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O artigo aborda a construção da Psicologia no Rio Grande do Sul no período da repressão política vivido no Brasil, de 1964 a 1985. Examina-se um conjunto de conceitos muito pertinentes à Psicologia Social, ilustrados por narrativas que referem saberes, práticas e preocupações de fundo sócio-político. Ao refletir sobre os processos de instituição desses saberes e práticas e situá-los historicamente, pretende-se dar visibilidade a lutas recentes protagonizadas por minorias ativas que tiveram sua voz silenciada ou exilada mediante a força bruta imposta pelo regime militar. Se durante as décadas supracitadas o “psicologismo” serviu para fortalecer estruturas opressivas, desviando a atenção para aspectos individuais e descontextualizados, as práticas psicológicas também articularam espaços emancipatórios e críticos através da resistência e problematização de grupos organizados no interior do sistema hegemônico. Tais movimentos articularam uma práxis construída socialmente, tramada no cotidiano, imbricada na complexidade das redes de relações sociais que se estabeleceram no contexto vivido. Reforçar o vínculo da área à vertente social é considerar as relações da Psicologia com os problemas coletivos que afetam as maiorias populares.
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Tendo em vista o ‘apelo à responsabilidade’ de atores e instâncias sociais no cenário contemporâneo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, este texto procura problematizar a noção de responsabilidade no campo da saúde mental. A ‘tomada de responsabilidade do serviço pelo território’, o ‘aumento da responsabilidade do profissional pelo processo de trabalho’ e ‘a possibilidade de o sujeito advir como responsável por sua própria condição’ são discursos veiculados por diferentes disciplinas e teorias – como a psicanálise, a saúde pública e a análise institucional – em campos de atuação afins, como o da saúde mental e da saúde coletiva. A família e a comunidade são convocadas a dividir responsabilidades pelo cuidado, mas do que se trata? Engajamento ou obrigação?
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O recurso a imagens da natureza para dar conteúdo às metáforas utilizadas na pregação é comum entre os jesuítas que exercem o “ministério da palavra” no Brasil colonial. Através da metáfora, são introduzidos no conteúdo da pregação elementos próprios do mundo da vida dos ouvintes, de modo a tornarem mais compreensíveis e próximas a eles as doutrinas propostas pelo sermão. Portanto, a natureza e seus fenômenos seriam capazes de evocar pensamentos, sentimentos, disposições e condutas pertinentes às finalidades da pregação. A criação da metáfora e a arte da palavra brotam da mesma fonte: a contemplação da realidade criada à qual a palavra humana pode dar nome e definição à luz da meditação do Verbo criador. Esta capacidade é moldada pela prática dos Exercícios espirituais, crivo unificador da multiplicidade dos olhares humanos e da variedade da natureza.
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O objetivo do presente trabalho é analisar a constituição do projeto de uma psicologia científica na obra de Wilhelm Wundt. Tendo em vista as inúmeras falhas e lacunas na literatura secundária, propõe-se uma nova interpretação de seu pensamento, amparada principalmente no exame de fontes primárias, envolvendo tanto suas obras oficiais quanto materiais inéditos do ¿Espólio-Wundt¿ da Universidade de Leipzig. A tese central é a de que o projeto wundtiano de uma psicologia científica só pode ser adequadamente compreendido se levarmos em consideração os interesses e os pressupostos filosóficos que o fundamentam. Em outras palavras, demonstra-se que a psicologia de Wundt não pode ser separada de seu projeto filosófico, do qual ela é uma parte essencial. Argumenta-se que somente dentro desta perspectiva é possível compreender a ruptura teórica operada por Wundt em relação ao seu projeto psicológico inicial ¿ ruptura esta que permanece mal explicada, quando não ignorada na literatura secundária ¿, assim como a evolução e o amadurecimento posterior de seu sistema de psicologia. Finalmente, discutem-se a questão da unidade teórico-conceitual de seu projeto final e os limites do mesmo.
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The body-mind problem has been a central and permanent problem not only in the history of psychology but in all the sciences that deal with so-called mental processes. With progress in the neurosciences in the past decades, there is a contemporary trend towards the solution of the problem through brain research. The aim of this study is demonstrate that: (a) the current trend shows a form of naïve materialism, similar to 19th century, “naïve materialism”; and (b) Wilhelm Wundt’s antimaterialist position offers an alternative to naïve materialism which shows to be more plausible.
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Entre 2000 e 2025
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