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Na história da psicologia escolar, a compreensão dos processos de produção e acompanhamento da queixa escolar é essencial, pois revelam a forma como a educação é percebida e construída pelos diversos atores do cenário educacional. Nesta perspectiva, procura-se conhecer a queixa escolar na cidade de Porto Velho (RO), por meio dos prontuários do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Foram analisados 634 prontuários, entre os anos de 1993 e 2006. Os prontuários foram analisados pela categorização de Souza (1997), acrescentando uma categoria (causa apontada pelos familiares). Os resultados corroboram pesquisas nacionais de mesmo cunho, onde a queixa escolar sofre um processo de patologização, psicologização e medicalização, bem como recebe atendimento na clínica-escola onde não se consideram os diversos atores da produção do fracasso escolar, nomeando o aluno e seus familiares pelos problemas constitucionais e emocionais.
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Este artigo procura fornecer subsídios para uma alternativa de compreensão histórica sobre o magnetismo animal, de modo a realçar sua importância na construção da psicologia. Nesse sentido, busca-se enfatizar o papel das instituições e práticas sociais que influenciaram de forma decisiva a condenação desta proposta. Na mesma linha de reflexão, visa-se também destacar algumas das incompatibilidades epistemológicas com o projeto moderno de ciência, que também contribuíram significativamente para a rejeição do magnetismo animal. Por fim, o artigo é concluído com uma reflexão sobre a necessidade de revisão da noção de ciência presente nas referências dominantes da história da psicologia, que, geralmente, restringem-se a questões lineares e metodológicas e desprezam os processos intersubjetivos e sociais que atuam na construção desta área de conhecimento.
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Em "Resposta a uma questão", artigo-réplica a perguntas encaminhadas a Michel Foucault pela revista Esprit, um parágrafo concernente às relações entre a constituição da medicina clínica e a Revolução Francesa nos parece, ainda hoje, paradigmático do modo de pensar foucaultiano. O presente ensaio dele parte, no intuito de distinguir a perspectiva foucaultiana daquelas ligadas à História das Mentalidades e à Sociologia do Conhecimento. Em seguida, usa-o como ferramenta analítica de uma recente polêmica, relativa a uma investigação que se propõe a mapear o cérebro de "adolescentes infratores". Avalia-se que o parágrafo mencionado faculta entender de modo singular o repúdio de uma parcela da intelectualidade e da militância ao projeto de pesquisa em pauta. Com isso, a "Resposta a uma questão" se amplia a uma resposta a muitas questões, especialmente ao que se pode entender por defesa dos Direitos Humanos no campo dos saberes e regimes de verdade.
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O trabalho tem por base três relatos, intitulados O homem das tartarugas, O beijo de Lacan e Por que matei minha mulher, colhidos durante uma pesquisa sobre a História da Análise Institucional no Brasil, que facultam uma experimentação relativa aos jogos de verdade presentes em investigações que recorrem ao paradigma da História Oral. Com tal intuito, lança-se mão da genealogia foucaultiana e da micro-história, articulando-as às contribuições do movimento crítico em História Oral, ligado às ferramentas analíticas propiciadas por autores como Alessandro Portelli e Alistair Thomson. Considerações sobre fidedignidade, forma narrativa, relação entrevistador-entrevistado, posição do narrador, usos da biografia, memória, modos de subjetivação e dialogismo compõem o campo de análise forjado para apreciar os efeitos de verdade-poder que se fazem presentes quando a oralidade é incorporada a estudos históricos sobre as práticas psicológicas.
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A psicologia ocupou um papel importante na sociedade durante o século XX, ajudando a construir o mundo e as pessoas em que nos transformamos. Nesse sentido, constituiu-se como uma "ciência social", promovendo uma "psicologização" das vidas individual e coletiva, inventando e transformando diversas idéias em termos psicológicos. Este texto busca compreender esta caminhada da psicologia, que encontrou seu espaço como uma técnica de regulamentação, um pretenso conhecimento sobre as pessoas com o objetivo institucional de administrá-las, moldá-las, reformá-las. Passa pela psicologia social do pós primeira e segunda guerras, com suas pesquisas de atitudes e trabalhos sobre grupos, culminando na noção de empreendimento, construindo e regulando as ações humanas. Termina problematizando a primazia do corpo biológico no século XXI, onde as novas tecnologias de imagem, a psiquiatria biológica, a neuroquímica e a neurobiologia emergem, na mesma medida em que uma "subjetividade cerebral" se fortalece.
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Ano de publicação
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Entre 2000 e 2025
- Entre 2000 e 2009 (1.162)
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