A sua pesquisa
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Psicologia histórica é um termo estreitamente relacionado aos historiadores dos Annales, onde muitas vezes foi comparado a outras denominações. Este artigo recupera aspectos históricos do termo psicologia histórica no ambiente dos Annales; em seguida apresenta as primeiras menções à psicologia histórica de que se tem conhecimento até o momento, mostrando que desde 1833 o termo tem sido ininterruptamente mencionado por vários autores e de diferentes maneiras; o uso do termo por autores como Quevedo y Zubieta, Circé-Côté, Sforza, Fletcher, Van den Berg, Barbu, Schneider, Pelckmans, por sua vez, demonstra que seu uso ultrapassa o ambiente dos Annales e que a história da psicologia histórica não se restringe ao ambiente francês. Isto tem ocorrido porque historiadores, historiadores da psicologia e pesquisadores da psicologia histórica de Ignace Meyerson não consideraram a própria historicidade da psicologia histórica em suas pesquisas.
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Tentamos responder a uma única questão, que se coloca duplamente, problema a nosso ver central para a Psicologia: qual o estatuto ontológico do pensamento? Assim, igualmente: qual o estatuto ontológico do psiquismo? Se a subjetividade ou o espírito, seja como psiquismo (afetos, devires, alma) ou pensamento (ideias, representações, mente) é algo, e sabemos não se confundir com o corpo presente ou o cérebro (imagens atuais), o que é ela então? Construindo um recorte perceptivo onde possa emergir a intuição que nos permita responder a essa colocação de problema, buscamos na primeira dissertação da tese, tendo por eixo uma análise de fato, desenhar a gênese da subjetivação coletiva em nosso presente. O psiquismo no capitalismo globalizado deslizaria rumo à esquizofrenização, que nada mais é que o crescente despertar intuitivo da subjetividade em virtude de um aumento de potência dos coletivos humanos (virtualização) que tende a uma mudança de forma, a encarnação de uma nova visão de si e do mundo: a superação da transcendência (divisão entre os modos de ser ou indivíduos por representações fixas, simétrica à sensação de separação entre o indivíduo e seu meio), ou seja, um mergulho na imanência ou reconexão com o Todo coletivo e comum, Virtual. Na segunda dissertação, avançaremos a problematização em direção a uma análise de direito, partindo da ontologia spinozista (ser da Natureza) e da metafísica bergsoniana (colocar os problemas em termos temporais, processuais, e não espaciais, fixos), ao interrogar-se sobre a natureza desse comum, o Virtual ou atributo Pensamento, no qual o atributo Extensão ou Atual seria apenas um recorte para uma consciência qualquer dessa duração indivisível comum (seleção que constitui seu interesse ou resolução do problema da vida). Nesta relação que constrói ao mesmo tempo a subjetividade (visão de mundo, Espírito) e a objetividade (Mundo ou a visão de uma subjetividade), demonstra-se que o que tomamos como matéria é apenas uma abstração de forma espacial-geométrica, quantitativa, desse fluxo vital que, no Tempo (Acontecimento, Ato Puro, Verbo), é um todo, um bloco de forma temporal-afetiva, qualitativa. Assim, nossa tese ou hipótese: (1) toda psicologia é de direito (gênese, virtualidade) e de fato (prática, atualidade) uma psicologia social, seu tecido comum é o Pensamento, construído concretamente e permanentemente em redes vivas de comunicação diferencial, criativas, pois tendem por sua própria natureza temporal ao aumento de potência (alegria) segundo sua duração singular imanente − interdito à Moral como forma transcendente, que pela sua assimetria é sempre um problema mal colocado; e (2) que a visão do Virtual não apenas evidencia um novo ponto de vista da psicologia, mas coloca em questão o paradigma científico-político-noético hegemônico, voltado para o presente e o corpo, a vida como signo ou representação (análise e julgamentos, crítica), para dar visibilidade a um saber do sentido da vida, voltado para o Espírito, a imanência presente do passado (Memória) e do futuro (Criação); um saber que não nega ou negligencia o corpo, mas, ao contrário, o eleva à enésima potência de vida como pensamento e ação, reconectando todo corpo individual e presente ao corpo comum coletivo e histórico do qual jamais pode ser separado.
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Criação de arquivo epistolar do neurofisiologista Miguel Rolando Covian: Um registro histórico-contextual. 2013. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, 2013. Eneida Nogueira Damasceno - Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - USP - SP Marina Massimi (orientadora) - Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - USP - SP Miguel Rolando Covian (1913-1992) foi um neurofisiologista argentino, discípulo de Bernardo Houssay, que chegou ao Brasil em 1955 para dirigir o Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. À frente deste Departamento, projetou-o como um dos mais renomados centros de investigação científica da América Latina, elevou-o a um reconhecimento de nível internacional, um centro de excelência em pesquisa no Brasil e no mundo. O objetivo deste trabalho é organizar e catalogar a correspondência epistolar e institucional do Professor Doutor Miguel Rolando Covian. Essa correspondência, contendo um total de 1.546 cartas, foi encontrada na sala de Covian depois de sua morte e guardada. A realização desta pesquisa levou-nos à descoberta de um testamento, deixado por Covian revelando sua vontade de que o material pertencesse à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto após sua morte. Este trabalho consiste em: 1) classificar e organizar por assunto tal correspondência, de modo a assegurar sua conservação e preservação enquanto documentos históricos ainda protegidos pela Legislação Federal, cuja acessibilidade estará a cargo da instituição que a guarda. 2) Evidenciar a variedade de assuntos contidos nestas missivas, concernentes a diversas áreas do conhecimento humano, principalmente as relativas à História das Ciências, com destaque para a História da Psicologia, da Medicina e da Educação. Isso nos leva a contribuir para a pesquisa disponibilizando fontes primárias devidamente classificadas, catalogadas e preservadas. Trata-se de uma pesquisa documental, na qual se utilizou o método descritivo, sendo a narrativa o estilo da escrita. A escolha do modo narrativo é justificada pelo fato de permitir uma amplitude de informações que não seria possível em uma descrição pontual. Essa opção nos levou a um cuidado com a fidelidade da narração, de forma que a transposição da linguagem não alterasse significativamente a forma original do diálogo contido nas cartas. No decorrer do trabalho observou-se a necessidade de oferecer uma síntese do contexto histórico do período no qual se deu essa correspondência (1955-1985), para este fim procedeu-se a uma pesquisa com a utilização do método histórico, que resultou em capítulos contendo sínteses contextuais relevantes para o entendimento do conteúdo das missivas, assim como uma breve biografia de Covian e outra de seu mestre Bernardo Houssay, a pessoa com quem ele mais se correspondia. Considerando que a correspondência de Miguel Rolando Covian está sendo entregue higienizada, organizada e catalogada, como base para sua preservação; que a descrição em forma de narrativa dos assuntos contidos sinaliza particularidades de acontecimentos relatados, bem como sentimentos e emoções demonstradas nos textos originais; que as apresentações biográficas e a contextualização apresentam o universo relatado nas correspondências e que este material encontra-se agora passível de ser arquivado, preservado e disponibilizado de acordo com as regras estipuladas pela Legislação vigente e pela instituição que o guarda, concluímos que nossos objetivos foram alcançados.
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Traditional textbooks on the history of psychiatry and psychology fail to recognize William James’s investigations on psychic phenomena as a legitimate effort to understand the human mind. The purpose of this paper is to offer evidence of his views regarding the exploration of those phenomena as well as the radical, yet alternative, solutions that James advanced to overcome theoretical and methodological hindrances. Through an analysis of his writings, it is argued that his psychological and philosophical works converge in psychical research revealing the outline of a science of mind capable of encompassing psychic phenomena as part of human experience and, therefore, subject to scientific scrutiny.
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Théodule Armand Ribot (1839–1916) é considerado o pai da psicologia científica francesa. Suas primeiras obras são reconhecidas, por muitos, como marco da “nova psicologia” naquele país. Nelas, Ribot traz para o público francês as idéias oriundas da “nova” psicologia inglesa e alemã. Ele contribuiu de forma decisiva para a consolidação da psicologia como ciência independente, pois foi o responsável pelo primeiro curso de psicologia experimental da Sorbonne, o primeiro a ocupar a cadeira de “psicologia experimental e comparada” no Collège de France. Entretanto a contribuição do autor é ainda mais ampla, inclusive no tocante ao método da psicologia. O presente trabalho tem por objetivo compreender o problema do método de investigação psicológica na obre de Ribot. Para atingí-lo forma analisados os principais textos do autor sobre o tema. Esta análise mostrou que Ribot parte de uma apropriação das psicologias inglesa e alemã, para romper com o Espiritualismo Eclético, hegemônico na França em sua época e, aproximando-se da medicina francesa, ele constitui e aplica o que chamou de método psicopatológico, localizando-o na nova psicologia científica francesa.
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VI Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da Unigranrio (SINCTEC 2012)
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A organização familiar é uma manifestação exclusiva da cultura. A obra analisa o fundamento das transformações na estrutura familiar contemporânea, no que tange à constituição de seus membros e dos vínculos que são tecidos em seu interior. A problemática relativa à família atual apresenta o cenário que requer dos estudiosos das ciências humanas e sociais aplicadas uma minuciosa observação sobre esse conjunto de mudanças, considerando as dimensões naturais e culturais da família.
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Pensando na Psicologia como construção histórica, a autora Mitsuko Aparecida Makino discute o desenvolvimento de ideias e práticas psicológicas específicas, sua base epistemológica e os fatores contextuais envolvidos. A trajetória da Psicologia brasileira em sua conquista da autonomia é aqui mapeada através do trabalho de algumas instituições médicas e educacionais.
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Esta obra se apresenta num contexto bastante específico da educação nacional - as Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em Psicologia. Assim, a elaboração deste livro resulta no debate de pesquisadores e professores que trabalham e refle tem sobre a educação brasileira, motivados por muitas interrogações práticas e teóricas, tais como - a Psicologia seria importante para a educação? A Universidade está comprometida com os saberes e a pesquisa ou com as demandas de mercado? Em que con cepção de educação caberia a Psicologia? Devemos ensinar psicologia no Ensino Médio? Que psicologia ensinar?
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Este livro-texto reúne artigos que oferecem uma reflexão sobre a História da Psicologia produzida por autores que conhecem a realidade do ensino universitário e da pesquisa no Brasil, atuando nas principais instituições de nosso país. Diferente de um a coletânea, História da Psicologia foi estruturado e tecnicamente revisto de forma a oferecer ao leitor uma visão geral sobre o tema, evitando repetições e ausências. Conta também com uma inédita contribuição sobre o estabelecimento deste campo de conhecimento e atuação no Brasil após os mais de quarenta anos da regulamentação da profissão de psicólogo. Uma obra própria para adoção em cursos de História da Psicologia ou Introdução à Psicologia de qualquer universidade.
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Educação e saúde, embora no discurso sejam consideradas como dependentes uma da outra, têm sido tratadas isoladamente. Este livro expõe reflexões que respaldaram um conjunto de experiências, realizadas na gestão 2001-2008 do município de Guarulhos, em que projeto, planejamento, implementação e avaliação de vários programas foram concretizados pela ação coletiva de gestores e profissionais de ambas as áreas, contando inclusive com outros setores da administração municipal e parceiros de outras esferas de governo, particularmente o Governo Federal e a sociedade. Essa concepção de trabalho coletivo, baseada na ideia de que ações políticas não podem ser apenas individuais e setoriais, propiciou um grande salto de qualidade no atendimento à população. O texto traz uma significativa contribuição aos envolvidos, direta e indiretamente, com políticas públicas de educação, em uma perspectiva de educação contra-hegemônica, transformadora e integral que considera o educando como pessoa humana e de direitos. Gestores públicos, profissionais de educação e de saúde e pesquisadores podem encontrar nesta publicação duas importantes contribuições: a articulação -possível e necessária - entre educação e saúde e a demonstração de que políticas públicas comprometidas com a classe popular podem ser realidade. Entretanto, a maior contribuição que este livro traz é a descrição de vários programas desenvolvidos, que permite ao leitor aproximar-se da realidade dessas experiências. Quiçá, esses programas possam ser reproduzidos, ampliados e melhorados por tantos quantos se ocupam dessa relevante tarefa de promover educação e saúde.
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