A sua pesquisa
Resultados 59 recursos
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O objetivo do trabalho foi investigar o conhecimento que os professores da educação básica do município de Belo Horizonte têm acerca da educação especial na perspectiva da educação inclusiva e as práticas derivadas desse conhecimento. Os dados foram coletados em 2019, a partir de um questionário encaminhado para os professores de 44 escolas da rede pública municipal e estadual, sendo devolvidos e analisados 109 questionários. Os resultados apontam avanços consideráveis, contudo ainda existem dificuldades na compreensão do que seja educação inclusiva; que a formação inicial e continuada de professores ainda é deficitária; que em muitas escolas faltam estrutura física adequada; que há escassez de recursos e profissionais especializados para subsidiar as práticas escolares, dentre outros. Concluímos que ainda temos inúmeros desafios, necessitando maior investimento do poder público nas escolas e a manutenção da luta pela oferta e permanência de uma educação de qualidade para todos no ensino regular de ensino.
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No intuito de compreendermos o lugar da licenciatura na formação de psicólogos, logo após a Lei nº 4119/62, este artigo apresenta um estudo de caso sobre a inserção da licenciatura no curso de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) durante a década de 1960 e suas contribuições para os ex-alunos, ingressantes nesse período. O estudo historiográfico é fruto de pesquisa de doutorado e utiliza como procedimento metodológico a análise de fontes primárias e entrevistas com ex-alunos. Os resultados demonstraram que a licenciatura em Psicologia foi inserida no curso da UFMG desde a primeira turma de entrada de alunos de 1963 e ofertada no formato de cumprimento obrigatório para todos os alunos daquele ano. Em 1965, a licenciatura tornou-se uma formação opcional e, a partir de então, cada vez menos alunos passaram a optar por ela. Os entrevistados confirmaram os dados obtidos na análise documental relativos ao funcionamento da modalidade e apontaram os aspectos metodológicos aprendidos durante a licenciatura como as principais contribuições para suas formações profissionais. Esperamos que a pesquisa contribua com as reflexões sobre a oferta da licenciatura na formação dos psicólogos brasileiros e com os estudos históricos sobre a Psicologia no Brasil.
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Este estudo objetivou analisar a institucionalização da modalidade licenciatura na legislação que regulamentou a formação e a profissão de psicólogo no Brasil em 1962. O trabalho, de cunho historiográfico, teve como procedimento metodológico a análise documental de fontes primárias localizadas no site da Câmara Federal dos Deputados, a saber, o dossiê do PL 3825/58. Outras fontes utilizadas foram as revistas Boletim de Psicologia, Arquivos Brasileiros de Psicotécnica e Revista Psicologia Normal e Patológica. A partir da análise dos dados, identificamos que nos primeiros anteprojetos que tratavam da formação e regulamentação da profissão em 1953 não havia a proposta da licenciatura para a formação de professores de psicologia para atuação no ensino secundário. A licenciatura como modalidade de formação para os psicólogos, com uma proposta curricular coerente com a legislação então vigente para a formação de professores, apareceu apenas em 1961, e foi mantida na lei 4119, aprovada em 1962.
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O artigo apresenta pesquisa sobre o conceito de criança anormal divulgado em um conjunto de artigos publicados na Revista do Ensino de Minas Gerais, na década de 1930. Foram levantados artigos que expressam como a criança anormal era compreendida pelos contemporâneos daquela época. Da análise dos textos, emergiram duas categorias: classificação das crianças anormais, suas características e explicações causais da anormalidade; o papel da escola na educação das crianças anormais. Utilizamos contribuições da história conceitual de Koselleck, segundo a qual conceitos expressam aspectos da experiência e da dimensão teórica de sujeitos em contextos e tempos históricos específicos. A pesquisa demonstrou que a articulação desse conceito incluía concepções fundamentadas nos debates sobre ambiente e hereditariedade, nos saberes elaborados pela psicologia e na discussão sobre o papel da escola e a educação das novas gerações.
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A pandemia da COVID-19 afetou os cursos de graduação da área da Saúde, que se viram diante de um dilema sobre como conciliar a responsabilidade social de participar da atenção à saúde da população no município e no estado com as demandas de biossegurança impostas pela pandemia. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), há 14 cursos da área da Saúde que compartilham do mesmo espaço, dos mesmos recursos e das mesmas políticas acadêmicas. Pensar juntos sobre os desafios vivenciados foi um movimento de solidariedade, integração e coesão. O objetivo deste artigo é relatar essa experiência. São descritos o contexto antes da pandemia, a atuação diante de portarias ministeriais, a elaboração de diretrizes para o ensino remoto emergencial e a situação dos estágios curriculares. Destaca- se a importância da construção coletiva no enfrentamento das dificuldades para garantir a segurança, a equidade e a qualidade na formação de profissionais da saúde na UFMG.
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Helena Antipoff was one of the pioneers in the constitution of the fields of knowledge of educational psychology and special education in Brazil. Born in Russia, Antipoff received her education in Paris and Geneva. Researches in the history of education and of psychology have revealed the innovative character of Antipoff’s work as a researcher, as a professor and as a founder of different educational institutions in Brazil, with a focus on educational and psychological care for children with disabilities or at social risk. Her career is characterized by a sound scientific approach combined with a deep commitment to the right of children and youth to education and care. These directions can be associated with her scientific training in the sciences of education in a time of social turbulence and school reform, when many women became professionals in the field of education, trying to combine family, work and militant activity.
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Editorial 36
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