inspirador de Graciliano Ramos para compor A Terra dos Meninos Pelados - e de seu nome, retirado dos sonetos de Cláudio Manuel da Costa. As originais contribuições de Nise da Silveira no campo da saúde mental passam a ser vistas pelos grupos que dela se aproximaram como frutos de sua genialidade, encontrando explicações nos relatos autobiográfi cos de Nise da Silveira, consagrados por seus (per)seguidores. O campo da saúde mental no Brasil abrange dois períodos: o da campanha prómanicomial, de 1829 até as primeiras décadas do século XX; e o da campanha antimanicomial, que tem seu marco inicial no Movimento de Trabalhadores de Saúde Mental, em 1978. Entre um movimento e outro, os trabalhos desenvolvidos nas décadas de 1930, 40 e 50 do século XX fi cam esquecidos e os autores desse período passam a ser designados pioneiros, instaurando uma variante da busca do mito das origens.
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Aunque la postura socialista de Emilio Mira y López (1896-1964) resulta bastante conocida, no se ha prestado hasta ahora atención a la aportación psicológico-política de este autor. El objetivo del presente trabajo es doble. En primer lugar queremos situar el análisis psicológico de la revolución social llevado a cabo por el psiquiatra catalán en el marco histórico, tanto biográfico y político como científico y cultural, de la época anterior al Franquismo. En segundo lugar examinamos cómo Mira relaciona su psicología con un tema político y, concretamente, en qué medida su trabajo científico sobre la revolución refleja una postura socialista.
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O presente trabalho procura desenvolver uma reflexão crítica sobre o processo de condenação do magnetismo animal. Partindo de uma crítica às versões lineares e progressistas da história da Psicologia, nas quais o magnetismo é excluído ou pouco explorado, o artigo busca atingir dois objetivos. Primeiramente, questionar alguns dos pressupostos típicos das versões históricas dominantes, como a idéia de que o magnetismo não teria resistido às exigências da metodologia científica. Em segundo lugar, oferecer uma alternativa de compreensão deste processo calcada na idéia de que a rejeição ao magnetismo animal ocorreu, em parte, devido à oposição de princípios epistemológicos existente entre este e o projeto moderno de ciência. O artigo é concluído destacando o caráter acidental do nascimento do espaço psicológico a partir desta condenação, a diversidade de razões nela presentes e questiona a noção de progresso típico ao projeto moderno de ciência que inspirou o nascimento da Psicologia.
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O trabalho de Watson sobre o pensamento foi tratado inadequadamente por muitos intérpretes, gerando uma lacuna na interpretação histórica visto que Watson exerceu ampla influência sobre a Psicologia. Nosso objetivo é sanar parte deste problema esclarecendo as principais posições de Watson sobre pensamento. Nossa hipótese é que a teoria watsoniana sobre o pensamento como hábito é uma forma de referencialização materializante influenciada pela desmetafisicização do pensamento Ocidental proveniente do Iluminismo. Admitimos que a teoria de Watson reproduziu premissas do erro de categoria cartesiano. Assumimos também que a prioritária associação entre pensamento e linguagem watsoniana denuncia influências indiretas da tradição filosófica grega clássica.
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Este artigo procura reconhecer e avaliar a concepção de loucura no romance Quincas Borba, de Machado de Assis. Para isso, analisamos o desenvolvimento da loucura em Rubião, o protagonista do romance. As análises foram feitas em duas etapas. Em primeiro momento, comparamos as concepções de loucura presentes no romance com as teorias de psiquiatras do século XIX. Em um segundo momento, buscamos compreender a loucura tendo como parâmetro a própria obra do autor, apoiando nas idéias presentes no conto "O espelho". O resultado das análises é que Machado de Assis não apenas se apropriou das teorias psiquiátricas da época, como foi além tratando a loucura dentro da dinâmica do homem com o seu meio social.
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A pesquisa analisa o uso de metáforas, alegorias, comparações e exemplos, recursos retóricos destinados aos sentidos, afetos e imaginação dos ouvintes, nos sermões vieirianos "As Cinco Pedras da Funda de Davi". As figuras promovem incitação do dinamismo psíquico dos ouvintes. Averiguou-se que as imagens utilizadas são coerentes com a liturgia quaresmal e com a leitura hermenêutica sacramental da realidade orientada teleologicamente. Constatou-se também que o uso pauta-se no saber fundado na retórica e na psicologia-filosófica aristotélico-tomista, em um conhecimento do homem entendido como totalidade e que o poder da palavra, figurativamente, proporciona elaboração da experiência e mudança comportamental.
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