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O futebol chegou ao Brasil como esporte das elites e começou a se popularizar durante o governo de Getúlio Vargas, que o utilizou, juntamente com o samba, para a afirmação da identidade nacional. Neste processo, profissionalizou-se e conferiu novo status ao jogador: o de trabalhador. Esta transformação possibilitou que a Psicologia começasse a atuar junto ao esporte, com técnicas de recrutamento e seleção profissional, bem como realizando psicodiagnóstico. Um importante personagem nesta trajetória foi Athayde Ribeiro da Silva, indicado para trabalhar com a seleção brasileira de futebol em 1962 e 1966. Embora com uma vasta atuação acadêmica e profissional, Ribeiro da Silva permanece incógnito para a história da Psicologia do Esporte. O intuito deste artigo é, portanto, apresentar sua trajetória, demonstrar sua relevância para o campo e contribuir, assim, com novos dados para os profissionais da área.
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Este trabalho apresenta uma reflexão historiográfica sobre as condições e os processos que possibilitaram a emergência da Psicologia Social como uma disciplina ou campo de estudo/intervenção delimitado no Brasil. Aponta sua institucionalização no cenário brasileiro desde o denominado pensamento social, seguida de sua forma "interdisciplinar" (ou pré-disciplinar), até seu surgimento nas primeiras universidades nacionais, localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde foi alocada nos Departamentos de Psicologia. Continua com as críticas estadunidenses e europeias dos anos 1960 em relação à sua relevância social. Encerra apresentando o sentido desta crítica no caso brasileiro e as respostas oferecidas a tal questão.
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Este artigo tem por objetivo apresentar discussões metodológicas acerca da pesquisa em História da Psicologia. Utiliza como eixo norteador da compreensão de história as perspectivas teóricas e metodológicas da Nova História. Esta, em sua crítica à história tradicional, propõe a análise das condições de construção dos fatos. Uma de suas consequências foi a ampliação do campo do documento histórico, com a utilização de outras fontes que não os textos oficiais. Na História da Psicologia, essa ampliação significou a preocupação com o caráter científico das pesquisas históricas e a reflexão sobre os modos de pensar e fazer Psicologia, considerando o contexto e as vozes daqueles que ajudaram a construi-la enquanto conhecimento e prática profissional. No caso do Brasil, diferentes iniciativas e laboratórios têm reafirmado a importância do debate sobre a organização sistemática e análise cuidadosa do material de pesquisa. Aqui são referidos brevemente alguns exemplos de investigação para demonstração deste tipo de proposta.
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This article analyzes the development of the history of psychology in Argentina and Brazil, beginning with the emergence of the history of psychology at the beginning of the 20th century. The paper analyzes that such old historical reconstructions were written by the same authors or institutions that were introducing Psychology in the two countries. That is, the older historical productions in the field of psychology were Whig biased. An analysis of the last 30 years of history of psychology is also provided. The article describes institutional developments, including archives, journals, scientific meetings, and teaching of history of psychology in academic settings. Main groups devoted to history of psychology, both in Argentina and Brazil are described. Finally, it offers some thoughts on the future of history of psychology in the 2 countries. A comparative study between Argentina and Brazil allows to understand strengths and weakness related to institutionalization of History of Psychology. (PsycINFO Database Record (c) 2017 APA, all rights reserved)