A sua pesquisa
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Johann Friedrich Schreiber – Elementorum medicinae physico-mathematicorum, Tomus I. In R. Theis, W. Schneiders, J.-P. Paccioni, & S. Carboncini (Eds.), Christian Wolff’s Gesammelte Werke, III. Abteilung, Band 162. Hildesheim: Georg Olms, 2021.
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Este artigo teórico tem como objetivo refletir sobre a reação dos psicólogos face à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) referente à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3481, por meio da qual foi considerada inconstitucional a restrição de comercialização dos testes psicológicos. O artigo está ancorado em três caminhos argumentativos que perpassam pela criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) em 2003; pela contextualização das contribuições das entidades de psicologia, em especial, da área de avaliação psicológica para o aprimoramento e defesa da área; e, por fim, pela análise temática dos comentários feitos no Instagram do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no período de 6 até 22 de março de 2021, quando foram publicadas as primeiras notícias sobre a decisão do STF. Ao final desse caminho argumentativo, conclui-se que o interesse pelos testes psicológicos envolve o reconhecimento da qualificação desses instrumentos ao longo dos anos. Entretanto, esse reconhecimento não necessariamente foi acompanhado de uma qualificação na formação profissional em psicologia que permitisse um amadurecimento na compreensão do processo de avaliação psicológica.
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Este ensaio objetiva refletir os aspectos epistemológicos, históricos e contemporâne-os do serviço de plantão psicológico. Situa o campo do plantão psicológico de modo a pensá-lo a partir da ideia de um serviço, e não uma abordagem ou área. Indica os aspectos epistemoló-gicos do serviço pelo surgimento do campo do aconselhamento psicológico, pela transição da Psicologia experimental para a Psicologia aplicada, norteada pelos saberes funcionalistas, psi-cométricos e personalistas, em que Carl Rogers foi determinante na proposição de uma inter-venção não-diretiva. Disserta como o aconselhamento não-diretivo foi recebido no Brasil e se institucionalizou como disciplina e prática de estágio em centros de formação em Psicologia, transformando-se no serviço de plantão psicológico, havendo (des)continuidades em relação à modalidade anterior. Pondera alguns aspectos contemporâneos do plantão psicológico ao reconhecer que ele: está restrito a uma prática universitária de prestação de serviço que, ainda, precisa ser consolidada no campo profissional; requer mais discussões em relação as suas apli-cações on-line, avaliações e apropriações pela abordagem cognitiva-comportamental. Conclui que essa reflexão reapresenta o plantão psicológico em seu passado, presente e futuro.
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Este estudio tiene como objetivo llevar a cabo un análisis de las redes de colaboración científica que se organiza a partir del desarrollo de la investigación historiográfica de la psicología en América Latina. Para ello, se toma como corpus empírico la producción académica de los investigadores que son miembros de la Rede Iberoamericana de Pesquisadores em História da Psicología (RIPeHP). Se emplean herramientas bibliométricas para mapear las redes y establecer indicadores de colaboración científica. Específicamente se hace uso del análisis de coautoría para identificar las comunidades académicas visibles y ocultas que se conforman a partir de las dinámicas de investigación historiográfica en la región. La creación de la Red fue en parte posible por la iniciativa de investigadores del grupo de trabajo en historia de la Sociedad Interamericana de Psicología (SIP). Este año la SIP celebra setenta años de historia desde su creación en el año 1951. En el caso particular de este estudio, exponemos información relevante al interior de la investigación historiográfica y se discute el papel de la SIP en fomentar y contribuir al fortalecimiento de la historia de la psicología latinoamericana.
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O artigo, que se define como trabalho de reflexão, busca discutir o vínculo entre história da subjetividade e história da objetividade, principalmente no que diz respeito aos primeiros laboratórios de psicologia. Entendendo que explorar tal vínculo requer abordagens simétricas na produção do conhecimento, que não supõem corte entre projetos científicos bem sucedidos e malogrados, nos valeremos de referências provenientes dos estudos Ciência-Tecnologia-Sociedade, da epistemologia política (Despret e Stengers), da genealogia da ética (Foucault) e da história da objetividade (Daston e Galison). Partindo de tais referências, abordaremos três grandes tópicos: a) as práticas operadas nos primeiros laboratórios de psicologia; b) a objetividade propiciada por tais práticas; c) as transformações subjetivas pelas quais os psicólogos experimentais deveriam passar visando obter resultados científicos. Na conclusão, avaliamos se é possível dizer que, no treinamento introspectivo, as técnicas de si operam como uma marca distintiva da constituição de um self científico e como um conceito chave para um estudo histórico destes laboratórios psicológicos.
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On the occasion of the centenary of Wilhelm Wundt’s death (1832–1920), we had a conversation with Saulo de Freitas Araujo on the works and influence of the German author. After a brief introduction, the conversation begins with a reflection on the aims and objectives of Araujo’s work on the history and philosophy of Wundt’s psychology. A philosophical approach to the history of science and of psychology is then described. After considering the social and intellectual context of the revival of Wundt scholarship during the 1970s, Wundt’s philosophical and psychological project is discussed. The conversation ends with general reflections on Wundt’s legacy to recent and contemporary psychology.
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Contemporary Argentinian psychology has a unique characteristic: it is identified with psychoanalysis. Nonpsychoanalytic theories and therapies are difficult to find. In addition, there is an overt antiscientific attitude within many psychology programs. How should this be explained? In this paper, we claim that a philosophical history of psychology can shed new light on the development of Argentinian psychology by showing that early Argentinian psychoanalysts held positions in the newborn psychology programs and a distinctive stance toward scientific research in general and psychology in particular. In the absence of an explicit and articulate philosophical position, psychoanalysts developed an implicit meta-theory that helped shape the context that led to the institutionalization and professionalization of psychology in Argentina. Although we do not establish or even suggest a monocausal link between their ideas and the current state of Argentinian psychology, we do claim that their impact should be explored. Finally, we discuss some limitations of our study and suggest future complementary investigations.
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Esta pesquisa bibliométrica historiciza aspectos da Psicologia Organizacional e do Trabalho, no Brasil. Ela descreve e analisa publicações associadas à Seleção Profissional, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (1949-1968). Os resultados apontam o desenvolvimento da Psicologia em organizações, a partir da atuação de profissionais que utilizavam de métodos e técnicas da Psicologia, principalmente da Psicometria. Eles buscavam compreender as habilidades e tendências do trabalhador, e seu ajustamento às condições do trabalho. Isso ocorreu em momento socioeconômico brasileiro que requisitou conhecimentos e práticas da Psicologia fossem para a "modernização" nacional, utilizando métodos e técnicas aplicadas à seleção que, por sua vez, articulavam-se com o zeitgeist de regulamentação da profissão e formação em Psicologia, no Brasil.
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A Gestalt-terapia vem crescendo e se desenvolvendo desde de sua recepção na década de 1950. Para alguns autores, a Gestalt-terapia está envolvida no processo de recepção da fenomenologia na psicologia Humanista. Todavia, aspectos que envolvem o processo de formação de um conhecimento especializado e institucionalizado, como a disciplinarização dessa abordagem, são pouco visíveis no Mato Grosso do Sul (MS). Nesse cenário, esta pesquisa objetiva descrever e analisar formas de disciplinarização da Gestalt-terapia, em Mato Grosso do Sul, entre 1980 e 1990. Metodologicamente, esta é uma pesquisa em História da Psicologia que opera com Análise Documental e Análise de Conteúdo de fontes orais e textuais. Os resultados indicam que a disciplinarização da Gestalt-terapia ocorreu simultaneamente à graduação dos primeiros psicólogos, na cidade. Eles destacam, também, envolvimento nessa formação como uma possibilidade de expansão de conhecimentos, já que o cenário campo-grandense, à época, dificultava o acesso a formações complementares. Por fim, sinalizam um perfil de grupo eminentemente feminino e que salienta a importância de vivências terapêuticas no grupo de formação. Assim, ao desvelarmos esse processo, compreende-se determinados aspectos da história da Psicologia brasileira além de clarificar aspectos não narrados da história local, até então.
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O presente artigo tem por objetivo chamar a atenção para as teses históricas presentes na obra de Aron Gurwitsch, assim como discutir a importância das mesmas para o campo da História da Psicologia. Para isso, analisar-se-á seus escritos histórico-epistemológicos iniciais - de 1934, 1935 e 1936 - buscando expor, principalmente, o papel que o processo histórico cumpre em sua argumentação e a narrativa histórica que o autor estabelece acerca do surgimento da Psicologia. Para discutir a importância de tal produção para o campo da História da Psicologia, recuperaremos outras narrativas históricas que - com herança direta ou não - se assemelham em algum nível com as teses propostas por Gurwitsch, tendo especial interesse nos deslocamentos operados e na periodização utilizada. Nesse sentido, serão discutidas as conexões com os trabalhos de Georges Canguilhem (que explicitamente remete sua hipótese ao trabalho de Gurwitsch), Luís Cláudio Figueiredo, Michel Foucault e Bruno Latour. Por fim, discutir-se-á o sentido geral da hipótese apresentada por Gurwitsch e pelos demais autores, além de uma discussão sobre a periodização destas condições de surgimento da Psicologia.
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A Neuropsicologia se concentra em disciplinas oriundas da interface entre a neurociência e a psicologia cognitiva, e sua pesquisa converge da relação entre o cérebro e o comportamento. Como se tem observado em diversos centros de referência no Brasil, a difusão da Neuropsicologia vem ocorrendo de maneira vertiginosa, embora o estabelecimento de diretrizes de educação e treinamento ainda se encontrem despadronizados. O presente artigo descreve o desenvolvimento histórico da Neuropsicologia, enfocando seus fundamentos teóricos e metodológicos, sua condição regulatória atual, além de perspectivas futuras na criação de diretrizes para capacitação profissional. Pesquisas vêm demonstrando uma tendência em caracterizar a atividade do neuropsicólogo nos mais diversos locais nos quais a neuropsicologia é ensinada, praticada e difundida. No Brasil, faz-se necessária uma taxonomia acerca do ofício do profissional especialista em neuropsicologia, seja em relação à sua formação ou sua atuação profissional.
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Tomando como referência “Vida de uma família judia e outros escritos autobiográficos” (2018), de Edith Stein (1891-1942), objetiva-se subsidiar a leitura integral dos escritos autobiográficos da autora. Vida e obra estão intrinsecamente ligadas e complementam-se para compreender seu pensamento. Stein iniciou tais escritos no emblemático 1933, na Alemanha, contrapondo-se à visão preconceituosa e caricatural disseminada pelo nazismo. O método aqui utilizado foi a narrativa de história de vida, buscando-se o fio condutor que dá sentido aos acontecimentos. Notamos que as vivências narradas por Stein vão forjando sua personalidade, conduzindo-a por caminhos não planejados, mas livremente assumidos, até suas últimas consequências.
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Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impedem o acesso dessa população aos serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas gravadas em áudio com 7 (sete) trabalhadoras de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) lotado em hospital universitário, e com 2 (dois) usuários. Analisa-se um conjunto de estratégias formativas que convergem para uma formação normalizadora que percorre linhas molares, nas quais os(as) trabalhadores(as) são disciplinados por protocolos e manuais de diagnóstico a aplicar as normas binárias de gênero e a heteronormatividade em seus processos de trabalho, produzindo a patologização das identidades trans e tornando seletivo o acesso aos serviços. A aposta feita no artigo é a de que o encontro com as pessoas trans pode fazer emergir aprendizados com signos que catalisam a experiência de uma arte de fazer-se trans, a qual culmina no mal-estar do desencontro com as verdades sobre gêneros e sexualidade. Sair de tal mal-estar supõe experimentar-se com tais signos - uma experimentação transetopoiética com a produção de um corpo com novos contornos, capaz de suportar a diferença que pede passagem, abrindo caminho para a produção de modos de viver e trabalhar com a saúde trans que afirmem a diferença.
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O artigo analisa a psicologia na Liga Brasileira de Higiene Mental, instituição fundada em 1923 que tinha como princípios fundamentais a adaptação dos indivíduos e a constituição da “moral universal do amanhã”. Entre outras proposições, ela se dedicou à adaptação de testes psicológicos e aos estudos sobre o desenvolvimento infantil que buscavam avaliar o funcionamento mental e delimitar sua norma. Como elemento que colaborou para a extensão do poder psiquiátrico, a psicologia implicou-se em duas dimensões da atuação do poder disciplinar: os corpos individuais e o corpo social. Assim, a psicologia também encontrou a possibilidade de sua vulgarização, não sem as contradições emergentes na posição de saber e técnica disciplinar.
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Este artigo objetiva refletir os limites da ideia de consideração positiva incondicional como uma epoché, de modo questionar o que é suspenso. Para isso, apresenta as noções husserliana de epoché e rogeriana de consideração positiva incondicional. Depois, situa as origens das apropriações da epoché pela clínica fenomenológica e pela abordagem rogeriana. Posteriormente, desenvolve reflexões que demarcam alguns limites entre essas atitudes. Conclui que a consideração positiva incondicional poderia ser a suspensão dos juízos que procedem dos afetos de simpatia, apatia e antipatia. Em uma meta-teoria, isso serve para descrever o procedimento de escuta não-diretiva sem julgamentos, a qual parte da assimilação de uma visão de mundo oriunda da Fenomenologia, mas não se trata de uma Fenomenologia pura, filosofia fenomenológica ou Psicologia Fenomenológica. A consideração positiva incondicional é uma atitude de escuta que se desenvolveu fora do método fenomenológico e não precisa ser legitimada pela epoché, não propõe nenhuma redução, não suspende a crença na tendência à autorrealização e sua suspensão não é fenomenológica.
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O burnout se tornou um tema amplamente investigado no âmbito da psicologia organizacional. Sua definição e escopo são objeto de um debate científico e político internacional. Enquanto um dos fundadores do conceito, Herbert J. Freudenberger desempenhou um papel importante na formação da pesquisa sobre o burnout. Este artigo segue os diferentes sentidos e transformações do conceito de burnout ao longo de sua carreira, baseado em uma leitura minuciosa de suas obras. A metodologia é inspirada na história de objetos psicológicos de Danziger e por estudos que mostram a importância de metáforas no raciocínio científico. Os resultados mostram a importância do movimento Free Clinic e da psicanálise na descrição original de Freudenberger. Duas metáforas são identificadas e analisadas como o cerne do burnout: o burnout como uma síndrome e o homem como um sistema de energia. A conclusão argumenta que um melhor conhecimento sobre o passado do burnout pode ser a chave para modificar seu desenvolvimento futuro.
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Entre 2000 e 2025
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