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A tarefa deste artigo é propor algumas linhas de diálogo entre setores do pensamento kantiano, notadamente a Críticada Razão Pura e o campo da história da psicologia. Para tal, o texto se dividirá em duas partes. Na primeira parte serão trabalhadas de forma mais positiva as contribuições da crítica kantiana para a constituição de um determinado projeto de psicologia enquanto uma “Ciência da Experiência”, referindo-se à constituição dos primeiros laboratórios de psicologia a partir do terceiro quarto do século XIX. A hipótese aqui considerada é que as críticas kantianas aos modos de psicologia existentes no século XVIII foram mais orientadores para os saberes psicológicos posteriores do que as proposições mais positivas deste autor sobre este saber. A segunda parte do texto será conduzida a partir de apropriações que autores como Luís Cláudio Figueiredo e Michel Foucault fizeram da Crítica da Razão Pura para mapear um conjunto de modos de conhecimento e de experiências que são constitutivos dos saberes psicológicos. O que se buscaria aqui seria o entendimento de todo um modo de arranjo de saberes e experiências modernas que seriam fundamentais na descrição dos modos de psicologia contemporâneos. À guisa de conclusão será feita uma discussão sobre o sentido político destas apropriações críticas na história da psicologia.
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O presente artigo pretende pensar a história do movimento daseinsanalítico problematizando sua prática a partir da rede que a constitui. Dessa forma, nos apropriamos de alguns dispositivos conceituais desenvolvidos no pensamento da Teoria Ator Redede Bruno Latour e no da Epistemologia Políticade Stengers e Despret. Refletindo sobre a controvérsia teórica que existiu entre Binswanger e Boss, o objetivo deste trabalho é identificar algumas relações, que constituem a rede deste saber psicológico (a Daseinsanalyse). Estas seriam pensados a partir dos modos de afetação e coafetação (dóceis ou recalcitrantes). Os frutos deste breve estudo miram esclarecer basicamente como um saber psicológico (a Daseinsanalyse) se modula e se sustenta, não tanto pelo seu corpo teórico, mas antes pelas formas de articulação entre os seus diversos atores.
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The aim of this work is to present the singularity of the concept of anthropophagy in Brazilian culture. This article examines its use in the Modernist Movement of the 1920s and explores the possibilities it creates for thinking about Brazilian culture in nonidentitarian terms. We then use the concept of anthropophagy in a broader, practical sense to understand psychology as a kind of anthropophagical knowledge. We do so because in many ways the discipline of psychology is similar to Brazilian culture in its plurality and complexity. (PsycINFO Database Record (c) 2017 APA, all rights reserved)
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A meta deste trabalho é mapear as transformações nos experimentos psicológicos, apontando especialmente para os deslocamentos no lugar dos sujeitos participantes destes, notadamente no trânsito dos sujeitos treinados (onipresentes nos laboratórios psicológicos do século XIX) para os sujeitos ingênuos, que a partir da década de 1910, passam a se tornar o padrão, dentro de um tipo de design em que estes não tenham possibilidade de clareza do que está sendo experimentado. Esta transformação será discutida com base nos conceitos de docilidade e recalcitrância; se esta como possibilidade de resistência e colocação de novas questões por parte dos seres pesquisados já é considerada menor nas ciências humanas, a primeira, ou o assentimento perante as operações da pesquisa tenderia a se tornar maior nas operações com os sujeitos tratados como ingênuos.
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El objetivo de este trabajo es examinar las tecnologías del yo producidas por prácticas psi, y más específicamente la introspección experimental y sus modos de entrenamiento en los la- boratorios de finales del siglo xix. Para ello tomaremos como base el concepto de tecnologías del yo desarrollada por Michel Foucault en los últimos años de su vida, en la década de 1980. Dichas tecnologías son analizables en categorías como las de sustancia, ascesis, prácticas del yo y telelología, así como en la distinción entre filosofía y espiritualidad. Estas herramientas conceptuales serán utilizadas con el objetivo de buscar las técnicas del yo presentes en prácticas de laboratorio de finales del siglo xix, especialmente en trabajos de autores como Helmholtz, Wundt y Titchener. Caminando hacía la conclusión, utilizaremos la epistemología política de Vinciane Despret, para quien estos trabajos no apuntan solamente a técnicas del yo, sino que igualmente sirven para problematizar nuestros modos de investigación.
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Acompanhando os textos aqui presentes; podemos perceber; como os autores da apresentação nos chamam a atenção; o primado do movimento (da ação de curricular) sobre a estagnação; o produto; a norma e as obviedades que os caracterizam. Sejam as identidades; os sujeitos; os praticantes e os intelectuais; nada aqui é pensado como fixidez. São movimentos; percursos; transfigurações e interconexões.
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Este trabalho é efeito de pesquisas de mestrado e doutorado desenvolvidas na Universidade Federal Fluminense desde 2004, somadas à atual investigação-ação, que visa a problematizar que sentido de política a supervisão clínico-institucional implica quando age como um agenciador de forças, e não de identidades. Para tanto, tomamos em análise a rede de atenção psicossocial de uma área do município do Rio de Janeiro-RJ, partindo da apreciação do dispositivo-supervisão do território. Tal dispositivo visa a ampliar o sentido de política a partir de uma aliança intensiva ativadora de conectividade e de produção de coletivos. Palavras-chave: subjetividade; supervisão; política de aliança intensiva; rede de atenção psicossocial.
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O artigo retoma a caixa de ferramentas forjada quando da dissertação de mestrado da autora, na qual o modo foucaultiano de fazer história – a genealogia – é posto em correlação e, principalmente, em contraste com outras formas de historicização (História Positivista, Filosofia da História e Nova História). Tal caixa de ferramentas possui conexões com os procedimentos desnaturalizadores, micropolíticos e desdisciplinarizadores subjacentes à prática da pesquisa-intervenção (ou intervenção institucional); pois tanto na genealogia como na pesquisa-intervenção, a força ético-política do intempestivo – o que estamos em vias de nos tornar – incide sobre o presente e faz com que ele se separe de si mesmo, tornando-se permeável à invenção de modos de vida singulares.
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