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Entrevista com Cecília Maria Bouças Coimbra
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Este artigo é fruto de uma investigação empírica acerca das modulações biopolíticas da amizade. A partir do estudo de alguns conceitos, como o de enunciado, sociedade de controle, biopoder, vida como obra de arte, episteme moderna e capitalismo como produtor de subjetividade, Michel Foucault, Gilles Deleuze e outros autores conduziram a uma busca metodológica pelo socius atenta a discursos pretensamente verdadeiros, que estabelecem vínculos específicos entre amizade, saúde e capital. “O que as amizades fazem do presente e o que o presente faz das amizades?” foi a pergunta que norteou o processo de escrita. Buscou-se problematizar os enunciados dirigidos à mesma, engendrados na sutileza do capitalismo contemporâneo que, reprodutores de certas relações entre saber e poder, concretizam e espraiam determinados modos de existência, em detrimento de outros possíveis. O artigo caminha, pois, na direção de uma aposta ética no posicionamento inventivo pela criação de amizades e de mundos.
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O presente artigo aposta em uma vinculação íntima entre os modos de amizade, de ética e de política. Sobremaneira, conduz-se a fim de desdobrar a importância da miríade de conceitos de amizade na fabricação de diferentes modos de existência. Acompanhando os movimentos greco-romano, cristão e moderno, se presta a apostar na abertura de espaços para a criação de conceituações específicas de amizade as quais conjuram tais tradições em uma modulação inventiva da subjetividade. Assim, a intenção do texto não é a de aprofundar-se em tal ou qual posicionamento histórico ou teórico, mas dar passagem a que as múltiplas nomeações possíveis da amizade se anunciem próximas aos modos de criação de um mundo sempre infindo e em construção.