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O X Colóquio Internacional Michel Foucault, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre 24 e 27 de outubro de 2016, teve como proposta de reflexão as revoltas, as resistências e as insurreições na filosofia desse pensador. Procur ou discutir a dimensão da liberdade, da desobediência e das lutas em suas reflexões, na contramão das leituras simplificadoras, para não dizer ressentidas, que se satisfazem em enquadrar sua filosofia como antiemancipacionista, isto é, como incapaz d e fornecer saídas, a despeito das brilhantes análises sobre o exercício do poder na vida cotidiana. Assim, este livro, organizado a partir de um conjunto de textos especialmente escritos para o evento e devidamente revistos por seus respectivos autor es, nos apresenta um amplo panorama do pensamento de Michel Foucault e derivações dele para pensar nossas questões contemporâneas. “Ninguém tem o direito de dizer: ‘Revoltem-se por mim, trata-se da libertação final de todo homem.’ Mas não concordo co m aquele que dissesse: ‘Inútil se insurgir, sempre será a mesma coisa’. Não se impõe a lei a quem arrisca sua vida diante de um poder. Há ou não motivo para se revoltar? Deixemos aberta a questão. Insurge-se, é um fato; é por isso que a subjetividade (não a dos grandes homens, mas a de qualquer um) se introduz na história e lhe dá seu alento.
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É comum, em nossos dias, nos deparamos com enunciados do tipo: ‘O que está acontecendo conosco?’; ‘Onde vamos parar?’; ‘Do jeito que está não dá!’ Cada um deles, a seu modo, oferece indícios de que mudanças, dos mais variados matizes, estão em curso e elas surpreendem pelas mais diversas vias: seja pela sua emergência abrupta, seja pelo incômodo que geram, seja, ainda, por nossa dificuldade de acolhê-la e lhes dar sustentação. Assim, o desafio de produzir algum tipo de compreensão sobre o vivido, traçando diagnósticos sobre o presente, foi assumido por este grupo de pesquisadores filiados às áreas da Psicologia, Filosofia, Educação, História e Publicidade, e que estão atentos à transformação social e a seus efeitos subjetivos em nossas vidas. Adotando uma inspiração foucaultiana, os autores seguiram os passos desse pensador que, ao comentar sobre suas obras, afirmou: “... procuro diagnosticar, realizar um diagnóstico do presente: dizer o que somos hoje e o que significa, hoje, dizer o que nós dizemos”(FOUCAULT, 1967). Se algum diagnóstico sobre o presente é possível, isto se deve ao próprio modo de operá-lo: sempre provisório, parcial, perspectivo, e, até mesmo, enviesado. Precisamente por isso, o traçado de análises diagnósticas sobre o presente não pode se comprometer com uma verdade, absoluta e imutável. Seu mérito é tomar em consideração as turbulências e tensões de nossas vidas, que são múltiplas. Uma vez que os enunciados acima mencionados estão se disseminando no social, coube a tarefa de sustentar, com paciência e insistência, as forças emergentes nesse campo problemático que se configura no presente, desenhando diagnósticos parciais sobre os modos de viver que estamos ajudando a construir.
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Foucault e as Práticas de Liberdade, organizado em dois volumes (O vivo e os seus limites e Topologias políticas e heterotopologias), convida-nos a pensarmos coletivamente a proliferação de práticas, hábitos, saberes e poderes que diagramam para a época atual um certo estado de liberdade. Sua contribuição é fundamental para a discussão teórica e política sobre os temas que envolvem as transformações sociais e culturais do presente e que nuançam as possibilidades e limites da vida democrática, central no pensamento político da atualidade. Coloca-se em debate a crise da democracia: em sua relação com práticas libertárias, não só no domínio da governamentalidade estatal, mas de todas as resistências que têm lugar em diferentes geografias, em suas multiplicidades, interseccionalidades e transversalidades. O ponto fulcral – vértice entre os escritos e as pesquisas tão distintas destes dois volumes – é a produção de novos patamares de reflexão e ação em torno do tema das práticas de liberdade, ora visadas com grande urgência e intensidade. Afinal, ao que parece, é uma interrogação ainda em aberto: de que conceito de liberdade se trata quando o caso é de, em meio a acirradas disputas de poder e desafios que beiram à intolerância, atribuir a cada um a tarefa e a responsabilidade de gerir a condição essencial do viver juntos? Este segundo volume, Topologias políticas e heterotopologias, reunimos uma coleção de reflexões que ora se voltam para o problema da política e suas diversas topologias, ora recorrem ao pensamento do fora e às heterotopologias.
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Vivemos um período da história que tem se caracterizado por muitas mudanças no mundo em favor de movimentos ultraconservadores e retrógrados. Tempos sombrios também marcados por uma pandemia que, a cada dia, tem matado mais e mais pessoas, além de colocar nós, educadores, em uma situação vulnerável, não só fisicamente, mas também uma vulnerabilidade que nos inquieta, nos aprisiona e apequena nossas almas, nossos afetos, nossas alegrias e nossos ideais. Na educação, a lógica obscurantista dos tempos atuais se faz ver através de programas que defendem princípios antidemocráticos, privatistas, mercadológicos, individualistas, competitivos, meritocráticos, excludentes e autoritários. Incentivam-se os discursos de perseguição, desqualificação, violência e ódio contra educadores e estudantes que, de modo heroico, continuam resistindo re-existindo, fazendo da escola pública um espaço-tempo de luta e alteridade. Como pesquisadores e pesquisadoras da Educação, uma das maneiras que temos encontrado para fortalecer os movimentos e as lutas dos praticantes das escolas públicas é pela afirmação de sua dimensão democrática e, ao mesmo tempo, por nos opormos ao estado de degradação do humano, às tentativas de anulação da diferença e ao extermínio dos diferentes que temos vivido. Assumimos, com Espinosa, a ideia de que o conhecimento é o mais potente dos afetos e, assim, potencializar escritos que apostem na força dos corpos coletivos dos cotidianos das escolas como possíveis de criação de uma vida bonita, como defende Foucault. Assim, os capítulos deste livro afirmam possibilidades de se produzir um conhecimento ético, estético e político com e para as escolas públicas e seus praticantes, isto é, um conhecimento assumido como forma de luta e de afirmação da escola pública.
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O que o governo, tema da vida coletiva, tem a ver com a psicologia, ciência da vida privada? Este livro tem o objetivo de reunir e organizar as várias contribuições feitas por diferentes pesquisadores sobre o tema. Na primeira parte, foram agrupados os trabalhos produzidos pelos atuais organizadores deste livro. A finalidade é estimular o uso da ferramenta conceitual governamentalidade, apta a esclarecer práticas psicológicas variadas – comunitárias, behavioristas ou humanistas-existenciais. Na segunda parte, reunimos os trabalhos de pesquisadores europeus e latino-americanos em torno de cinco eixos: 1) práticas educativas, 2) dispositivos de doença e saúde mental, 3) agenciamentos terapêuticos, políticas públicas e 5) modos de produção de conhecimento.
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Coletânea de trabalhos apresentados sobre a temática Discurso, gênero e sexualidade durante do II SINTEL (Simpósio de Estudos Interdisciplinares da Linguagem), evento ocorrido em junho de 2021 e organizado pelo IFSP, UFRPE e USP.
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- Entre 1900 e 1999 (54)
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Entre 2000 e 2025
(367)
- Entre 2000 e 2009 (108)
- Entre 2010 e 2019 (167)
- Entre 2020 e 2025 (92)
- Desconhecido (2)