A sua pesquisa
Resultados 22 recursos
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Objetivamos compreender o processo formativo de psicólogos docentes de uma instituição pública de ensino superior situada na cidade de Vitória da Conquista, interior do estado da Bahia. A pesquisa foi orientada qualitativamente pelo método fenomenológico empírico de Amedeo Giorgi e foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro docentes. As experiências dos professores apontam para várias dificuldades relacionadas a: adequação da matriz curricular; distanciamento administrativo da sede localizada em Salvador; uma sobrecarga de trabalho, decorrente do número reduzido de docentes. Contudo, as experiências docentes demonstram significados positivos, especialmente do ponto de vista formativo e pessoal para lidar com o desenvolvimento local e institucional, dos aspectos relacionais proximais entre discentes e docentes e do retorno à terra natal. Concluímos, ainda, com o apontamento de pesquisas comparativas entre o processo formativo docente na capital e no interior, além de uma análise do Projeto Político Pedagógico e da matriz curricular do curso pesquisado para entender como ele se configura em suas especificidades na capital e no interior.
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Objetivamos analisar o estado corrente de produções sobre a formação do psicólogo nas bases SciELO e PePSIC, segundo uma revisão sistemática de 118 artigos, categorizados conforme ano, periódico, autoria, filiação, região, tipo de pesquisa, método e tema. Os resultados demonstram: aumento de produções nesta década; concentração de publicações na revista Psicologia: Ciência e Profissão; ampla variedade de autores e filiações, com proeminência de produções no sudeste; preponderância de metodologias empíricas que usam análise documental; prevalência de temáticas relacionadas à formação acadêmico-científica. Indicamos que existe uma dispersão sobre o que seria formação do psicólogo. Há muitos estudiosos que fazem incursões pontuais sobre o tema. Necessita-se de mais discussões sobre a formação nos interiores brasileiros, que atualmente concentram a maioria de alunos matriculados. Concluímos com um questionamento sobre as diferenças formativas de um psicólogo graduado na capital daquele educado em uma instituição interiorizada.
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Objetiva-se analisar as produções sobre a abordagem centrada na pessoa (ACP) segundo a sua circulação em periódicos brasileiros, nos anos de 2002 até 2014. Foi realizado uma revisão sistemática nas bases de dados eletrônicas do SciELO e do PePSIC, utilizando diversos descritores referentes a abordagem. Foram encontrados 58 artigos. Os resultados apontam para: constância de produções em 2005-2014; concentração de publicações em dois periódicos de orientação humanista; predominância de autores e universidades cearenses; produções desenvolvidas principalmente na região Nordeste; hegemonia de produções teóricas em sobreposição aos estudos empíricos; destaque dado para discussões clínicas e históricas; apropriação da Fenomenologia filosófica e empírica para desenvolver a ACP. A continuidade do movimento de ascensão/renascimento da ACP no Brasil é questionada. Em conclusão, este estudo oferece uma compreensão de certos aspectos ACP brasileira e aponta outras possibilidades de pesquisa sobre a sua circulação.
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Analisamos a relação de Carl Rogers com a Fenomenologia segundo uma perspectiva historiográfica que examina a ocorrência de citações e referências que ele fez a filósofos de orientação fenomenológica. As obras de Rogers foram organizadas em ordem cronológica de publicação e lidas conforme as técnicas de leitura seletiva e interpretativa. Rogers mencionou cinco filósofos de orientação fenomenológica: José Ortega y Gasset, Paul Tillich, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau-Ponty e Martin Heidegger. Destes, somente Heidegger é efetivamente trabalhado em um texto sobre o ensino e os demais filósofos procedem de indicações e citações de outros autores. Nos livros em que Rogers referencia esses filósofos não há nenhuma discussão sobre a Fenomenologia; porém, há textos em que Rogers disserta sobre a Fenomenologia sem citar fenomenólogos. A Fenomenologia que Rogers menciona não é a filosófica, a qual ele teve ressalvas, mas é um paradigma estadunidense de ciência empírica e estudos da personalidade. A despeito disso, desenvolve-se no Brasil um movimento pós-rogeriano de orientação filosófica fenomenológica. Ponderamos, finalmente, algumas observações sobre o que distingue o movimento brasileiro daquele paradigma contatado por Rogers nos EUA.
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Este artigo propõe apresentar, didaticamente, a História da Psicologia em Contexto como uma linha de pensamento que contribui para o desenvolvimento metodológico de pesquisas historiográficas. Essa perspectiva histórica circunscreve uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem um conhecimento psicológico e possibilitam suas extensões e apropriações em outros contextos, enaltecendo suas localidades e especificidades em relação a sua matriz. Descrevemos a História da Psicologia em Contexto em relação: às fundações teóricas que definem a sua linha de pesquisa; aos conceitos que adornam os estudos de um conhecimento psicológico, a saber, geografia intelectual central e periférica, recepção e indigenização; às suas implicações metodológicas. Por fim, consideramos as potencialidades da História da Psicologia em Contexto.
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Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.
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Objetivamos analisar a produção científica relacionada às Psicologias Humanista, Fenomenológica e Existencial na Pontifícia Universidade Católica - Campinas. Argumenta-se que essa instituição tem uma tradição histórica no desenvolvimento dessas perspectivas no Brasil. Por isso, definiu-se o Banco de Dissertações e Teses do Programa de Pós-Graduação dessa Universidade e o seu periódico, Revista Estudos de Psicologia (Campinas), como objetos de revisão sistemática. Foram categorizados e analisados 38 produções de Mestrado e Doutorado e 40 artigos, no período de 1997-2016. Os resultados sugerem que essas bases de dados são representativas ao estudo do perfil das produções naquela Universidade. As duas bases, por um lado, evidenciam uma tendência para enfoques em discussões clínicas; por outro, distinguem-se entre a predominância de produções empíricas, nas dissertações e teses, e produções teóricas, nos artigos. Considera-se, finalmente, a possibilidade realizar outras pesquisas que investiguem as diferentes manifestações institucionais acadêmicas da Psicologia Humanista, Fenomenológica e Existencial no Brasil.
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Esta pesquisa objetiva refletir aspectos relacionados à biografia de Abraham Maslow, seu projeto de Psicologia Humanista e o estado corrente de suas ideias no Brasil. Introduzimos, inicialmente, um esboço biográfico de Maslow. Depois, situamos a participação dele no desenvolvimento da Psicologia Humanista nos EUA. Posteriormente, apresentamos três investigações bibliográficas que analisam a recepção e a circulação das ideias de Maslow no Brasil: a primeira faz uma revisão narrativa em duas bases de dados; a segunda examina os livros de e sobre Maslow publicados no Brasil; a terceira minuta as ideias de Maslow em livros gerais de Psicologia e Administração. Evidenciamos que a vida e a obra de Maslow possibilitam uma articulação com a Psicologia Humanista, para a qual ele tinha propósitos definidos antes, durante e depois de sua ascensão. A Psicologia de Maslow é recebida parcialmente no Brasil e a circulação de suas ideias ocorre, hegemonicamente, em textos relacionados aos campos da Administração e da Psicologia Organizacional. Finalmente, apontamos outras possibilidades de pesquisas para desenvolver o legado de Maslow no cenário brasileiro.
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Neste artigo, objetivamos analisar a vinda de Carl Rogers ao Brasil com base em três momentos: antes, durante e depois de sua primeira visita, em 1977. Inicialmente, identificamos a ideia rogeriana de política como central ao seu pensamento. Depois, analisamos: as correspondências que antecederam e organizaram tal vinda; a proposta de intervenção psicológica-ideológica que Rogers expressou em uma entrevista à Revista Veja; os efeitos dessa visita, segundo os relatos de Rogers publicados, posteriormente, em suas obras. As ideias democráticas de Rogers serviram de justificativa para a sua vinda em plena Ditadura Militar. Contudo, elas foram assimiladas com ressalvas por alguns psicólogos brasileiros, conforme aportes críticos norteados, sobretudo, pelos ideais marxistas e freirianos. Desse movimento, emergiram outras perspectivas de ACP e algumas influências no desenvolvimento da Psicologia Comunitária. Concluímos que Rogers inspirou diversas Psicologias locais imersas em uma série de conjeturas críticas sobre o lugar de ideias políticas, passiveis de serem cooptadas e reconfiguradas, acriticamente, a partir de uma ótica capitalista voltada para a redemocratização do Brasil.
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É possível identificar, na teoria de Carl Rogers, diversas influências que merecem ser revisitadas. É sabido que ele foi um pensador atento ao contexto de ideias que afetaram a cultura acadêmica estadunidense. Tal atenção dialoga com a complexidade de diversas influências sobre sua obra. Este artigo objetiva analisar algumas ideias psicológicas e filosóficas que influenciaram Rogers. Entende-se que exerceram influências diretas no pensamento rogeriano: o Funcionalismo de John Dewey, Leta Hollingworth e Kurt Goldstein; e o Pragmatismo de John Dewey e William Kilpatrick. Segundo uma perspectiva metodológica histórica-crítica, elucida-se como cada perspectiva de influência se desenvolveu nos EUA, nas universidades de Chicago e de Columbia. Em seguida, identificam-se os aportes contatados e elaborados por Rogers de cada expoente mencionado. Constata-se que essas apropriações, embora pontuais, foram importantes para a circulação de Rogers no contexto acadêmico estadunidense. Contudo, incorre equívoco afigurar Rogers, exclusivamente, como um psicólogo funcionalista ou pragmatista, dado que ele não deu continuidade a essas perspectivas. O estudo, finalmente, destaca a necessidade de aprofundar investigações sobre outras bases históricas de influência na teoria rogeriana.
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Estudo teórico que aborda, em uma revisão narrativa, a noção rogeriana de consciência, relacionando-a com o seu contexto estadunidense de ideias psicológicas, procedente de William James, e a apropriação do legado de Carl Rogers no Brasil, a partir de uma estirpe fenomenológica. Nesse sentido, apresentamos as noções de consciência nas teorias de Carl Rogers, William James e Edmund Husserl. Em seguida, discutimos as controvérsias e as possibilidades que tal apropriação provoca no desenvolvimento brasileiro da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), em relação: aos aspectos funcionais e intencionais da consciência; as perspectivas empíricas e transcendentais da pessoa; as possibilidades de uma abordagem fenomenológica da ACP; as dimensões locais da ACP; ao risco de assumir uma postura avessa aos rogerianismos. Concluímos que essa reflexão problematiza e aprofunda elementos teóricos concernentes à Psicologia de Rogers; e compreende o desenvolvimento e a hibridização desse conhecimento no Brasil, de modo a refletir suas extensões.
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Paulo Freire foi um autor influente nos campos da Educação e da Psicologia, ao passo que Carl Rogers mencionou a obra "Pedagogia do Oprimido" para refletir os trabalhos terapêuticos grupais com minorias sociais exploradas. Objetivamos analisar teoricamente os métodos educacionais de Freire e Rogers, para estabelecer um diálogo comparativo entre ambos. Investigamos cada método conforme o seu objetivo, a problemática que lhe gerou e a operacionalização de sua proposta de aprendizagem. Estabelecemos, posteriormente, algumas interlocuções entre as duas perspectivas, ponderando suas convergências e divergências. Concluímos que ambos os métodos são ativos em suas propostas humanistas de aprendizagem pela experiência libertadora. Questionamos, entretanto, até que ponto um pode ser aplicado como ferramenta complementar do outro.
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Este artigo, de cunho ensaístico e histórico, objetiva revisitar didaticamente alguns aspectos presentes no contexto estadunidense de ideias psicanalíticas que influenciaram Carl Rogers, durante a composição da terapia centrada no cliente, nas décadas de 1920 - 1950. Rogers indicou, especificamente, influências das psicanálises neofreudianas de Otto Rank e Karen Horney. Destarte, disserta-se sobre os momentos históricos do surgimento da psicanálise nos EUA. Em seguida, aprofundam-se algumas concepções clínicas de Rank e Horney. Finalmente, demarca-se o que Rogers contatou e apropriou das ideias desses psicanalistas. Conclui-se que Rogers esteve atento aos debates psicoterapêuticos estadunidenses e que estes o ajudaram a compor elementos da terapia centrada no cliente. Apontam-se, finalmente, outras possibilidades de estudos sobre o legado de Rogers.
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Tese dividida em quatro estudos, cujo eixo central é o entendimento de que toda Psicologia é local e expressa em seu respectivo contexto de desenvolvimento uma hibridização que depende dos seus processos históricos de recepção e circulação. Aplicou-se esse entendimento ao argumento de que a Psicologia Humanista de Carl Rogers, em seu desenvolvimento nos EUA e no Brasil, foi sensível a esses processos, havendo especificidades que os distinguem em cada localidade. A perspectiva que se escolheu para investigar tal argumento ocorreu mediante as relações da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) com a Fenomenologia. Ressalta-se que todos os estudos são independentes, entretanto cada qual versa historicamente essa perspectiva ao seu modo. O primeiro estudo tem um cunho teórico sobre a noção de recepção e circulação e suas implicações para pesquisas históricas em Psicologia. O segundo estudo se inspira na abordagem historiográfica de Josef Broek para analisar as diversas relações que Rogers estabeleceu com a Fenomenologia. Para isso, o estudo 2 se divide em duas análises: a primeira levanta o número de filósofos citados e referenciados por Rogers ao longo de suas obras; a segunda examina sete momentos relacionais de Rogers com o movimento de recepção da Fenomenologia pela Psicologia estadunidense, nas décadas de 1940- 1960. Rogers, efetivamente, somente citou e referenciou 1 fenomenólogo, Martin Heidegger. A Fenomenologia que Rogers menciona não é a filosófica, que ele viu com ressalvas, mas é um paradigma estadunidense de ciência empírica e de estudos da personalidade. O terceiro estudo, novamente inspirado pela historiografia de Broek, divide os momentos de recepção da Psicologia Humanista de Rogers no Brasil, de 1945 a 1990, analisa as obras rogerianas traduzidas para o português brasileiro, nos anos de 1970-2000, e realiza um levantamento bibliográfico para entender o tipo de ACP que circula em periódicos brasileiros, de 2002 até 2014. Os resultados do estudo 3 apontam que: a ACP de orientação fenomenológica se estabeleceu em um período de crise, no final da década de 1980; atualmente, há uma escassez de produção de artigos sobre Rogers; existe uma hegemonia de produções teóricas e clínicas; a ACP brasileira se distingue da ACP de Roger por concretizar uma relação com a filosofia fenomenológica europeia em suas discussões teóricas. O quarto estudo reflete, a recepção e circulação da noção rogeriana de consciência na ACP brasileira de linhagem fenomenológica. Aponta-se para o cenário brasileiro, onde existe uma tensão epistemológica em aproximar da Psicologia Humanista de Rogers a Fenomenologia, pois a ideia rogeriana de consciência procede de uma base pragmatista-funcionalista que difere do esteio fenomenológico; entretanto, historicamente, é possível entender essa relação em termos de um desenvolvimento local. No transcurso dos estudos, concluiu-se que há uma série de potencialidades teórico-conceituais na aproximação da ACP com a Fenomenologia. A atitude historiográfica sobre essa relação possui, em seu cerne, um aspecto compreensivo as dimensões locais que afetam historicamente a Psicologia Humanista de Rogers e a ACP brasileira.
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Objetiva-se analisar as produções de Psicodrama em periódicos brasileiros. O método utilizado foi a revisão sistemática de literatura sobre 98 artigos, publicados em 1996-2014, organizados nas seguintes categorias: ano, tipo de produção, área de discussão, periódico e filiação institucional. Os resultados demonstram: intensificação de produções em 2011-2014, predominância de artigos teóricos, hegemonia de discussões clínicas, concentração de publicações em um periódico e ampla difusão de filiações nacionais e estrangeiras relacionadas aos autores que produziram artigos sobre o Psicodrama. Conclui-se que o Psicodrama tem circulado em meios de divulgação acadêmica no Brasil, ampliando a herança de Jacob Moreno concernente à interface entre conhecimento prático e conhecimento científico.
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Este artigo realiza um estudo comparativo entre duas perspectivas de métodos qualitativos - a análise de conteúdo (AC) e o método fenomenológico empírico (MFE). O intuito de comparar ambos os métodos ocorre mediante o argumento de que eles surgiram historicamente no mesmo Zeitgeist de debates metodológicos, oriundos da Escola de Chicago. Esta representou uma corrente de contendas sobre a elaboração de perspectivas metodológicas de pesquisa qualitativa, em alternância às clássicas e instituídas vertentes de pesquisa quantitativa, respaldada pelo paradigma positivista. Esquematizam-se os percursos históricos e os procedimentos da AC de Laurence Bardin e do MFE de Amedeo Giorgi. Discutem-se os seguintes pontos de interlocução: (1) a ênfase na ação humana investida de significados como crítica à neutralidade científica; (2) a vinculação filosófica; (3) a forma de concepção e tratamento do objeto de estudo; (4) a questão do primeiro contato com o material transcrito; (5) a divisão do texto em unidades analíticas; e, (6) o anteparo empírico que norteia a categorização. Conclui-se que o campo das Ciências Sociais e Humanas, no qual a Psicologia se insere, é constituído por uma diversidade de perspectivas metodológicas que requer constantemente revisões, elucidações e delimitações sobre os seus modos de fazer pesquisa.
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Jean Piaget foi um pesquisador que contribuiu para o desenvolvimento da ciência psicológica. Este artigo propõe a análise de uma contribuição deste pensador para o desenvolvimento metodológico na pesquisa epistemológica em Psicologia, através do método histórico-crítico. Este se circunscreve em uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem a referência objetiva de um conhecimento científico para compreender e retraçar sua evolução em um caráter interno, ao interior da própria ciência em questão, e externo, que vincula a ciência enfocada a um contexto sócio-histórico. Descreve o método em suas: condições de uso, gênese e lógica de aplicação. Apresenta um exemplo e, finalmente, aponta as possibilidades e limites do método histórico-crítico.
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O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de publicações da revista Memorandum: memória e história em psicologia (MMHP), em seus dez anos de existência, de modo a refletir suas variabilidades de publicações em fenomenologia. As análises foram efetuadas com base em um levantamento bibliográfico que selecionou todas as publicações com descritores concernentes a fenomenologia. Essas foram organizadas em: ano de publicação; autor(es); caráter (teórico ou empírico); tema abordado; e perspectiva de fenomenologia. Foram elaboradas categorias analíticas do perfil fenomenológico da revista. Os dados demonstram que a MMHP possui: (1) um fluxo homogêneo de publicações em fenomenologia; (2) uma tendência para discussões teóricas em fenomenologia; (3) uma perspectiva fortemente husserliana; (4) um perfil interdisciplinar de discussões entre fenomenologia-filosófica, psicologia fenomenológica e memória-história da fenomenologia. O conhecimento documentado na MMHP permite afirmar que a revista possui critérios que a qualificam como um periódico relevante para o desenvolvimento da Psicologia fenomenológica brasileira.
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