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Este artigo tem como objetivo chamar a atenção para a efemeridade do conceito de “Biopolítica” nos escritos de Foucault. Valendo-nos do procedimento detetivesco da historiadora Mary Henle, investigamos a emergência, a ascensão, as transformações, o declínio e o desaparecimento deste conceito, principalmente nos cursos Em Defesa da Sociedade (1975-76), Segurança, Território, População (1977-78) e Nascimento da Biopolítica (1978-79). Constatamos que, apesar de sua grande repercussão atual, tal conceito tem vida curta, tendo sua primeira aparição em 1974, sua primeira formulação mais elaborada em 1976 e seu desaparecimento parcial a partir de 1978 e quase total a partir de 1979. Entretanto, longe de desprezar tal conceito por sua curta duração cronológica, o comparamos com o personagem brasileiro Heleno de Freitas - apelidado Gilda - que deixou uma marca intensa na história, apesar de sua breve vida. A partir dessa comparação, concluímos tecendo considerações acerca do estatuto dos conceitos foucaultianos, atentando, principalmente, para seu caráter trágico, estratégico e bélico.
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Este artigo analisa como os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desenvolvem suas atividades educativas e quais experiências estimulam processos de questionamento e aprimoramento destas atividades. Promove-se uma discussão sobre onde eles buscam referências para realizarem estas atividades; em que medida os serviços de saúde favorecem este processo e como aprendem, apreendem e aprimoram seu trabalho. Estas reflexões tomaram por base a análise de entrevistas dialogadas realizadas com nove ACS atuantes no estado do Rio de Janeiro há mais de dois anos. Observou-se como estes trabalhadores, mesmo sem as condições adequadas de trabalho, produzem sentidos para os eventos de seu dia a dia, se reinventando. Entretanto, identificou-se a importância de um espaço de formação para eles. Tal espaço pode ser enriquecedor e promover a construção de práticas educativas potentes para a transformação, não de hábitos, mas de sujeitos - trabalhadores e usuários - na luta por condições de saúde e vida melhores.
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Vinte anos após a chamada lei antimanicomial, torna-se importante revolver as proveniências da luta antipsiquiatria e a situação atual do controle da loucura como doença mental redimensionada em saúde para se perguntar sobre os efeitos da reforma.
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O objetivo deste texto é apresentar uma sucinta reflexão sobre três acontecimentos identificados como formas históricas de exclusão da loucura (o desterro, o internamento e a objetivação da loucura como doença mental) em diálogo com as discussões apresentadas na aula inaugural proferida por Michel Foucault no Collège de France em 1970, convertida no livro A ordem do discurso ([1970] 2014). Nesse sentido, associaremos as formas históricas de exclusão aos sistemas externos de restrição do discurso elencados no livro-aula: a interdição, a oposição entre razão e loucura e a vontade de verdade. Examinaremos a maneira como estes sistemas criaram condições de possibilidade para as exclusões históricas e manutenção do sofrimento mental no lugar de objeto do discurso psiquiátrico.
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O nascimento e o desenvolvimento da Psicologia Brasileira estão diretamente correlacionados com a época da Ditadura Civil-Militar Brasileira. Nesse sentido, este artigo, estruturado sob o formato de um ensaio teórico-crítico, objetiva analisar como os elementos próprios da Ditadura Civil-Militar Brasileira refletiram e influenciaram na construção da Psicologia, de suas instituições representativas e de suas práticas profissionais e políticas na realidade do Brasil, partindo de uma breve retomada histórica dos componentes que propiciaram a instauração do regime e das diferentes formas como o poder foi exercido pelas Forças Armadas e pelas elites econômicas da época, ressaltando também as características confluentes de todos os campos de análise apresentados. Para tanto, o texto se estrutura em três eixos centrais: (1) Histórico da Ditadura Civil-Militar Brasileira e alguns de seus Reflexos na Construção da Psicologia no Brasil; (2) Influências da Estrutura Ditatorial no Modus Operandi da Psicologia Brasileira; e (3) Arremates: Libertar as Práticas para Libertar os Sujeitos.
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Ao tratar da biopolítica em Hannah Arendt tem-se por objetivo demonstrar que a autora, mesmo sem ter usado o sintagma em questão, o mobilizou em suas considerações teóricas, sobretudo no que concerne a uma administração da vida ou, dito de outra maneira, na perspectiva de uma forma de governo que determinava quem podia viver e quem deveria morrer. Em nosso entendimento, isso foi flagrantemente observável no totalitarismo, sobretudo nos campos de concentração. Desse modo, mostraremos que a noção de política em Arendt visa a liberdade. Esta noção se encontra em oposição à vida reduzida a mera administração. Elegemos como metodologia a exegese textual já consagrada nos estudos em filosofia.
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Relato das trajetórias de pesquisas das autoras
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Relato do evento XV Encontro Clio-Psyché e VI Congresso Brasileiro de História da Psicologia, que aconteceu em setembro de 2022, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Comentários ao texto "Definição de idiotia e imbecilidade", por sua vez uma comunicação de 1910 feita por Binet e Simon. No texto, as autoras explanam sobre a psicologia da época e questões atuais
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Comunicação de 1910 sobre as definições de idiotia e imbecilidade na literatura psiquiátrica da época
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Produzir um verbete sobre história da psicologia para a enciclopédia online, a Wikipédia, tem se mostrado mais problemático do que se poderia esperar. Especificamente, alguém que usa o nome “Jagged_85” na internet inseriu afirmações no intuito de mostrar que a maior parte dos grandes desenvolvimentos da história da psicologia tem suas origens no mundo árabe medieval. Afirmações similares e pelo menos uma tentativa de desafiar estas afirmações apareceram na literatura profissional. Também foi publicada uma edição especial da newsletter online, Advances in the History of Psychology voltada para essa temática, sob o título Presentismo a serviço da diversidade? [tradução nossa]. O termo “presentismo” tem vários significados, mas usualmente se refere à ideia de indicar visões do presente sobre o passado, ao invés de fazer uma tentativa séria de entender como as próprias figuras históricas entendiam o mundo. O presente artigo endossa a visão de que as afirmações de autores como “Jagged_85” constituem presentismo, conforme o entendimento do senso comum. O artigo também oferece sugestões sobre como chegar à diversidade sem este tipo de presentismo.
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As histórias mais influentes da psicologia tendem a adotar a perspectiva de um centro específico de desenvolvimento psicológico, na maioria das vezes os EUA, com os desenvolvimentos em outros locais formando uma espécie de periferia. Conceitualizações e práticas favorecidas pelas condições sociais do centro são tratadas como princípios fundamentais universalmente válidos da disciplina, enquanto o conhecimento que emerge na periferia é frequentemente reconhecido apenas com significância local. Mais recentemente, este modelo tornou-se difícil de se sustentar, e a história do campo é mais facilmente observada se for em termos de uma interação entre vários centros focais. Tal perspectiva leva a uma análise da forma como a geração, transmissão e aplicação do conhecimento psicológico tem sido moldada pelas relações de poder, bem como por preconceitos e barreiras culturais. Uma história policêntrica tem uma relevância considerável para os desenvolvimentos atuais no âmbito da disciplina.
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O conceito “história policêntrica da psicologia” foi originalmente utilizado por Kurt Danziger e, desde então, tem sido adotado por outros historiadores da psicologia. O artigo faz uma introdução a esta perspectiva. A tendência à internacionalização da psicologia implicou que a história da psicologia norte-americana pudesse ser complementada com outras histórias locais. A história policêntrica contrasta com esta abordagem, pois se preocupa com as inter-relações entre os centros, e não pelos centros considerados isoladamente. O artigo finaliza com alguns exemplos de história que têm sido escritos a partir de uma perspectiva policêntrica.
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Artigo sobre a vida e a obra de Wlhelm Wundt criado em colaboração com o ChatGPT, versão 3.5 de janeiro de 2023
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Jacques-Marie Émile Lacan, filho mais velho do casal Alfred Lacan e Émilie Baudry, nasceu em Paris no dia 13 de abril de 1901. Formou-se em medicina e concluiu sua especialização em psiquiatria no ano de 1931, atuando posteriormente como psiquiatra e psicanalista na capital francesa. Lacan dedicou seu trabalho a fazer uma releitura da obra de Freud, sendo responsável por uma reinterpretação de suas ideias, o que o tornou um dos nomes mais importantes da psicanálise. Faleceu em 9 de setembro de 1981, em Paris, vítima de um câncer no cólon.
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Manoel José Bomfim nasceu em 1868 em Aracaju e foi um importante intelectual brasileiro, atuando como médico, psicólogo e educador. Ele destacou-se com seus livros e teorias acerca da formação socioeconômica brasileira, caracterizada posteriormente como decolonial latino-americana, e por sua defesa de uma educação libertária, evidenciando ideias que iam contra o pensamento dominante da época. Encerrou sua carreira apenas quando faleceu, em 1932, aos 63 anos, no Rio de Janeiro.
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Manoel José Bomfim nasceu em 1868 em Aracaju e foi um importante intelectual brasileiro, atuando como médico, psicólogo e educador. Ele destacou-se com seus livros e teorias acerca da formação socioeconômica brasileira, caracterizada posteriormente como decolonial latino-americana, e por sua defesa de uma educação libertária, evidenciando ideias que iam contra o pensamento dominante da época. Encerrou sua carreira apenas quando faleceu, em 1932, aos 63 anos, no Rio de Janeiro.
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Apresentação do Boletim do Portal História da Psicologia 2
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