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O presente artigo tem por objetivo contribuir com discussões contemporâneas sobre os assombros cotidianos ligados, sobretudo, às práticas golpistas em curso no cenário brasileiro, culminando, até o momento, fevereiro de 2018, na criação de um Decreto federal que trata da intervenção militar na segurança pública no RJ e que comporta muitos perigos. Para tanto, servindo-se de conceitos nietzschianos como niilismo, genealogia, meio dia, dentre outros, buscará aproximar esses conceitos do modo de subjetivação em curso e da herança, em nós e na sociedade, de práticas silenciadoras da potência de diferir, bem como percorrerá os movimentos que apontam para a possibilidade de sua reversão.
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Esse artigo parte do pressuposto de que para se tornar arqueiro é necessário, antes de mais nada, que aquele que lança a flecha desapareça e se confunda com seu próprio instrumento, pois somente quando a força se confunde com a materialidade do pensamento a flecha se apresenta em estado puro e assim é capaz de atingir os outros porque foi produzida na osmose entre escrita e vida. Em Nietzsche, esse aspecto está presente em todas as suas obras, sobretudo nos prefácios que escrevia a cada uma delas, podendo também ser visto em seu escrito autobiográfico Ecce Homo e através de conceitos como grande saúde, moral nobre e escrava, dentre outros. A flecha do pensamento, transformada em pura força, nos aproxima igualmente dos caminhos trilhados por Foucault. Afinal, este construiu, junto de seus escritos, uma arte de viver, mas somente tematizou essa flecha da "vida como obra de arte", isto é, como plano de trabalho denominado genealogia da ética, nos cursos em que o foco de interesse passou para as "técnicas de si". Nesse momento, experimentação e experimento se tornam um mesmo ato, se tornam o alvo da flecha, se tornam o que aqui chamaremos de tiro espiritualizado do pensamento.
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O artigo pretende mostrar que os exercícios espirituais, conforme os denomina Hadot, não apenas unem os textos da filosofia antiga como foram praticados por Nietzsche e Foucault. Os exercícios espirituais constituíam práticas de si que visavam a criar condições para que alguém se colocasse em ação na confecção da própria existência, afirmando assim um singular modo de vida. Nietzsche e Foucault, mediante seus experimentos com as formas como o pensamento ocidental se apresentou na história, tanto retomaram essa discussão da filosofia antiga como a encarnaram em suas trajetórias existenciais. O compromisso com a liberdade de pensamento por eles assumido prossegue uma desejável fonte de inquietação para as práticas educativas no contemporâneo. Palavras chave: Pierre Hadot; exercícios espirituais; Nietzsche; Foucault.
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Tomando como ponto de partida formulações de Moscovici acerca da representação social, o presente artigo se propõe a analisar: as condições de emergência desse conceito; sua “mobilidade” em relação ao conceito de representação coletiva de Durkheim; os instrumentos metodológicos fornecidos pelo autor para a pesquisa em psicologia social; a repercussão no Brasil dos anos 1970 e1980, bem como as implicações ético-políticas do conceito de representação social no campo da psicologia social na atualidade. O convite que se faz ao leitor é o de percorrer a genealogia de nossas práticas para problematizar a “função social” desse método de pesquisa.
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O presente ensaio pretende ser um convite para pensarmos em novas possibilidades de construção de narrativas acerca da memória. Os protagonistas desse convite serão Fernando Pessoa e Friedrich Nietzsche. Eles nos conduzirão num passeio no universo das sensações e da potência de variação que podem ser extraídas delas, em suas obras e fora delas, pois têm a capacidade ímpar de nos atingir e desviar nosso olhar do modo tradicional de pensarmos a relação entre história e memória. A flecha que sai de seus escritos se chama diferença. Veremos que esses autores podem trazer valiosas contribuições para pesquisas relacionadas aos modos de construção e de escrita da História, estando, talvez, mais próximos de alguns trabalhos desenvolvidos na história oral.
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Apresentação oral na defesa da tese de doutorado Os desafios da memória em direção as forças de criação, UNIRIO/PPGMS, 2011.
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Este artigo foi concebido pelas autoras a partir da suspensão dos efeitos da Resolução n° 09/2010, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que “Regulamenta a atuação do psicólogo no sistema prisional”. Esta suspensão é um acontecimento que denuncia o jogo de forças presente no campo da execução penal, especialmente, no que tange à prática do psicólogo e à realização ou não do exame criminológico. Portanto, nosso objetivo é discutir as condições e circunstâncias em que o exame criminológico emerge e se estabelece em nosso país e também contar um pouco da história das lutas que os psicólogos vêm travando nesse campo desde a promulgação da Lei de Execução Penal (LEP) n°7.210/1984 que institui o exame criminológico.
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- Artigo de periódico (7)
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