A sua pesquisa
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Uma das principais características do Behaviorismo Radical de B. F. Skinner (1904-1990) seria sua crítica sistemática às explicações mentalistas para o comportamento. O objetivo do trabalho foi descrever o que Skinner definia por mentalismo e que críticas fazia a ele entre 1931 e 1959. Com base em trabalhos do próprio autor, observou-se que o mentalismo criticado entre os anos 30 e 40 foi principalmente o presente na Fisiologia Conceitual e nos Behaviorismos de Tolman, Hull, Boring e Stevens. Do final dos anos 40 até 1959, a crítica era dirigida à Psicanálise de Freud e à Psicologia da Consciência. Em relação aos tipos de críticas, não foram observadas mudanças significativas. Discute-se o lugar e a função do antimentalismo no Behaviorismo Radical.
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O tema da memória constitui uma das bases do pensamento teológico, filosófico e psicológico de Agostinho de Hipona. A relevância dessa faculdade pode ser observada no livro X das Confissões. Em poucas linhas, o que Agostinho se propõe neste livro é justamente explorar a própria memória em busca de Deus. Ao buscar Deus dentro da memória, Agostinho acaba desenvolvendo uma concepção da memória de grande importância na história dos saberes no Ocidente: o eu entendido enquanto espaço interior ou como espaço íntimo. Procuraremos reconstruir e detalhar a série de argumentos propostos por Agostinho a respeito do tema da memória e observar em que sentido ela é entendida metaforicamente como um espaço compartimentado. Finalmente, procuraremos mostrar a relevância e atualidade desta metáfora no modo como atualmente se compreende a memória.
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Com o objetivo de analisar as circunstâncias nas quais as pessoas que vivem em situação de pobreza enfrentam tal condição, investigou-se a tensão entre projetos de vida elaborados a fim de melhorar as condições de saúde, educação, moradia e trabalho, e estratégias de sobrevivência. As correntes mais influentes no estudo da pobreza tendem a conceituá-la com base nos insumos necessários para a aquisição das mercadorias básicas para a sobrevivência que qualificam a condição de pobreza relativa, relacionando-a ao padrão de vida geral predominante. Outras abordagens de caráter antropológico focalizam as relações interpessoais e os modos de vida dos pobres, deixando em segundo plano os determinantes econômicos. O estudo focalizou as esferas de intermediação entre as iniciativas macroeconômicas e as decisões individuais, procurando identificar os fatores que facilitavam tal encontro. Foram entrevistados 67 participantes de projetos sociais e instituições educacionais de duas áreas pauperizadas da cidade do Salvador, através de um questionário elaborado especialmente para identificar os processos individuais e coletivos almejados. Os resultados acerca das transformações da intimidade, da constituição da família e daquelas que decorrem de ações planejadas por organizações não governamentais e programas estatais nas áreas da habitação, educação e saúde são integrados ao debate acerca do capital humano, capital social, inclusão social, projetos de vida e estratégias de sobrevivência.
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Tomando a vivência do outro como fenômeno a ser pesquisado neste trabalho, esta pesquisa tem como objetivo explicitar a abertura para a vivência do outro incluída na experiência da pessoa, através das indicações da fenomenologia husserliana. Realizamos uma pesquisa teórica de cunho fenomenológico, a partir da obra Meditações Cartesianas. Reconhecendo a especificidade da visão husserliana, problematizamos questões teóricas fundamentais à compreensão do tema do outro, refletindo a respeito das objeções feitas à vivência do outro em Husserl. Concluímos que a exigência do método fenomenológico para o conhecimento da alteridade nos revela um caminho que aponta tanto para a irredutibilidade entre o eu e o outro, quanto para a possibilidade de encontro com um sentido existencial na vivência do outro pela pessoa. Na vivência desse sentido emerge a percepção do valor do outro para o eu, mobilizando o sujeito a assumir um posicionamento livre e interessado na convivência com o outro enquanto alteridade.
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Trata-se de uma análise fenomenológica da conversa interna em duas condições: (a) desempenho de tarefa em voz alta contextualizada por parâmetros psicométricos, (b) experiência consciente da vida cotidiana. Participaram do estudo 23 estudantes universitários, com idade variando entre 17 e 28 anos. Três instrumentos foram utilizados: Teste Matrizes Progressivas de Raven, Questionário de Ruminação e Reflexividade, Entrevista Fenomenológica. Na análise destacou-se: a tríade estrutural de uma voz (eu) que fala a uma terceira parte (você) sobre um objeto (mim) conforme o modelo Peirce-Mead de Nobert Wiley, a intencionalidade bidimensional entre a tarefa e o self, as interferências da ruminação no desempenho do teste de Raven. As entrevistas fenomenológicas descreveram quando, para que, e como ocorre a conversa interna, e quando é inoportuna (pensamento circular) e oportuna (pensamento produtivo). A análise diferenciou a função de dados de terceira e de primeira pessoa na elucidação de um fenômeno cognitivo.
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O presente trabalho, que é parte da investigação Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos e ressonâncias, dedica-se a explorar, mediante a bibliografia existente (especialmente a biográfica), outras fontes escritas e entrevistas sob o paradigma da História Oral, as circunstâncias da visita do filósofo a Belo Horizonte, entre 29 e 31 de maio de 1973. Seu principal objetivo é estabelecer uma audiografia de Foucault entre nós, ou seja, tanto a ordem discursiva a que sua palavra se viu submetida quanto à desordem que, naquela, eventualmente imprimiu. Em acréscimo, leva-se em conta que Foucault sempre enfatizou que a verdade, em lugar de estar à espera de nossa visada, possui geografia e cronologia próprias. São focalizadas as falas informais do filósofo na Aliança Francesa e a aula ministrada na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH-UFMG), bem como as conferências proferidas na Clínica André Luís e na Casa de Saúde Santa Clara. Destaque especial é concedido às relações com a imprensa: a presença de Foucault se dá em tempos de ditadura militar e, à época, ele desenvolve uma análise crítica dessa atividade – seja da imprensa burguesa seja da alegadamente de esquerda –, ao mesmo tempo que vê na filosofia uma forma de jornalismo radical. Cumpre acrescentar que o recurso à oralidade – entrevistas realizadas com alguns daqueles que conviveram com o filósofo em 1973 – tem por intuito explorar lembranças acerca do personagem-Foucault e de suas idéias, em busca tanto de instituídos (memoráveis e comemoráveis) quanto de narrativas intempestivas que aportem novas linhas de investigação.
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Procura instigar o debate sobre os determinantes sócio-históricos que condicionam a construção de políticas públicas de saúde mental aplicáveis ao contexto familiar brasileiro. As atuais políticas têm privilegiado a família como lugar estratégico de ações voltadas para a transformação social, com intervenção de vários atores, entre eles, psicólogos. Ao recuperar alguns pontos do ideário de higiene mental percebeu-se que esse discurso não é novidade na história da saúde brasileira. Embora os tempos, as famílias e os profissionais sejam outros, compreendeu-se que a busca de solução para a 'crise' da sociedade continua sendo atribuída ao indivíduo particular. A família, como expressão desse indivíduo, tem sido chamada para assumir responsabilidades que levem a sociedade na direção da 'ordem' e do 'progresso' da nação.
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Religião na história da psicologia no Brasil: o caso do protestantismo
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Na epistemologia escolástica havia não somente a preocupação de aplicar a doutrina aristotélica da abstração, considerando o funcionamento dos sentidos externos e internos, mas também de garantir a possibilidade do conhecimento direto ou intuitivo, que se daria sem a mediação de representações mentais. Tal possibilidade baseava-se no fato de haver um conhecimento que aconteceria pela força própria do objeto de dar-se a conhecer, que permitiria conhecer algo excedente à experiência sensorial humana, visto que os sentidos somente podem perceber o que é comensurável a eles. O componente interno que permite tal conhecimento intuitivo na tradição agostiniana era o verbum intus prolatum, que seria palavra anterior a toda fala humana e diferente do discurso da racionalidade humana. Na refinada teologia de Vieira no sermão da Madrugada da Ressurreição pregado na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Belém do Pará, aparecem claros elementos da Teologia Negativa, de Mariologia e da doutrina do conhecimento intuitivo.
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O presente artigo tem como objetivo construir um esboço panorâmico da história da psicologia social brasileira. Inicialmente, partimos da intuição de Farr sobre a diferença conceitual entre psicologias sociais sociológicas e psicológicas para com isso estabelecer pontos de comparações entre as diversas perspectivas em Psicologia social. Analisamos diversos grupos teóricos para tentar construir um modo de compreensão sobre as implicações políticas, metodológicas e práticas de suas respectivas posições. Em nosso horizonte de reflexão, tomamos as psicologias sociais associadas ao behaviorismo, à Psicologia comparativa e ao cognitivismo, em solo norte-americano. Traçamos as influências da Psicologia cognitivista em solo brasileiro, mostrando que estava ligada à busca de variáveis dotadas de estabilidade, ao postulado da neutralidade do investigador e às noções de adaptabilidade e produtividade. Após a crise dessa perspectiva, observamos a influência da teoria das representações sociais e da teoria crítica em relação à Psicologia socio- histórica. Esta fundamenta uma ideia de homem associada ao materialismo dialético, à historicidade e à transformação social. Além da perspectiva socio-histórica, refletimos ainda sobre a Psicologia social relacionada ao problema das instituições para assim traçarmos as implicações críticas dessa perspectiva e da socio-histórica em relação ao pensamento norte-americano.
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Este artigo tem a finalidade de expor o percurso histórico da Psicologia no Brasil na perspectiva da tridimensionalidade do tempo, entendendo que a apreensão de sua concreticidade implica a compreensão do passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão da historicidade da Psicologia no Brasil como construção social, neste texto, tem como foco a análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos de qualidade no desenvolvimento da Psicologia, quer como conhecimento, quer como prática. Serão apresentadas, para cada período da história da Psicologia no Brasil, uma breve descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas teóricas, sejam práticas, que revelam suas contradições, sobretudo o confronto das concepções coexistentes em um mesmo tempo histórico, que demonstram o processo constitutivo dos saberes psicológicos e da Psicologia no Brasil a partir de distintos posicionamentos sociopolíticos e epistemológicos. Busca-se contribuir para a compreensão da constituição da Psicologia no Brasil a partir da dinâmica engendrada pelas e nas contradições históricas dessa área do saber, entendida como construção eminentemente social.
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Este artigo tem a finalidade de expor o percurso histórico da Psicologia no Brasil na perspectiva da tridimensionalidade do tempo, entendendo que a apreensão de sua concreticidade implica a compreensão do passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão da historicidade da Psicologia no Brasil como construção social, neste texto, tem como foco a análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos de qualidade no desenvolvimento da Psicologia, quer como conhecimento, quer como prática. Serão apresentadas, para cada período da história da Psicologia no Brasil, uma breve descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas teóricas, sejam práticas, que revelam suas contradições, sobretudo o confronto das concepções coexistentes em um mesmo tempo histórico, que demonstram o processo constitutivo dos saberes psicológicos e da Psicologia no Brasil a partir de distintos posicionamentos sociopolíticos e epistemológicos. Busca-se contribuir para a compreensão da constituição da Psicologia no Brasil a partir da dinâmica engendrada pelas e nas contradições históricas dessa área do saber, entendida como construção eminentemente social.
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Christian Wolff (1679-1754) foi uma figura fundamental não só na cultura alemã do século XVIII como também no desenvolvimento histórico da psicologia. No entanto, sua obra permanece desconhecida por grande parte dos psicólogos contemporâneos. O objetivo do presente artigo é mostrar a importância de Wolff na constituição histórica da psicologia. Inicialmente, será feita uma breve contextualização histórico-cultural do Iluminismo alemão. Em seguida, mostraremos a íntima relação entre seu projeto psico- lógico e seu sistema filosófico. Finalmente, serão destacados alguns exemplos da influência de Wolff sobre o desenvolvimento posterior da psicologia. Conclui-se que ele merece maior atenção do que tem até aqui recebido na historiografia da psicologia em geral.
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Despite the numerous and important contributions brought by Wundt scholarship in recent decades, some aspects of his work remain unclear and poorly understood. The aim of this paper is to explore one of these aspects, namely, the relationship between philosophy and psychology in Wundt's thought. To this end, we shall discuss an important yet neglected moment in Wundtian psychology, which remains unexplained to date: Why did Wundt abandon his early theory of the unconscious? According to the interpretation offered here, this can only be adequately explained by his intense philosophical studies in the period preceding the publication of the Grundzüge in 1874. Finally, we will point out some implications of this analysis to the general interpretation of Wundt's psychological project.
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Este artigo foi produzido com base em pesquisa qualitativa, cujo objetivo foi estudar a atuação do psicólogo em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas com psicólogas atuantes na atenção básica à saúde, pertencentes à Coordenadoria de Saúde da região oeste da cidade de São Paulo. A análise foi de conteúdo do tipo temática e tomou por referencial teórico-conceitual a produção em análise institucional, em estudos sobre o trabalho em saúde e sobre a história da psicologia como profissão. Enfocaram-se dois aspectos interligados: as mudanças e novas necessidades de trabalho e atuação profissional que a regulamentação da profissão trouxe para a psicologia, e as políticas públicas de saúde mental no Estado e na cidade de São Paulo a partir da década de 1970. Os resultados revelam as mudanças, tensões e contradições no processo de institucionalização da psicologia clínica, tradicionalmente uma prática liberal realizada em consultório que passa a apresentar ao psicólogo novos desafios com sua inserção em instituições de saúde pública, em especial em UBS, cuja atuação passa a incluir práticas clínico-sanitárias e a ter regulações de ordem político-institucional.
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Tipo de recurso
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (118)
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Entre 2000 e 2025
(1.725)
- Entre 2000 e 2009 (509)
- Entre 2010 e 2019 (830)
- Entre 2020 e 2025 (386)