A sua pesquisa
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O presente livro surgiu com o intuito de agregar os trabalhos desenvolvidos no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS/UERJ), com diversas perspectivas teóricas e práticas em pesquisa. Essa diversidade, caracterizada pela inovação, identi ca as nossas formulações acadêmicas cotidianas. Nesse sentido, publicar é uma forma de divulgar e criar diálogo com vários interessados em fazer pesquisa em Psicologia, visando à constante re exão teórica e à emancipação, principalmente da população diversa que participa de nossas pesquisas. Temas relevantes da Psicologia são abordados por colaboradores nacionais e internacionais, discutindo aspectos relacionais, institucionais e metodológicos. Este livro é o produto de uma seleção criteriosa para representar os estudos originais e inéditos de revisão de literatura, os estudos teóricos e os empíricos. Foi preciso um intenso trabalho conjunto, liderado pelas organizadoras com a participação dos pareceristas e dos autores. Como um desa- o de elaboração durante a pandemia, foi possível o encontro mediado pelo virtual, o que marcou a nossa experiência como um momento de criação. Você, leitor, pela leitura dos capítulos poderá perceber as várias formas de produzir conhecimento na Psicologia. Esperamos que este livro seja uma fonte de inspiração!
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Diante da multiplicidade de métodos de pesquisa existentes, divididos não simplesmente entre quantitativo e qualitativo, mas também tendo cada uma dessas categorias uma miríade de diferentes técnicas e estratégias, este livro vem para elucidar e exemplificar meios de aplicação das múltiplas técnicas incluídas nesta segunda categoria. O desenvolvimento da ciência moderna e a ideia de produzir ciência a partir de um saber experimental propiciou que emergissem diversas formas de investigação científica. Entretanto, ainda hoje a pesquisa qualitativa é erroneamente tomada como antagônica à pesquisa quantitativa, revelando a fragilidade no entendimento da investigação científica. Entende-se, então, que a pesquisa qualitativa é um campo vasto complementar ao quantitativo, muitas vezes sendo empregada na exploração de áreas até então ignoradas. Sua aplicação muito viabiliza e facilita um posterior empregamento de métodos quantitativos de análise. Ademais, da mesma forma como os métodos quantitativos são múltiplos e complexos, igualmente o são os qualitativos. De técnicas qualitativas, como o Grupo Focal e a Análise de Discurso, a técnicas mais quali-quantitativas, como a Análise Lexical, a atual obra procura introduzir o leitor iniciante na pluralidade de técnicas de análise qualitativa, bem como fomentar o discernimento para quando tais técnicas são mais convenientes em comparação a outras, e amplificar o instrumental técnico disponível para o pesquisador experiente que procura encontrar novas formas de se debruçar sobre os fenômenos que pesquisa. O livro tem como objetivo atender a uma demanda de conhecimento metodológico, e apresenta 16 capítulos elaborados por um leque diversificado de autores, em sua maioria professores e pesquisadores vinculados a diversas universidades do país. Espera-se que, no decorrer das técnicas apresentadas, o estudo dessas possa ser atrativo e bem aproveitado por todos os estudantes e profissionais que venham a se interessar pela Metodologia Qualitativa.
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La historia de la psicología es un campo de investigación nuevo en América Latina, pero está en pleno desarrollo. La Revista Puertorriqueña de Psicología (reps) atestigua este hecho cuando vemos que hay pocos artículos sobre este tema desde su fundación en 1981. Sin embargo, en el 1993-94 se publicó un número especial sobre la historia de la psicología en Puerto Rico con 12 artículos, seguido por una segunda publicación especial en el 2006 con más de 20 artículos. A partir de estos dos números especiales, hay una presencia constante, aunque reducida, de artículos historiográficos. El objetivo de este trabajo fue hacer una investigación ex-post-facto, histórica, en la cual evaluamos todos los artículos (n = 69) sobre historia de la psicología en la reps, a fin de analizar su contenido, distribución de las autorías (n = 54), género y las instituciones de procedencia. Los principales resultados apuntan que hay una concentración de publicaciones historiográficas de un número reducido de autorías y de pocas instituciones de Puerto Rico. En relación al contenido, los temas más frecuentes fueron las categorías “personajes”, “organización profesional” y “enseñanza de Psicología”, lo que sugiere una historiografía involucrada con la institucionalización de la disciplina psicológica.
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Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre el papel del estudio histórico en la psicología y revisar el curso de las ideas psicológicas desde el siglo XIX hasta principios del siglo XX en Brasil, desde la perspectiva de que, aunque tiene su propia singularidad, su historia es similar a la de otros países latinoamericanos, forjada en el proceso de colonización. El método utilizado es una revisión bibliográfica sobre dos temas que se cruzan, la historia de Brasil y la historia de la psicología en el país. Presenta la llamada "psicología tomista" en la época colonial y su progresiva sustitución por la psicología científica, es decir, el paso del discurso religioso sobre el alma por el nuevo discurso médico-científico. Sin embargo, ese discurso se manifiesta con fuerza y retoma una parte de su espacio a principios del siglo XX bajo el disfraz de "neotomismo", mostrando una bifurcación en la enseñanza y la práctica de la psicología en la primera mitad del siglo. Se concluye en la consideración del surgimiento de este debate desde finales del siglo XIX, y aún en el XXI, a través de la llamada psicología cristiana.
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This text presents the initiatives of a public University of the State of Rio de Janeiro, Brazil during the first moments of the Covid-19 pandemic. It seeks to point out how, in a brief period of time, marked by many intensities due to a new pandemic, numerous activities related to the history of the Institute of Psychology and the University that houses it were organized. As this is an experience report, it describes research, intervention and extension activities carried out by its faculty and students, analyzing the impacts of each one of them not only to the outside world but also to the inside of the institution in its continuous development process facing social demands and historical challenges. The results of this work reveal the major purpose of the University in fulfilling its social commitments and enforcing the tripod of teaching, assistance and research, benefiting the university community, but especially the disadvantaged social groups linked to it.
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O presente artigo consiste em uma reflexão de natureza historiográfica sobre o percurso da Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IP-UERJ), por ocasião do 20º aniversário (2001-2021) do periódico. Por meio de análise documental das edições regulares (excetuando os dossiês temáticos) e de entrevistas com três ex-editoras-chefe, são analisados, em especial: o contexto de criação do periódico, no início dos anos 2000; as transformações no processo editorial, decorrentes tanto das injunções das políticas científicas de avaliação de periódicos pela CAPES, quanto da maciça migração das publicações científicas para o meio eletrônico; os impactos da crise sistêmica de financiamento da universidade pública (notadamente, as especificidades do contexto uerjiano) na segunda metade da década de 2010. Deste modo, reflete-se tanto sobre as especificidades da trajetória da Estudos e Pesquisas em Psicologia, quanto sobre os sentidos e desafios envolvidos no fazer editorial no cenário contemporâneo.
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Este artigo analisa as condições e efeitos históricos da realização do VI Congresso Interamericano de Psicologia (VI CIP)no Rio de Janeiro (1959). Durante o final da década de 1950, o Brasil vivia um período de euforia desenvolvimentista nosplanos econômico e cultural e de emergência de uma nova imagem do Brasil para o mundo. Foi também um período marcadopela criação dos primeiros cursos de graduação em Psicologia (a partir de 1953), bem como das negociações políticas queculminaram na regulamentação legal da profissão de psicólogo (1962). As fontes consultadas foram os Anais do VI CIP,contendo listas de participantes e resumos dos trabalhos apresentados, bem como publicações de imprensa que retratavama cobertura midiática do congresso. O VI CIP teve 409 congressistas provenientes de 13 países, sendo 254 mulheres e151 homens, além de 4 pessoas não identificadas. Percebe-se que a realização do VI CIP foi um marco de impulso para aPsicologia enquanto profissão emergente no Brasil, ao mesmo tempo que a repercussão pública do evento contribuiu tanto paraa visibilidade desta ciência no meio interno, quanto para a divulgação da produção psicológica brasileira a nível continental.
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The text aims to analyze the circulation of the works of Lourenço Filho in Mexican libraries, in the period between 1933 and 1963. It is possible to affirm that the presence of these works in Mexico is indicative that they were part of the collections destined for the formation of normal schoolteachers, Primary Education leaders and school administrators, especially for offering readers principles of educational psychology, rural teacher training, experiences in Brazil and an overview of educational systems on a global scale. It can be concluded that the circulation of Lourenço Filho works in Mexican libraries is due to a network of relationships that he established with Mexican intellectuals, mediated by UNESCO and Crefal.
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A normativa do Conselho Federal de Psicologia nº 1/1999, que estabelece normas de atuação para as(os) psicólogas(os) em relação à questão da orientação sexual, ao longo das últimas duas décadas tem sido objeto de investidas judiciais e legislativas para sustar seus efeitos. Foi observado também que a normativa CFP nº 01/2018, que se refere à atuação com pessoas transexuais e travestis, foi a mais rapidamente atacada após sua publicação, quando comparada aos mais de 1.500 atos oficiais publicados pelo Conselho Federal de Psicologia ao longo de sua história de quase 50 anos. E, mais recentemente, foi publicada uma normativa que trata da conduta profissional quanto às bissexualidades e demais orientações não monossexuais, a CFP nº08/2022. Este artigo tem como objetivo analisar os principais motivos das disputas e as estratégias construídas ao longo do processo de resistência pela Psicologia brasileira, em meio a tensões entre seu posicionamento, expresso pelas resoluções, e a sociedade.
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Nas comemorações dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, este estudo ressalta o espaço e o debate que a Assistência Social ganhou na história da nossa ciência e profissão, com a análise sobre o panorama da profissão no Suas no período entre 2011 e 2019. O objetivo foi nos deter sobre os rebatimentos que a Assistência Social tem enfrentado e seus efeitos sobre a profissão, a partir dos acontecimentos que configuraram a difícil conjuntura política que assola o país, resultado do encerramento do Ciclo Democrático Popular com o golpe de 2016, a adoção de políticas de austeridade econômica impostas pelos governos subsequentes e o desmonte das políticas públicas. O método foi orientado por um estudo quantitativo com base nos microdados do Censo Suas no período indicado. Nos resultados, percebe-se a partir de 2016 uma desaceleração no curso de expansão dos equipamentos que compõem a Rede Suas e na formação das equipes de trabalho, incluindo profissionais da Psicologia. O perfil profissional de psicólogas(os) no Suas segue composto sobretudo por mulheres, com idade entre 30 e 39 anos, contando apenas com graduação. Ressalta-se o aprofundamento da precarização dos vínculos de trabalho, aspecto que recai com maior peso sobre as profissionais do sexo feminino se comparado aos do masculino que atuam no Suas. Conclui-se que a Assistência Social segue como importante área de absorção de psicólogas(os), sobretudo de início de carreira, porém há intensificação da precarização do trabalho, que recai com maior peso sobre as mulheres.
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Este estudo tem como objetivo realizar algumas reflexões sobre as contribuições da(o) psicóloga(o) escolar na educação inclusiva, bem como discutir brevemente acerca das perspectivas futuras da profissão no Brasil. Para tanto, foi realizado um estudo teórico documental de natureza crítico-reflexiva. Foram utilizadas fontes de dados nacionais e internacionais, tais como: livros, artigos de periódicos, páginas eletrônicas, legislações e documentos oficiais. Apresentam-se, neste texto, quatro seções: a) Conhecendo o contexto da educação inclusiva no Brasil: breve percurso histórico e marcos legais; b) Breves reflexões sobre a psicologia escolar e sua interlocução com a educação inclusiva no Brasil; c) Contribuições da(o) psicóloga(o) escolar na educação inclusiva brasileira: dos caminhos trilhados aos desafios; e d) Reflexões finais em torno da atuação da(o) psicóloga(o) escolar na educação inclusiva brasileira: conquistas, desafios e perspectivas futuras. Diante do exposto nessas seções, para que haja escolas inclusivas no país, é necessário confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas que as modifiquem, para que assim a educação inclusiva assuma lugar central nas discussões da comunidade escolar. Para tanto, se reconhece o papel de importância da(o) psicóloga(o) e da escola na superação e modificação da lógica da exclusão. Nessa direção, defende-se que a(o) psicóloga(o) escolar, em sua futura prática profissional, utilize métodos de avaliação para identificar pontos fortes e necessidades das(os) estudantes com deficiência, de maneira que seja possível o desenvolvimento de intervenções, serviços e programas eficazes na promoção de inclusão escolar.
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No presente texto, deseja-se apresentar o proceder metodológico da pesquisa ‘Adolescências e leis’ (Fapemig, 2016-2018), afirmando o movimento que tenta alcançar uma topologia da horizontalidade ao considerar todos os saberes formais, informais, estéticos e pessoais envolvidos no processo. Nesse contexto, as narrativas memorialísticas erigem-se como estratégia de acesso à história dos sujeitos, jovens pobres moradores de territórios violentos. Essa estratégia considera a proposta da psicanálise, pois permite pensar a ficção através da qual toda história é contada. Após recolher as narrativas, o material registrado foi encaminhado para artistas convidados a transformar as histórias escutadas em obras artísticas e literárias. Em uma oficina devolutiva, envolvendo todos os atores (pesquisadores, coletivo de artistas e jovens), as obras foram entregues aos próprios narradores. Esse encontro possibilitou escutar os jovens das narrativas e capitanear pontos de real que retornaram pela via do traumático, da afirmação do desejo ou da repetição, indicando possíveis processos de ressignificação subjetiva e discursiva, bem como novos trajetos teóricos e metodológicos para o uso das narrativas memorialísticas.
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Com o crescente interesse público pela questão do autismo, assistimos a uma torção importante do debate que caracteriza esse tema. Inicialmente reduzida ao campo científico - em geral médico - a questão do autismo se viu progressivamente encampada por diferentes agentes, sobretudo pelos próprios autistas, cujas contribuições ampliaram muito o que podemos saber hoje sobre o autismo. Com o termo narrativas do autismo, tivemos como proposta neste artigo demonstrar a riqueza dos aportes desses novos saberes para o debate científico e político sobre a questão, bem como demonstrar o risco dela permanecer encapsulada e restrita ao campo estritamente científico. Para tanto, passamos pela história do conceito ressaltando como nela se pode ver o quanto o percurso científico vai sendo afetado, enriquecido por influência desses outros agentes e o valor de se tomar em consideração as diversas narrativas sobre o autismo. Situar a diversidade dessas narrativas não tem como objetivo apenas retomar uma posição plural e aberta contra outra exclusiva e restritiva, mas, antes, de colocar em curso o que pode acontecer ao debate científico quando ele não se fecha demasiadamente sobre a tendência objetivante própria a organização do discurso científico.
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Este artigo propõe uma contribuição à historiografia psicanalítica. Para isso, retomamos o texto que consideramos fundador desse campo de debates, A história do movimento psicanalítico, publicado por Freud em 1914, para nele encontrarmos as primeiras pistas de como operar na interface entre psicanálise e história. A partir desse texto inaugural, dedicamo-nos aos estudos de alguns psicanalistas e historiadores que pensaram o enlace entre psicanálise e história, a fim de encontrarmos convergências e divergências sobre o fazer do psicanalista historiador. Por fim, propomos três eixos para uma historiografia psicanalítica, articulados em torno dos conceitos só depois, das Ding e verdade histórica. A partir dessa reflexão de cunho historiográfico, esperamos ser possível pensar de outros modos a história do movimento psicanalítico.
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Rapidly ageing population increases the demand for activities with learning and social stimulation. Museums are well placed to provide such a function. Objective: How and in what form are museums engaging with older populations. The review will focus on three aspects: (1) Identifying the frameworks and tools being used by and in museums with older people. (2) Assess variables used in research and in areas that supports knowledge creation. (3) Identify evidence in relation to the interactions between museums and older audiences. A review of 8 databases and 2 university repositories (English and Portuguese language). The search retrieved 810 potential sources (2002-2020), 39 sources met the inclusion criteria. They focused on the educational aspects of museums and were produced by disciplines like psychology and gerontology, museology, arts and education. Museums play an important role on health (emphasis on psychological and physical wellbeing), socialization (discussing stereotypes, reducing isolation, redefining social roles), socioeconomic aspects (with local focus on services, partnerships) and on creative aging (promoting non-formal education with lifelong learning at different levels).
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