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É possível identificar, na teoria de Carl Rogers, diversas influências que merecem ser revisitadas. É sabido que ele foi um pensador atento ao contexto de ideias que afetaram a cultura acadêmica estadunidense. Tal atenção dialoga com a complexidade de diversas influências sobre sua obra. Este artigo objetiva analisar algumas ideias psicológicas e filosóficas que influenciaram Rogers. Entende-se que exerceram influências diretas no pensamento rogeriano: o Funcionalismo de John Dewey, Leta Hollingworth e Kurt Goldstein; e o Pragmatismo de John Dewey e William Kilpatrick. Segundo uma perspectiva metodológica histórica-crítica, elucida-se como cada perspectiva de influência se desenvolveu nos EUA, nas universidades de Chicago e de Columbia. Em seguida, identificam-se os aportes contatados e elaborados por Rogers de cada expoente mencionado. Constata-se que essas apropriações, embora pontuais, foram importantes para a circulação de Rogers no contexto acadêmico estadunidense. Contudo, incorre equívoco afigurar Rogers, exclusivamente, como um psicólogo funcionalista ou pragmatista, dado que ele não deu continuidade a essas perspectivas. O estudo, finalmente, destaca a necessidade de aprofundar investigações sobre outras bases históricas de influência na teoria rogeriana.
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Estudo teórico que aborda, em uma revisão narrativa, a noção rogeriana de consciência, relacionando-a com o seu contexto estadunidense de ideias psicológicas, procedente de William James, e a apropriação do legado de Carl Rogers no Brasil, a partir de uma estirpe fenomenológica. Nesse sentido, apresentamos as noções de consciência nas teorias de Carl Rogers, William James e Edmund Husserl. Em seguida, discutimos as controvérsias e as possibilidades que tal apropriação provoca no desenvolvimento brasileiro da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), em relação: aos aspectos funcionais e intencionais da consciência; as perspectivas empíricas e transcendentais da pessoa; as possibilidades de uma abordagem fenomenológica da ACP; as dimensões locais da ACP; ao risco de assumir uma postura avessa aos rogerianismos. Concluímos que essa reflexão problematiza e aprofunda elementos teóricos concernentes à Psicologia de Rogers; e compreende o desenvolvimento e a hibridização desse conhecimento no Brasil, de modo a refletir suas extensões.
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Paulo Freire foi um autor influente nos campos da Educação e da Psicologia, ao passo que Carl Rogers mencionou a obra "Pedagogia do Oprimido" para refletir os trabalhos terapêuticos grupais com minorias sociais exploradas. Objetivamos analisar teoricamente os métodos educacionais de Freire e Rogers, para estabelecer um diálogo comparativo entre ambos. Investigamos cada método conforme o seu objetivo, a problemática que lhe gerou e a operacionalização de sua proposta de aprendizagem. Estabelecemos, posteriormente, algumas interlocuções entre as duas perspectivas, ponderando suas convergências e divergências. Concluímos que ambos os métodos são ativos em suas propostas humanistas de aprendizagem pela experiência libertadora. Questionamos, entretanto, até que ponto um pode ser aplicado como ferramenta complementar do outro.
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Este artigo, de cunho ensaístico e histórico, objetiva revisitar didaticamente alguns aspectos presentes no contexto estadunidense de ideias psicanalíticas que influenciaram Carl Rogers, durante a composição da terapia centrada no cliente, nas décadas de 1920 - 1950. Rogers indicou, especificamente, influências das psicanálises neofreudianas de Otto Rank e Karen Horney. Destarte, disserta-se sobre os momentos históricos do surgimento da psicanálise nos EUA. Em seguida, aprofundam-se algumas concepções clínicas de Rank e Horney. Finalmente, demarca-se o que Rogers contatou e apropriou das ideias desses psicanalistas. Conclui-se que Rogers esteve atento aos debates psicoterapêuticos estadunidenses e que estes o ajudaram a compor elementos da terapia centrada no cliente. Apontam-se, finalmente, outras possibilidades de estudos sobre o legado de Rogers.