A sua pesquisa
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O conhecimento do índio brasileiro, adquirido pelos missionários jesuítas através da convivência quotidiana, norteada pelo objetivo da evangelização, transmitido e difundido através da correspondência epistolar foi, sucessivamente, organizado em tratados e informes. Nesses documentos o conhecimento do outro, adquirido pela experiência direta, é filtrado pelo crivo da visão antropológica da teologia católica e da filosofia da época (especialmente, da visão elaborada pelos teólogos e pelos filósofos aristotélico-tomistas da Companhia de Coimbra e em Roma). As proposições acerca do índio brasileiro, inspiradas nestes referenciais teóricos, comparadas com os resultados concretos da ação evangelizadora, não definem um modelo unívoco. Com efeito, contradições, dúvidas, revisões estão presentes na representação que o pensamento jesuíta constrói acerca do índio e do mundo social deste. No presente trabalho, serão analisados os documentos mais importantes produzidos pelos religiosos, significativos para a descrição da 'realidade' do índio brasileiro, assim como esta aparece aos olhos dos europeus.
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Il lavoro si occupa del tema della elezione in alcuni documenti che fanno parte del corpo delle litterae Indipetae, scritte da giovani gesuiti durante il sedicesimo ed il diciassettesimo secolo, per richiedere al Padre Generale della Compagnia di Gesù l’autorizzazione per l’invio nelle missioni ultramarine. Si è cercato di capire attraverso la trascrizione e l’analisi delle lettere, contenute nell’Archivio romano della Compagnia, gli aspetti psicologici riguardanti il processo decisorio che portava alla richiesta ufficiale di invio in missione. Ne risulta che, secondo il punto di vista espresso dagli autori delle lettere, la decisione è frutto di un forte desiderio sperimentato di diventare missionario. A sua volta, tale desiderio si lega al riconoscimento della specifica vocazione religiosa gesuitica e alla considerazione del destino ultimo della vita umana in quanto tale. Il processo motivazionale, che è di natura spirituale, ed è guidato e sostenuto dalla lettura di opere di spiritualità come per esempio quelle di Loyola, il fondatore della Compagnia, si innesta su una dinamica psicologica definita e descritta secondo la prospettiva aristotelico-tomista.
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O caratê é uma prática de luta com origens incertas quanto ao tempo, mas com acentuado desenvolvimento na ilha de Okinawa do arquipélago nipônico. Doravante praticado às escondidas, tornou-se público no século XX através de Gichin Funakoshi. Funakoshi denominou-o karate-do, “o caminho das mãos vazias”, dando um caráter doutrinário à arte que deveria servir ao desenvolvimento da personalidade e não somente como mera forma de lutar. No Brasil, apesar do grande número de praticantes, a compreensão daquilo que era enfatizado por Funakoshi é dificultada pelas profundas lacunas culturais em relação aos japoneses. Procura-se fazer um resgate teórico das idéias psicológicas e morais próprias do caratê sob a luz dos paradigmas culturais de maior influência no pensamento de Funakoshi. Depreende-se claramente a influência do confucionismo e bushido, por sua vez influenciado pelo Zen-Budismo, que permitem compreender o pensamento de Funakoshi acerca da moralidade e atitude mental.
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O trabalho aborda a discussão das relações entre memória e história nas áreas da história da psicologia e da história da ciência. Num primeiro momento, aprofunda-se o estudo destas relações nas diversas perspectivas epistemológicas da historiografia moderna – sobretudo no que diz respeito à questão da produção do documento histórico. Num segundo momento, mostra-se a existência das referidas relações através de exemplos inerentes a trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela autora. Evidencia-se que a prática e a experiência quotidiana encurtam as distâncias entre os campos da história e da memória. Com efeito, a determinação explícita dos sujeitos históricos de preservar a memória das experiências vividas, permite a constituição de acervos importantes para a pesquisa historiográfica.
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Iniciaremos nesta revista a publicação do curso de introdução à historiografia da psicologia ministrado pelo Professor Doutor Josef Brožek no curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, da USP de Ribeirão Preto, em maio de 1996.
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O objetivo deste trabalho é o estudo das relações entre identidade pessoal e social, tempo e profecia assim como se delineiam em algumas obras de Padre Antônio Vieira. Escolhemos analisar a produção deste autor no período compreendido entre 1640 e 1661 e neste âmbito nos detemos sobre textos especialmente significativos no que diz respeito à afirmação das concepções acerca do homem, do tempo e da história. A análise enfoca as relações implicadas entre sentido do tempo e da história, horizonte escatológico, sentido da identidade pessoal e histórica do sujeito.
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O trabalho retoma as concepções acerca do corpo e do homem como unidades psicossomáticas, formuladas ao longo da tradição ocidental, na Grécia clássica, na concepção judaico-cristã, na Idade Média, na Idade Moderna e no Brasil colonial. Trata-se de abordagens da questão do corpo humano que, numa perspectiva não cartesiana, concebem-no em sua peculiaridade de corpo humano – como intrinsecamente dotado de dimensões anímicas, espirituais e políticas. Evidencia-se como na pregação do Brasil colonial a palavra do pregador pretende ter uma ação peculiar de intervenção no que diz respeito ao corpo humano em todas as suas dimensões. A palavra, em sua conotação revelativa do mundo real, é concebida como o “farmaco” eficaz e definitivo para o bem dos corpos individuais animados pela alma racional, bem como dos corpos sociais animados pela vida do espírito de Deus – que ao mesmo tempo cria a comunidade eclesial (o corpo místico) e a comunidade política (a Res-pública: corpo do Rei e corpo do povo). Posteriormente, Descartes com seu racionalismo, inaugurará a visão dualista que está nas origens da psicologia moderna, pela qual o corpo será reduzido às dimensões da matéria e do movimento. Por fim, assinala-se que a reconstrução histórica das concepções do corpo ao longo do tempo e em diversos contextos geográficos e culturais, somente se faz possível pela existência de um corpo histórico: o corpo documental.
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The evolution of the historiography of psychology in Brazil is surveyed, to describe how the field has evolved from the seminal works of the pioneer, mostly self-taught, psychologists, to the now professional historians working from a variety of theoretical models and methods of inquiry. The first accounts of the history of psychology written by Brazilians and by foreigners are surveyed, as well as the recent works made by researchers linked to the Work Group on the History of Psychology of the Brazilian Association of Research and Graduate Education in Psychology and published in periodicals such as Memorandum and Mnemosine. The present historiography focuses mainly the relationship of psychological knowledge to specific social and cultural conditions, emphasizing themes such as women's participation in the construction of the field, the development of psychology as a science and as a profession in education and health, and the development of psychology as an expression of Brazilian culture and of the experience of resistance of local communities to domination. To reveal this process of identity construction, a cultural historiography is an important tool, coupled with methodological pluralism.
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O artigo aborda a relação entre psicologia e cultura na perspectiva dos estudos históricos, a partir do pressuposto de que a história dos saberes psicológicos na cultura brasileira pode contribuir na compreensão desta relação, uma vez que, proporciona uma melhor fundamentação cultural e social da psicologia. Pretende-se aprofundar a compreensão das relações entre Processos Psicológicos e Fenômenos Culturais. Para realizar este percurso, será necessário esclarecer o que entendemos por psicologia e por cultura. Para refletir sobre essa relação, analisaremos as posições formuladas por autores da filosofia moderna e contemporânea, as posições de autores da história da psicologia moderna e a de outros que marcam atualmente a formação dos psicólogos no Brasil e no mundo. Se toda cultura é o âmbito dos significados que os homens atribuem à existência e à realidade, então ela contém também os significados da própria vida psíquica: há maneiras de significar os fenômenos psíquicos específicos de uma determinada cultura e que podem ser iguais ou diferentes em outras culturas. Conclui-se afirmando a exigência de uma ampliação do que se entende por conhecimento psicológico, não apenas se incluindo neste domínio o saber psicológico de natureza científica, mas também o saber psicológico inerente à cultura.
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- Artigo de periódico (205)
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- Entre 1900 e 1999 (51)
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