A sua pesquisa
Resultados 36 recursos
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Recently, several historical studies have been conducted on the institutionalization of psychology in Latin America using, among other sources, serialized primary data sources, such as scientific journal articles and undergraduate curricula. In this context, the present study describes and analyzes the characteristics of publications from the Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (ABP) [Brazilian Archives of Psychotechnics] during its existence from 1949 to 1968. It was elected because was one of the first Brazilian psychology journals; its editorial board was involved in the application of psychology and its legal regulation. Methodologically, this study is a historiographical investigation that used bibliometric strategies and different software for data analysis. The results of this investigation indicate that ABP played the dual role of a scientific journal and newsletter. In addition, a concentration of articles was found among some authors, with Emilio Mira y López being the most productive. Although there was a predominance of male authors, both genders showed similar publication frequency. The results help to understand the institutionalization of the scientific-professional field of Brazilian psychology.
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Este estudo objetiva analisar as teses educacionais de Carl Rogers. Inicialmente, argumenta que Rogers pensou o fenômeno da Educação desde a sua formação em Psicologia até os seus trabalhos clínicos de aconselhamento e psicoterapia e intervenções educacionais e grupais. Em seguida, apresenta uma estratégia metodológica de pesquisa bibliográfica e conceitual que seleciona e distribui os textos rogerianos, ao longo de quatro fases de pensamento, compreendidas de 1928 a 1987, de modo a: mapear os principais conceitos/ideias educacionais presentes nos escritos de Rogers; levantar as teses educacionais que ele indicou, contestou e propôs; e, sintetizá-las em um esquema. A partir disso, foi possível elaborar interpretações referentes: às aplicações do método educacional rogeriano; às percepções de Rogers sobre o ambiente educacional; aos objetivos do método educacional rogeriano; à sua teleologia metodológica. Conclui-se que as teses educacionais de Rogers não podem ser encaradas como estagnadas, pois ele teceu reflexões críticas sobre a Educação em variados momentos da construção de sua teoria/prática e se esforçou para ultrapassar as limitações impostas pelas instituições de ensino ao vislumbrar possibilidades de aprendizagens significativas.
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We aim to reflect on how the INEP’s censuses may provide a criterion to analyze the professional education of psychologists in Brazil. We established a methodological strategy based on bibliographic-research and document analysis. We contextualized the INEP’s emergence and its logic of establishing higher education census through the figures of Lourenço Filho and Anísio Teixeira, their stays at Columbia University and appropriations of psychological, educational and administrative ideas. We examed such censuses, between 1940-2010, to understand the educational expansionism and professional education of psychologists. In the 2020 census, we observe: predominance of private courses over public ones; educational expansion in inland courses; expression of a commodified Psychology; discrepancy between the Bachelor’s and the Teaching License Degree in the education of psychologists; equivalence and reduced offers of Psychology Degree courses in public and private education. We conclude that the analysis undertaken helps to understand the psychologist professional education field in its historical, political, statistical, social and educational nuances.
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Este artigo analisa os programas universitários de pesquisas em intervenções clínicas voltadas à mudança da personalidade, desenvolvidos por Rogers. No Brasil, esse legado científico é pouco difundido pela falta de tradução de suas obras metodológicas. Apresenta como ele estruturou o programa em Chicago e, depois, avaliou sua terapia com pessoas esquizofrênicas em Wisconsin. Reflete as repercussões disso na carreira e no pensamento de Rogers. Aponta que esse legado é desenvolvido fora do Brasil e inspirou algumas correntes comportamentais e cognitivistas. Porém, nacionalmente, predomina outro legado experiencial-relacional, que restringe a herança científica de Rogers. Considera alguns caminhos para ampliar pesquisas rogerianas.
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Objetivou-se revisitar a relação de Rogers com o movimento de recepção da Fenomenologia na Psicologia estadunidense, empregando a noção historiográfica de recepção para investigar o que foi contatado por ele, em seus aspectos históricos internalistas e externalistas. Baseados nas menções de Rogers à Fenomenologia, identificaram-se sete momentos característicos de tal relação, entre 1940-1970. Como resultado, foi constatado que a Fenomenologia que Rogers menciona não é a oriunda da Filosofia europeia, mas advém de um paradigma de ciência alternativo ao positivismo hegemônico no behaviorismo. No contexto clínico, Rogers percebeu implicações desse movimento para o desenvolvimento de pesquisas e intervenções sobre o self. No campo filosófico, ele esboçou uma teoria do conhecimento baseada na experiência tácita e pré-conceitual. Na pesquisa, ele foi simpático ao desenvolvimento de investigações fenomenológicas empíricas, mas não chegou a desenvolver uma. Conclui-se que a Filosofia fenomenológica não influenciou diretamente Rogers, mas o movimento fenomenológico na Psicologia estadunidense sim.
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A História da Psicologia é considerada um campo de pesquisas, discussões, ensino e formação profissional, que tem se propagado e circulado, no Brasil e em outros países, a partir de várias manifestações culturais acadêmicas. Este artigo descreve e analisa produções brasileiras em História da Psicologia, segundo uma análise bibliométrica de artigos publicados de 1996 a 2019. Obtivemos 112 textos em que os dados foram categorizados em três grandes grupos: perfil dos autores; características da produção; e aspectos dos estudos. Os resultados indicam preponderância de autor principal feminino e, independentemente do gênero, há prevalência de doutores como primeiro autor, com predominante filiação institucional do Sudeste. As produções versam, principalmente, sobre temas como Educação, História dos Saberes Psicológicos e Política. Por fim, os resultados sugerem um uso pouco uniforme do termo “história da psicologia”, que vem ligado tanto a trabalhos propriamente historiográficos quanto a estudos que fazem “históricos” ou “introdução/conceitualização” de temáticas, bem como a ocorrência de títulos, resumos e palavras-chave pouco precisos.
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Este ensaio objetiva refletir os aspectos epistemológicos, históricos e contemporâne-os do serviço de plantão psicológico. Situa o campo do plantão psicológico de modo a pensá-lo a partir da ideia de um serviço, e não uma abordagem ou área. Indica os aspectos epistemoló-gicos do serviço pelo surgimento do campo do aconselhamento psicológico, pela transição da Psicologia experimental para a Psicologia aplicada, norteada pelos saberes funcionalistas, psi-cométricos e personalistas, em que Carl Rogers foi determinante na proposição de uma inter-venção não-diretiva. Disserta como o aconselhamento não-diretivo foi recebido no Brasil e se institucionalizou como disciplina e prática de estágio em centros de formação em Psicologia, transformando-se no serviço de plantão psicológico, havendo (des)continuidades em relação à modalidade anterior. Pondera alguns aspectos contemporâneos do plantão psicológico ao reconhecer que ele: está restrito a uma prática universitária de prestação de serviço que, ainda, precisa ser consolidada no campo profissional; requer mais discussões em relação as suas apli-cações on-line, avaliações e apropriações pela abordagem cognitiva-comportamental. Conclui que essa reflexão reapresenta o plantão psicológico em seu passado, presente e futuro.
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Este artigo objetiva refletir os limites da ideia de consideração positiva incondicional como uma epoché, de modo questionar o que é suspenso. Para isso, apresenta as noções husserliana de epoché e rogeriana de consideração positiva incondicional. Depois, situa as origens das apropriações da epoché pela clínica fenomenológica e pela abordagem rogeriana. Posteriormente, desenvolve reflexões que demarcam alguns limites entre essas atitudes. Conclui que a consideração positiva incondicional poderia ser a suspensão dos juízos que procedem dos afetos de simpatia, apatia e antipatia. Em uma meta-teoria, isso serve para descrever o procedimento de escuta não-diretiva sem julgamentos, a qual parte da assimilação de uma visão de mundo oriunda da Fenomenologia, mas não se trata de uma Fenomenologia pura, filosofia fenomenológica ou Psicologia Fenomenológica. A consideração positiva incondicional é uma atitude de escuta que se desenvolveu fora do método fenomenológico e não precisa ser legitimada pela epoché, não propõe nenhuma redução, não suspende a crença na tendência à autorrealização e sua suspensão não é fenomenológica.
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Este artigo objetivou analisar a organização do ensino da disciplina de História da Psicologia, baseando-nos em cursos de graduação em Psicologia, no estado do Mato Grosso do Sul. Inicialmente, inventariaram-se as instituições que possuem cursos de Psicologia, acessando os seus sites e aplicando questionários aos seus coordenadores. Em seguida, organizaram-se algumas características gerais dos cursos e das instituições anuentes. Posteriormente, discutiu-se como o ensino da História da Psicologia auxilia na formação de estudantes, introduzindo-os ao estudo da Psicologia e às suas contendas científicas e profissionais. Ele contribui, com críticas, ao que se empreende no presente, embora apresente dificuldades de proporcionar algo introdutório mesclado a reflexões avançadas em uma disciplina. Por fim, observou-se que ele pode ser alocado e articulado com outras disciplinas, fazendo interface com os domínios da Ontologia, Epistemologia, Lógica e Ética.
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This study aims to analyze the fundamental aspects of training and intervention processes of professionals intending to work in emergency psychological services. Based on a person-centered approach and phenomenology, we consider the psychologist’s openness and presence in the relationship as fundamental to dealing with their own alterity and the alterity of the patient seeking help. We highlight empathy as a way for psychologists to make themselves present and available to decenter and focus on the other. This decentralization can only occur if the psychologist can connect to the present and to what is occurring with themselves, with the other, and especially with the relationship. We conclude, therefore, that emergency psychological service requires being open to the uniqueness of the present and putting the prescriptions of psychotherapy handbooks aside, although without denying them.
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Objetivamos compreender o processo formativo de psicólogos docentes de uma instituição pública de ensino superior situada na cidade de Vitória da Conquista, interior do estado da Bahia. A pesquisa foi orientada qualitativamente pelo método fenomenológico empírico de Amedeo Giorgi e foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro docentes. As experiências dos professores apontam para várias dificuldades relacionadas a: adequação da matriz curricular; distanciamento administrativo da sede localizada em Salvador; uma sobrecarga de trabalho, decorrente do número reduzido de docentes. Contudo, as experiências docentes demonstram significados positivos, especialmente do ponto de vista formativo e pessoal para lidar com o desenvolvimento local e institucional, dos aspectos relacionais proximais entre discentes e docentes e do retorno à terra natal. Concluímos, ainda, com o apontamento de pesquisas comparativas entre o processo formativo docente na capital e no interior, além de uma análise do Projeto Político Pedagógico e da matriz curricular do curso pesquisado para entender como ele se configura em suas especificidades na capital e no interior.
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Objetivamos analisar o estado corrente de produções sobre a formação do psicólogo nas bases SciELO e PePSIC, segundo uma revisão sistemática de 118 artigos, categorizados conforme ano, periódico, autoria, filiação, região, tipo de pesquisa, método e tema. Os resultados demonstram: aumento de produções nesta década; concentração de publicações na revista Psicologia: Ciência e Profissão; ampla variedade de autores e filiações, com proeminência de produções no sudeste; preponderância de metodologias empíricas que usam análise documental; prevalência de temáticas relacionadas à formação acadêmico-científica. Indicamos que existe uma dispersão sobre o que seria formação do psicólogo. Há muitos estudiosos que fazem incursões pontuais sobre o tema. Necessita-se de mais discussões sobre a formação nos interiores brasileiros, que atualmente concentram a maioria de alunos matriculados. Concluímos com um questionamento sobre as diferenças formativas de um psicólogo graduado na capital daquele educado em uma instituição interiorizada.
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Objetiva-se analisar as produções sobre a abordagem centrada na pessoa (ACP) segundo a sua circulação em periódicos brasileiros, nos anos de 2002 até 2014. Foi realizado uma revisão sistemática nas bases de dados eletrônicas do SciELO e do PePSIC, utilizando diversos descritores referentes a abordagem. Foram encontrados 58 artigos. Os resultados apontam para: constância de produções em 2005-2014; concentração de publicações em dois periódicos de orientação humanista; predominância de autores e universidades cearenses; produções desenvolvidas principalmente na região Nordeste; hegemonia de produções teóricas em sobreposição aos estudos empíricos; destaque dado para discussões clínicas e históricas; apropriação da Fenomenologia filosófica e empírica para desenvolver a ACP. A continuidade do movimento de ascensão/renascimento da ACP no Brasil é questionada. Em conclusão, este estudo oferece uma compreensão de certos aspectos ACP brasileira e aponta outras possibilidades de pesquisa sobre a sua circulação.
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Analisamos a relação de Carl Rogers com a Fenomenologia segundo uma perspectiva historiográfica que examina a ocorrência de citações e referências que ele fez a filósofos de orientação fenomenológica. As obras de Rogers foram organizadas em ordem cronológica de publicação e lidas conforme as técnicas de leitura seletiva e interpretativa. Rogers mencionou cinco filósofos de orientação fenomenológica: José Ortega y Gasset, Paul Tillich, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau-Ponty e Martin Heidegger. Destes, somente Heidegger é efetivamente trabalhado em um texto sobre o ensino e os demais filósofos procedem de indicações e citações de outros autores. Nos livros em que Rogers referencia esses filósofos não há nenhuma discussão sobre a Fenomenologia; porém, há textos em que Rogers disserta sobre a Fenomenologia sem citar fenomenólogos. A Fenomenologia que Rogers menciona não é a filosófica, a qual ele teve ressalvas, mas é um paradigma estadunidense de ciência empírica e estudos da personalidade. A despeito disso, desenvolve-se no Brasil um movimento pós-rogeriano de orientação filosófica fenomenológica. Ponderamos, finalmente, algumas observações sobre o que distingue o movimento brasileiro daquele paradigma contatado por Rogers nos EUA.
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Este artigo propõe apresentar, didaticamente, a História da Psicologia em Contexto como uma linha de pensamento que contribui para o desenvolvimento metodológico de pesquisas historiográficas. Essa perspectiva histórica circunscreve uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem um conhecimento psicológico e possibilitam suas extensões e apropriações em outros contextos, enaltecendo suas localidades e especificidades em relação a sua matriz. Descrevemos a História da Psicologia em Contexto em relação: às fundações teóricas que definem a sua linha de pesquisa; aos conceitos que adornam os estudos de um conhecimento psicológico, a saber, geografia intelectual central e periférica, recepção e indigenização; às suas implicações metodológicas. Por fim, consideramos as potencialidades da História da Psicologia em Contexto.
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Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.
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