A sua pesquisa
Resultados 704 recursos
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O objetivo deste trabalho é apresentar as condições do processo ensino-aprendizagem para educandos surdos durante a pandemia de Covid 19 numa escola bilíngue para surdos. Para tanto, escolheu-se como objeto de pesquisa a experiência pessoal da autora como docente, em que se analisam os prós e os contras durante as aulas de Educação Física, além de se discutir a educação inclusiva, bem como trazer um histórico do componente curricular citado como ferramenta de ensino. São abordados os textos de lei, no que tange ao conceito de inclusão, bem como o atendimento especializado à educação bilíngue para surdos a partir das normativas municipais para a educação inclusiva. Constataram-se as dificuldades de acesso às aulas por falta ou precariedade de equipamentos e o não domínio de LIBRAS pelas famílias, o que dificultou o processo de ensino-aprendizagem. Mas também se constatou que as atividades planejadas permitiram a participação ativa dos educandos que puderam acompanhar as tarefas propostas.
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O presente trabalho tem como objetivo identificar como se configuram as pesquisas sobre Educação Inclusiva, em dissertações e teses, que têm a referida expressão no título e como sujeito o professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, produzidas entre 2009 e 2020 no Brasil. O estudo justifica-se pelo fato de que no campo educacional, a quantidade de publicações que contêm no título a expressão “Educação Inclusiva” triplicou em relação à década anterior. Na intenção de acompanhar esse crescimento, optou-se pela revisão sistemática, em busca de oferecer um panorama do que se tem produzido sobre Educação Inclusiva no Brasil. Para tanto, adotou-se como critério de inclusão: a) dissertações e teses, teóricas ou empíricas, que tenham a expressão “Educação Inclusiva” no título; b) produzidas no Brasil; c) no período de 2009 a 2020. A busca resultou em 260 pesquisas. Desse conjunto, 11 trabalhos referiam-se exclusivamente ao professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, formando o corpus desta pesquisa, em consonância com os critérios de inclusão e exclusão adotados. Para discussão, as pesquisas foram agrupadas e sintetizadas em duas categorias. Constatou-se que na prática as instituições de ensino pouco avançaram rumo à Educação Inclusiva; os desafios permanecem; não há apoio e suporte eficaz do Estado; a resistência à inclusão ainda acontece socialmente na forma de discriminação, preconceito e estereótipo em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento do estudante com deficiência, além do despreparo das instituições e professores para incluírem essas crianças com deficiência. Espera-se que a presente pesquisa por meio dos dados e sínteses produzidas auxilie outros pesquisadores a seguirem contribuindo teoricamente e praticamente para a efetivação de práticas inclusivas mais eficazes.
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O presente estudo busca contribuir com a história recente da presença da psicologia na educação e mais especificamente no ensino da leitura e da escrita através da história, da memória e da escrita de um grupo de consultores internacionais da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra. Desde os anos 90 esse grupo tem assessorado à formulação de propostas de ensino da escrita dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Guias Curriculares de língua Portuguesa. A colaboração culminou com as formulações de proposições didáticas e metodológicas do ensino e da aprendizagem da escrita na escola básica em São Paulo. A pesquisa analisou alguns dos principais documentos e artigos dos autores genebrinos divulgados no Brasil e de pesquisadores brasileiros, cujos trabalhos se apoiaram nos modelos teóricos e didáticos desse grupo. A investigação se inspirou nas contribuições de uma metodologia histórica e se debruçou sobre a compreensão das ideias, conceptualizações e proposições da psicologia na sua interface com a educação, tomando como dado empírico, a análise dessa colaboração a partir do exame dessa construção conceitual e prática das contribuições da psicologia ao ensino. A tese em discussão é a de que se trata de uma nova fase da história da psicologia na educação, a da construção de uma psicologia do ensino cujos modos de conceitualização, de produção de saberes e de suas apropriações, precisam ser resgatados pela reconstituição histórica da interface entre psicologia e educação e suas questões atuais. O estudo procurou cartografar essa rede de colaboração, mediante o conhecimento do modo com que ela se operacionalizou, os saberes produzidos, as maneiras com que foram sistematizados, difundidos e transformados, na perspectiva dos assessores e suas apropriações por alguns autores brasileiros. Os resultados mostram não apenas a perpetuidade e grande influência da psicologia genebrina nos discursos pedagógicos, mas também suas apropriações, transformações e reorientações a partir de demandas político-pedagógicas de ensinar o professor a ensinar na escola básica, mediante a oferta de modelos e sequencias didáticas que definiram o texto como a unidade básica de ensino da escrita.
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Situado no campo dos estudos sobre a influência e recepção, no Brasil e nos Estados Unidos da América, da psicologia produzida na Rússia, este trabalho teve como objetivo apresentar as principais ideias de Gustav Gustavovich Shpet (1879-1937) e refletir sobre o surgimento da Psicologia Étnica como abordagem significativa da psicologia produzida na Rússia, bem como acerca da ausência de sua continuidade. Buscou-se investigar: (a) quais produções intelectuais influenciaram Shpet quando o autor formulou sua proposta de construção da Psicologia Étnica; (b) como Shpet entendia o objetivo e o método da Psicologia Étnica e quais eram os conceitos principais desta área; e (c) se houve diálogo entre as teorias dos psicólogos russos posteriores a Shpet e a proposta formulada por ele. Para isso, tomando como referência os métodos de pesquisa utilizados em estudos de história da psicologia, realizou-se o seguinte procedimento: foram selecionadas obras que influenciaram a produção criativa de Shpet e elaborou-se um resumo destas obras, contendo seus principais conceitos e ideias. Em seguida, fez-se a tradução do russo para o português da obra Introdução à Psicologia Étnica, publicada em 1927 por Shpet, e, a partir dela, desenvolveu-se um resumo contendo os principais conceitos da Psicologia Étnica, seu objetivo e método de investigação. Por fim, foi efetuada uma revisão bibliográfica tanto a respeito das abordagens da Psicologia Soviética que sofreram influência da Psicologia Étnica e das abordagens da Psicologia Social brasileira que sofreram influência da Psicologia Soviética, quanto em relação aos estudos interculturais e sobre raça-etnia realizados inicialmente pela Psicologia Social brasileira. Seguindo essa metodologia, chegou-se a algumas descobertas: as ideias dos pensadores alemães Wilhelm Wundt, Moritz Lazarus e Heymann Steinthal e suas propostas para construir a Völkerpsychologie (Psicologia dos Povos) foram as principais influências intelectuais de Shpet; o objeto da Psicologia Étnica, para Shpet, é a coletividade como atitude psicológica coletiva em relação à cultura; a Psicologia Étnica é proposta como uma ciência descritiva, cujo método envolve a análise e interpretação de signos; as pesquisas interculturais e étnico-raciais foram interrompidas na Rússia por um longo período, devido a questões políticas, e, por isso, a psicologia da União Soviética não incorporou a Psicologia Étnica. Embora a concepção de Shpet não tenha tido continuação, os principais conceitos propostos pelo autor, como coletividade, tipo coletivo, interação e identificação dialogam com conceitos da Psicologia Social contemporânea, como estereótipo, interação social e identidade.
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Tipo de recurso
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (83)
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Entre 2000 e 2025
(620)
- Entre 2000 e 2009 (190)
- Entre 2010 e 2019 (284)
- Entre 2020 e 2025 (146)
- Desconhecido (1)