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Este artigo analisa os programas universitários de pesquisas em intervenções clínicas voltadas à mudança da personalidade, desenvolvidos por Rogers. No Brasil, esse legado científico é pouco difundido pela falta de tradução de suas obras metodológicas. Apresenta como ele estruturou o programa em Chicago e, depois, avaliou sua terapia com pessoas esquizofrênicas em Wisconsin. Reflete as repercussões disso na carreira e no pensamento de Rogers. Aponta que esse legado é desenvolvido fora do Brasil e inspirou algumas correntes comportamentais e cognitivistas. Porém, nacionalmente, predomina outro legado experiencial-relacional, que restringe a herança científica de Rogers. Considera alguns caminhos para ampliar pesquisas rogerianas.
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O objetivo deste memorandum é a proposição de uma definição conceitual para a psicologia capaz de integrar desdobramentos de objetos, diferenças entre métodos, e variedades de aplicações. O argumento baseia-se no fato óbvio de que existe apenas um psiquismo, mesmo que se reconheça diferentes modos de descrevê-lo, estudá-lo, preveni-lo e tratá-lo. Desde modo, a psicologia pode ser definida como um vasto campo de manifestações impressivas e expressivas as quais podem ser sintetizadas em articulações de suas propriedades afetivas, cognitivas e conativas, podendo tais manifestações serem observáveis (perspectiva de terceira pessoa) ou não (perspectiva de primeira pessoa). Os termos do enunciado serão definidos e discutidos após análise lógica e histórica de definições apresentadas por filósofos e psicólogos, do final do século XIX ao início do século XXI. A proposição assenta-se na esclarecedora diferenciação entre pluralidade de objetos (hierarquia ontológica ou desdobramentos de objetos) e pluralismo de concepções (diversidade epistemológica).
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As biografias têm ganhado espaço na História das Ciências, no geral e, em específico, na História da Psicologia. Elas têm permitido compreender a atuação de personagens relevantes na história da Psicologia, em diversos locais e, entre eles, no Brasil. Este artigo se constitui como uma biografia de Reinier Johannes Antonius Rozestraten (1924-2008). A partir de fontes textuais (e.g., memoriais, relatórios, etc.) e orais (entrevista com ex-colegas e ex-alunos), apresentamos cidades pelas quais o biografado passou e parte de suas atividades vinculadas ao campo científico-profissional da Psicologia. As fontes foram analisadas a partir de seu conteúdo. Vemos um ator interessado em uma Psicologia científica, capaz de se envolver em questões aplicadas, do que a de uma personagem vinculada a uma teoria, em especial. Ademais, observamos uma atuação que concorreu à criação e desenvolvimento de Sociedades científico-profissionais. Assim, sua trajetória nos permite compreender os caminhos da Psicologia, no geral, e da Psicologia do Trânsito, em específico, no Brasil.
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Gustav Fechner (1801-1887) é um pensador que desempenha um papel singular nas narrativas em história da psicologia: em um número grande de trabalhos ele é descrito como uma espécie de gênio científico que teria aberto as portas para a matematização dos fenômenos psicológicos, mas tendo produzido também um grande conjunto de textos satíricos, metafísicos e religiosos. Nessas narrativas históricas, esses textos muitas vezes são apresentados como curiosidades metafísicas. Neste livro apresentamos pela primeira vez em língua portuguesa um desses textos, "O Pequeno Livro da Vida Após a Morte" – escrito por Fechner na década de 1830 e aqui acompanhado da introdução escrita por William James para a edição em inglês (1904) –, além de um conjunto de artigos de diversos pesquisadores estrangeiros, que se reúnem aos pesquisadores brasileiros para dar uma dimensão única à vida e à obra desse singular pensador alemão. Num mesmo gesto recusamos a operação de fragmentação feita pelos historiadores da psicologia e propomos uma retomada das principais questões de Fechner, buscando um formato do texto acadêmico que não exclua o estético e o poético. Tomamos Fechner como autoria a ser reconstruída pela voz de seus textos, de seus comentadores mundo afora e nas expressões do trabalho artístico, permitindo uma perspectiva muito além daquela esboçada pelos manuais de história da psicologia. Na escolha dos textos aqui presentes, na interlocução com os comentadores e com os trabalhos de poesia literária e visual que compõem esta edição, acreditamos nos afastar daquilo que o autor chamou de "visão noturna", incluindo aí todas as perspectivas reducionistas e mecanicistas no tocante ao entendimento da nossa existência no cosmos.
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Objetivou-se revisitar a relação de Rogers com o movimento de recepção da Fenomenologia na Psicologia estadunidense, empregando a noção historiográfica de recepção para investigar o que foi contatado por ele, em seus aspectos históricos internalistas e externalistas. Baseados nas menções de Rogers à Fenomenologia, identificaram-se sete momentos característicos de tal relação, entre 1940-1970. Como resultado, foi constatado que a Fenomenologia que Rogers menciona não é a oriunda da Filosofia europeia, mas advém de um paradigma de ciência alternativo ao positivismo hegemônico no behaviorismo. No contexto clínico, Rogers percebeu implicações desse movimento para o desenvolvimento de pesquisas e intervenções sobre o self. No campo filosófico, ele esboçou uma teoria do conhecimento baseada na experiência tácita e pré-conceitual. Na pesquisa, ele foi simpático ao desenvolvimento de investigações fenomenológicas empíricas, mas não chegou a desenvolver uma. Conclui-se que a Filosofia fenomenológica não influenciou diretamente Rogers, mas o movimento fenomenológico na Psicologia estadunidense sim.
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Este é o primeiro Dicionário de Avaliação Psicológica publicado no Brasil, e foi desenvolvido para oferecer aos estudantes e profissionais da psicologia uma abordagem científica e atualizada dos mais importantes conceitos técnicos e teóricos, assim como de pesquisadores importantes para o desenvolvimento da área. O Dicionário é composto de 167 verbetes, escritos por 95 mestres e doutores em Psicologia e áreas afins, de diferentes regiões e das mais diversas instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa do Brasil. Os verbetes são distribuídos em três partes: A Parte I é constituída por diversos termos técnicos importantes para o entendimento da área e para a condução de processos avaliativos de qualidade. A Parte II apresenta definições atualizadas sobre os construtos psicológicos mais comumente investigados nos processos de avaliação psicológica. Por fim, a Parte III é composta de um conjunto de verbetes biográficos de profissionais que contribuíram para a história da avaliação psicológica, seja no Brasil ou no mundo.
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Durante su transcurso, las ciencias sociales se han visto cautivadas, una y otra vez, por la pregunta acerca del sujeto y la subjetividad. Ya sea que esta fascinación fuera motivada por un afán de comprensión, de diferenciación, de liberación o de intervención, diversas autoras y autores se han detenido en la pregunta por el sujeto y los efectos que sus diversas composiciones provocan en la vida social. De variados movimientos intelectuales y sociales hemos aprendido que el ser humano no es neutral. Creerlo neutral y universal es, de hecho, lo que ha limitado su problematización. Los mundos tecnocientíficos pero también vergonzosamente desiguales y distópicos que vivimos, nos demandan terminar con ese inmovilismo disfrazado de neutralidad.
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