A sua pesquisa
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O ensaio trata de uma leitura do pensamento de Edith Stein examinando e estabelecendo relações entre o modo com que ela entende o que seja teologia (positiva e negativa) e mística. A autora quer mostrar que para se compreender a diferença entre as duas é necessário usar, como instrumento, a distinção proposta por Edmund Husserl e por Edith Stein entre noética fenomenológica e hilética fenomenológica. Constata-se que a teologia está do lado da noética e a mística do lado da hilética.
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A Subgerência de Obras Raras e Valiosas da Biblioteca Pública do Estado da Bahia tem, dentre os seus 60.000 títulos, cerca de 1.500 que tratam de questões de ordem psicológica. Dentre estes, vinte e três livros, de vinte e um autores, foram escolhidos para esta apresentação, considerando critério de diversidade bem como de ruptura teórico-metodológica. Os textos foram originalmente publicados, entre 1826 a 1898, em sete países (Alemanha, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia). Um deles é de autoria desconhecida. Doze livros foram inicialmente publicados em francês. Apenas seis dos livros localizados não foram publicados em francês. Três foram traduzidos para o espanhol, e os outros estão no idioma original. Essa pequena amostra indica que a preocupação com a psicologia científica é anterior à instalação do Laboratório na Universidade de Leipzig / Alemanha, existente em vários outros países e principalmente, que várias questões atuais já preocupavam os nossos antepassados.
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Analisando fenomenologicamente relatos de história de vida de velhos negros, moradores de Ouro Preto, São João del Rei e Serro, em Minas Gerais, Brasil, investigamos o significado atribuído a irmandades de negros por filiados de longa data e suas conseqüências para a elaboração de identidade. Constatamos que a irmandade, para um típico filiado, consiste em via singular para aquisição de prestígio social, relacionamento criativo/ativo com o sagrado e elaboração de identidade; decidindo pelo convívio com a Irmandade – que os acolhe em vida, e lhes indica criativa maneira de lidar com a morte – lida com a realidade como campo de ação para a busca de consolidação de identidade pessoal e coletiva.
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Il lavoro si occupa del tema della elezione in alcuni documenti che fanno parte del corpo delle litterae Indipetae, scritte da giovani gesuiti durante il sedicesimo ed il diciassettesimo secolo, per richiedere al Padre Generale della Compagnia di Gesù l’autorizzazione per l’invio nelle missioni ultramarine. Si è cercato di capire attraverso la trascrizione e l’analisi delle lettere, contenute nell’Archivio romano della Compagnia, gli aspetti psicologici riguardanti il processo decisorio che portava alla richiesta ufficiale di invio in missione. Ne risulta che, secondo il punto di vista espresso dagli autori delle lettere, la decisione è frutto di un forte desiderio sperimentato di diventare missionario. A sua volta, tale desiderio si lega al riconoscimento della specifica vocazione religiosa gesuitica e alla considerazione del destino ultimo della vita umana in quanto tale. Il processo motivazionale, che è di natura spirituale, ed è guidato e sostenuto dalla lettura di opere di spiritualità come per esempio quelle di Loyola, il fondatore della Compagnia, si innesta su una dinamica psicologica definita e descritta secondo la prospettiva aristotelico-tomista.
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Por ocasião de uma exposição fotográfica realizada na comunidade rural de Morro Vermelho (Caeté-MG / Brasil), retratando momentos das festas mais tradicionais e do cotidiano de seus moradores, coletamos depoimentos sobre as impressões destes ao observarem as fotos. Selecionamos trechos referentes ao processo de memória coletiva e os submetemos à análise fenomenológica. Enfocamos o trabalho da memória como sendo, essencialmente, de elaboração da experiência. Pudemos acompanhar a dinâmica do trabalho da memória e explicitar um campo de possibilidades de significados elaborados pelos sujeitos naquele contexto cultural específico. Pudemos apreender as estruturas da experiência juntamente ao significado afirmado a partir da identificação das seguintes modalidades de elaboração da experiência: a) apreciações, b) elaboração da experiência com referência coletiva, c) elaboração da experiência com referência pessoal.
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A resistência à opressão étnica e cultural obriga comumente a recuos para regiões que, de físicas, passam também a ser psíquicas e fantásticas. Os caminhos que a elas conduzem e a sua topografia encontram-se cifrados no imaginário social. O termo de origem banto “umbanda” denomina uma religião brasileira que reflete a história e a sociedade do país, possibilitando empiricamente o estudo desse imaginário. Este estudo objetiva aprofundar o conhecimento da verdade social brasileira, fazer justiça à memória de ancestrais e conhecer e reconhecer formas populares de reflexão ética e de cognição social. Os seus principais colaboradores foram Exus, que gentilmente concordaram em serem entrevistados. Os seus depoimentos e a observação participante de terreiros permitiram rastrear subterrâneos daquele imaginário.
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Este trabalho pretende especificar como se trabalha metodologicamente a pesquisa que relaciona a questão de identidades pessoais e coletivas com o processo histórico vivido pela psicologia. Partimos inicialmente de uma reflexão teórica que procura estabelecer as relações entre identidade e história da psicologia, e posteriormente explicitamos o processo de pesquisa que se utiliza neste caso. Identidade será compreendida aqui na perspectiva teórica de Ciampa que a caracteriza como metamorfose. Para estudar a constituição histórica da identidade do psicólogo partimos de um enfoque dialético que analisa a história de vida de cada um dos profissionais inserida no contexto social, trabalhando a relação dos aspectos objetivos e subjetivos, passando a compor as tramas das relações entre estes indivíduos para entender a identidade coletiva e posteriormente analisar a formação da identidade da psicologia enquanto instituição.
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O caratê é uma prática de luta com origens incertas quanto ao tempo, mas com acentuado desenvolvimento na ilha de Okinawa do arquipélago nipônico. Doravante praticado às escondidas, tornou-se público no século XX através de Gichin Funakoshi. Funakoshi denominou-o karate-do, “o caminho das mãos vazias”, dando um caráter doutrinário à arte que deveria servir ao desenvolvimento da personalidade e não somente como mera forma de lutar. No Brasil, apesar do grande número de praticantes, a compreensão daquilo que era enfatizado por Funakoshi é dificultada pelas profundas lacunas culturais em relação aos japoneses. Procura-se fazer um resgate teórico das idéias psicológicas e morais próprias do caratê sob a luz dos paradigmas culturais de maior influência no pensamento de Funakoshi. Depreende-se claramente a influência do confucionismo e bushido, por sua vez influenciado pelo Zen-Budismo, que permitem compreender o pensamento de Funakoshi acerca da moralidade e atitude mental.
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O trabalho aborda a discussão das relações entre memória e história nas áreas da história da psicologia e da história da ciência. Num primeiro momento, aprofunda-se o estudo destas relações nas diversas perspectivas epistemológicas da historiografia moderna – sobretudo no que diz respeito à questão da produção do documento histórico. Num segundo momento, mostra-se a existência das referidas relações através de exemplos inerentes a trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela autora. Evidencia-se que a prática e a experiência quotidiana encurtam as distâncias entre os campos da história e da memória. Com efeito, a determinação explícita dos sujeitos históricos de preservar a memória das experiências vividas, permite a constituição de acervos importantes para a pesquisa historiográfica.
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A subjetivação do ser humano ocorre em presença de muitos. Cada ser humano é a singularização da história de seus ancestrais. Na atualidade, surgem psicopatologias decorrentes da ruptura do indivíduo com a sua história, não só transgeracional, mas também com a história humana. O re-estabelecimento da memória é questão vital na recuperação de detenções no processo de vir a ser do indivíduo. A clínica do self nos apresenta diferentes modalidades de memória: 1. Memória representada: elementos que representam a história de uma pessoa, articulados pela suas angustias e desejos; 2. Memória inconsciente: aspectos que se revelam na situação transferencial desvelando o reprimido; 3. Memória do não acontecido: situações que são pressentidas no curso da vida e que assinalam as necessidades ontológicas; 4. Memória étnica: formas sensoriais que constituíram a fundação do self e que enraízam a pessoa em uma determinada etnia.
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O artigo aborda a emergência da história, da memória e das abordagens históricas na Alemanha do século XIX - cujo predomínio, no século XX, será da França. Das abordagens históricas francesas será considerada a psicologia histórica de Ignace Meyerson, no que diz respeito à história e à memória. Mas se história, memória e abordagens históricas emergem na virada do século, elas, no entanto, ganham relevo a partir da segunda metade do século XX, e se inserem em um panorama cuja produção apresenta novos temas e títulos, novas perspectivas teóricas e instituições científicas.
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