A sua pesquisa
Resultados 109 recursos
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O objetivo desta pesquisa foi analisar as concepções de corpo difundidas nas produções referentes à Educação Física escolar. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa, para a qual foram selecionados artigos científicos, publicados nos portais da CAPES, SciELO e BVS, entre os anos 2009 e 2019. Estabelecidos os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionadas 36 pesquisas empíricas. Os dados revelam que não há um consenso sobre a concepção de corpo. Percebe-se que a maioria dos pesquisadores o considera como uma construção sociocultural, porém não há explicitação da concepção acerca da relação de unidade corpo-mente. Por outra perspectiva, a maioria dos participantes das pesquisas ainda apresenta concepções de corpo biológicas e/ou dicotômicas. Nesse sentido, os dados sugerem a necessidade de mais investigações e intervenções sobre a relação entre Educação Física e corpo, especialmente na prática pedagógica.
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No mundo gerido pelas relações de trabalho, a escolha por realizar um curso após a conclusão da graduação vislumbra possíveis perspectivas em termos profissionais. Fundamentada na Psicologia Histórico-Cultural, a pesquisa aqui apresentada teve como objetivo conhecer os motivos relatados por estudantes de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para o ingresso no curso. De caráter quali-quanti, o estudo envolveu aplicação de questionário on-line, pela Plataforma SurveyMonkey, respondido por 374 estudantes de 36 programas de mestrado e doutorado. A análise de dados foi realizada por meio do Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e da análise de conteúdo e propiciou a organização das respostas em quatro eixos de análise: a) Carreira acadêmica; b) Qualificação profissional para inserção no mercado de trabalho e aumento salarial; c) Aprofundar conhecimentos / Pesquisa, d) Questões pessoais/ Falta de opção. Os processos de aprendizagem e desenvolvimento precisam ser compreendidos e mediados por ações pedagógicas intencionalmente elaboradas e destinadas a esse público na universidade. Além disso, o motivo gerador de sentido para a realização de um mestrado ou doutorado precisa vincular-se ao significado social da pós-graduação de modo ampliado, visando à formação e à emancipação humana.
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Este trabalho procura discutir narrativas de professoras sobre as relações interpessoais que engendram o processo de (re)produção das queixas escolares. Para tanto, sustentou-se nos pressupostos da psicologia histórico-cultural fundamentada no materialismo histórico-dialético. Os caminhos trilhados seguem os do estudo do tipo etnográfico, com a observação participante articulada à promoção de entrevista. Os resultados indicam elementos que tendem a reproduzir as visões simplificadoras e unilaterais que incidem no processo de naturalização e individualização das dificuldades escolares. Percebeu-se a coexistência da necessidade de considerar as mediações e as contradições envolvidas nas inter-relações forjadas entre escola, estudante e família, em condições histórico-sociais concretas.
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Este artigo apresenta uma análise das primeiras experiências de escolarização de crianças com deficiência nos séculos XVIII, XIX e início do século XX, por meio dos trabalhos de Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780), Jean Marc Gaspard Itard (1774-1838), Edouard Séguin (1812-1880) e Maria Montessori (1870-1952), identificando pressupostos metodológicos que contribuíram para a constituição da área da Educação Especial e da Psicologia. Trata-se de uma pesquisa histórica que considera a produção teórica na área da educação especial e da psicologia, contemplando a leitura e a análise de livros, artigos, teses, dissertações e, principalmente, textos e obras completas de autoria dos educadores pesquisados. As análises apontaram que, ao proporcionarem condições de aprendizagem e desenvolvimento para crianças com deficiência, os trabalhos desses educadores contribuíram para a constituição histórica da educação especial, bem como apresentam as raízes do processo hoje denominado de inclusão social.
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Por volta do ano de 1907, Alfred Adler descreveu pela primeira vez o conceito de compensação ao expor sua teoria sobre o sentimento de inferioridade. Para ele, o estudo sobre a compensação psíquica foi o ponto de partida para novas questões sobre as relações entre indivíduo, família, sociedade, corpo e alma no âmbito da psicologia individual. No que se refere especificamente à deficiência, pode-se dizer que sua teoria permitiu criar novos caminhos para que fossem superadas as concepções pautadas na perspectiva da insuficiência, para se pensar em uma relação desenvolvimento-aprendizagem mais efetiva. Para tanto, objetiva-se, neste artigo, baseado em pesquisa de cunho histórico, de natureza documental, tendo como principal fonte de dados os escritos de Adler, apoiados por alguns de seus comentadores, apresentar um estudo sobre a teoria adleriana, o conceito de compensação e sua importância para a psicologia da educação, particularmente no que diz respeito à compreensão da deficiência e à intervenção pedagógica.
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No início do século XIX, Jean Marc-Gaspard Itard, realizou intervenções pedagógicas com um menino encontrado nos bosques do sul da França. Dessas experiências foram redigidos dois relatórios. Tomando-os como base, o objetivo central deste artigo é relatar uma pesquisa histórica, de base documental, que discute as contribuições de Itard sobre as relações entre educação, aprendizagem e desenvolvimento na constituição do homem como ser histórico e cultural. Buscou-se articular três diferentes níveis de análise: o nível interno, que se refere aos conceitos, pressupostos e métodos, relacionados à obra de Itard; a base epistêmico-metodológica adotada pelo autor e a articulação entre seu trabalho e a realidade histórico-social em que viveu. Por meio de sua obra é possível refletir, entre outras questões, sobre a fragilidade e a importância do vínculo entre educando e educador, as concepções do educador que determinam sua prática pedagógica e como a comunicação se faz presente nos processos educativos.
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A pesquisa histórica sobre Psicologia Educacional e Escolar no Brasil ainda é insipiente ante a historiografia de outros campos do conhecimento psicológico. Abordagens biográficas, por exemplo, são ainda mais escassas. A fim de contribuir para suprir a lacuna, este artigo apresenta elementos históricos da trajetória de Eulália Henriques Maimone: professora, pioneira e protagonista na área de Psicologia Educacional e Escolar em Minas Gerais (Triângulo Mineiro), com seu trabalho na Universidade Federal de Uberlândia. O estudo recorreu à entrevista do tipo "história de vida" - própria da metodologia da História Oral. A entrevistada foi a primeira formadora de psicólogos em Psicologia Educacional e Escolar, além de fundar a representação estadual da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional na região. Os primeiros anos de atuação, os desafios e os enfrentamentos por que ela passou ilustram o reconhecimento e a criação de espaços de discussão e aprimoramento dessa área da psicologia.
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Este artigo tem a finalidade de expor o percurso histórico da Psicologia no Brasil na perspectiva da tridimensionalidade do tempo, entendendo que a apreensão de sua concreticidade implica a compreensão do passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão da historicidade da Psicologia no Brasil como construção social, neste texto, tem como foco a análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos de qualidade no desenvolvimento da Psicologia, quer como conhecimento, quer como prática. Serão apresentadas, para cada período da história da Psicologia no Brasil, uma breve descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas teóricas, sejam práticas, que revelam suas contradições, sobretudo o confronto das concepções coexistentes em um mesmo tempo histórico, que demonstram o processo constitutivo dos saberes psicológicos e da Psicologia no Brasil a partir de distintos posicionamentos sociopolíticos e epistemológicos. Busca-se contribuir para a compreensão da constituição da Psicologia no Brasil a partir da dinâmica engendrada pelas e nas contradições históricas dessa área do saber, entendida como construção eminentemente social.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (44)
- Livro (5)
- Seção de livro (60)
Ano de publicação
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Entre 1900 e 1999
(14)
- Entre 1980 e 1989 (2)
- Entre 1990 e 1999 (12)
- Entre 2000 e 2025 (95)