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Este livro é resultado das reflexões de pesquisadores e professores de História da Educação associados ao Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação (GEPHE) e ao Centro de Alfabetização e Leitura (CEALE), ambos da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Tendo como campo de investigação comum a historiografia de educação, essas discussões estão organizadas em três partes: abordagens teórico-metodológicas da historiografia na produção da educação como objeto (história cultural e história política) e abordagens conceituais possíveis para a investigação da história da educação (cultural escolar e escolarização); interfaces entre história da educação e outros campos do conhecimento (ciência e psicologia); e perspectivas teórico-conceituais na pesquisa de diferentes temas da educação (manuais escolares, Infância, alfabetização e educação física). Os autores mostram, a partir dessas investigações, o quanto é importante o processo da educação para que se possa ampliar a compreensão das formas como - em tempos e espaços distintos - diversas sociedades se organizaram social, cultural e politicamente; suas contribuições para se fazer, contar e estudar a história e a compreensão de suas espeficidades e diferenças no tempo. Portanto, segundo os autores, é possível probelmatizar a educação em diferentes tempos históricos, em espaços escolares ou não, baseando-se em diferentes temas (o corpo, o aluno, a leitura, as disciplinas escolares, a cidade, intituições, métodos de ensino, estatística, ofícios, materiais escolares, saberes...), em diferentes sujeitos (a criança, a mulher, o negro, o aluno, o professor, os dirigentes escolares...), de difrentes fontes documentais (imprensa, periódicos, relatórios oficiais, correspondências, manuais escolares, inventários, livros de leituras, imagens...) e em diferentes abordagens teórico-culturais. Tendo como característica a centralidade nas discussões teóricas e análises conceituais, este livro é dirigido a historiadores e investigadores da educação e aos historiadores de uma maneira geral.
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ESTE ESTUDO trata da biografia intelectual da psicóloga e educadora Helena Antipoff (1892-1974), enfatizando os diferentes momentos de sua trajetória e a formação progressiva de seu pensamento, com base na perspectiva interacionista da psicologia genebrina e na corrente socioistórica da psicologia soviética. Este pensamento, elaborado no processo de adaptação a culturas diversas em épocas de grandes transformações socioculturais, na Rússia, França, Suíça e Brasil, caracteriza-se pela informação científica avançada e progressista, aliada a um grande sentido prático, e ao compromisso com a convivência democrática.
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O objetivo deste trabalho é restabelecer o lugar da Psicofísica nos trabalhos de Fechner, rompendo com a concepção vigente, que a considera uma mera ferramenta instrumental a serviço do rigor científico da Psicologia. Com isto, busca-se situá-la enquanto função empírica do pensamento metafísico e religioso, a chamada Visão Diurna. Para tal, este pensamento é esmiuçado em seus componentes, como a hipótese panpsiquista, a tese anímica da natureza, a hierarquia das almas e a concepção panteísta de Deus. De igual modo, esse quadro do pensamento de Fechner habilita ao estabelecimento de ressonâncias com a obra de outros pensadores, com especial destaque para a filosofia de Baruch de Spinoza.
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O artigo analisa atravessamentos entre o movimento institucionalista francês - especialmente em vertente socioanalítica - e as práticas grupais, em uma tentativa de esclarecer o processo que, no Brasil, levou à constituição do campo conhecido como trabalhos (ou intervenções) de (ou em) Análise Institucional. As autoras sustentam a tese de que a Análise Institucional brasileira está historicamente marcada pelo hibridismo; nela comparecem conceitos-ferramentas advindos tanto das experiências da corrente da socioanálise francesa quanto da produção latino-americana sobre os grupos, particularmente na linha dos grupos operativos. O trabalho enfatiza o vínculo entre gênese teórica e gênese social, dando especial destaque ao momento de emergência das experiências em Análise Institucional, desenvolvidas quando, ao lado da repressão / ditadura política, emergiam focos originais de criação e coletivização.
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Mediante a reconstrução dos vínculos entre gênese teórica e gênese social, o artigo apreende a Análise Institucional francesa como regime de verdade e daí extrai conseqüências para uma reflexão atual acerca das relações entre a prática dos intelectuais - psicólogos, em particular - e as lutas em defesa dos direitos humanos.
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Il y a une quarantaine d'années "l'analyse institutionnelle" (AI) faisait son apparition dans le champ des sciences de l'homme. Trente ans plus tard, l'Homme et la Société" fait le point sur l'AI à travers des contributions qui dessinent des voies nouvelles ou portent sur de nouveaux objets, tout en opérant un retour critique sur la conception de l'institution initiale de l'AI. Au total, le champ conceptuel et les méthodologies de recherche de l'AI apparaissent à la fois comme relativement stabilisés et toujours en mouvement.
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O artigo analisa a obra inicial de Wundt, com o objetivo de mostrar a importância dessa fase para uma adequada compreensão do pensamento desse autor. São apresentados os fundamentos de seu projeto de psicologia, assim como suas principais teorias psicológicas. Destacam-se as questões da continuidade ou da ruptura do pensamento de Wundt, tendo em vista as alterações que ele posteriormente efetuou em seu sistema. Sugerem-se alguns problemas para investigação futura, assim como possíveis correções em certas interpretações atuais, tanto de sua filosofia quanto de sua psicologia. Conclui-se que, na interpretação de sua obra, há enorme lacuna a ser preenchida pela historiografia da psicologia.
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O artigo trata do processo de profissionalização da psicologia no Brasil. Utiliza o referencial teórico da sociologia das profissões e faz uma revisão bibliográfica sobre a história da psicologia brasileira. Apresenta uma proposta de periodização para a história desta profissão, dividindo-a em três momentos: pré-profissional (1833-1890), de profissionalização (1890/1906-1975) e profissional (1975 −). No primeiro momento, há uma gama de saberes psi pulverizados. No segundo, a psicologia começa a organizar-se em institutos de pesquisa, faculdades e associações e a regulamentar suas leis. No último, a profissão, já estabelecida e reconhecida oficialmente, passa a sofrer fortes alterações sócioeconômicas e disputas interprofissionais.
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As idéias psicológicas foram introduzidas no estado do Rio Grande do Sul com a criação das primeiras instituições de ensino superior no final do século XIX. Entre elas se destacam a Faculdade de Medicina (1898) e a Faculdade de Direito (1900). Esta tese teve como objetivos principais descrever as idéias psicológicas presentes nestas duas faculdades, e investigar a relação da ciência psicológica com os demais campos de conhecimento. Foram pesquisados os acervos das bibliotecas das respectivas faculdades, bem como os arquivos históricos do estado e da cidade de Porto Alegre. Os livros e teses encontrados foram catalogados e listados quanto a sua procedência, data de publicação e área temática principal. A pesquisa nos arquivos históricos auxiliou na descrição do contexto sócio-cultural no qual estas faculdades se desenvolveram através do exame da legislação e dos jornais da época. Todos os documentos foram analisados com base nas abordagens da História das Idéias Psicológicas e da História das Ciências. Identificaram-se seis categorias utilizadas na análise dos dados, a saber, Idéias psicológicas e concepções de higiene no contexto sul-rio-grandense", Concepções de adoecimento mental e a constituição da Psiquiatria no Rio Grande do Sul", Criminologia, identidade e o estabelecimento de normas na sociedade sul-rio-grandense", Saúde pública e cuidados com a infância: Primeiras experiências em higiene escolar"; Estratégias de diagnóstico e de tratamento das doenças mentais nas perspectivas da Psiquiatria e Neurologia sul-rio-grandense" e A relação do homem com o ambiente: Primeiras experiências da aplicação da teoria psicossomática na Medicina do Rio Grande do Sul". Os resultados foram analisados em suas similaridades e especificidades com outras investigações a respeito da História das Idéias Psicológicas no Brasil e compõem um levantamento das idéias psicológicas no Rio Grande do Sul entre 1890 e 1950.
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