A sua pesquisa
Resultados 41 recursos
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Este artigo, realizado a partir de um recorte de uma pesquisa de mestrado, parte do cenário da hiperconectividade para problematizar os processos de subjetivação envolvidos no compartilhamento instantâneo de atualizações nas redes sociais na internet através da escrita nos dispositivos móveis de comunicação. Ao longo do texto, exploramos os efeitos que o modo de vida contemporâneo, marcado pelo imediatismo e pela sensação de falta de tempo generalizada, imprime nessas novas formas de nos subjetivarmos pela escrita, dialogando com autores como Agamben, Bauman, Benjamin, Flusser, e Foucault. Atentamos, enfim, para a dimensão da escrita enquanto relato de si e de seu possível esvaziamento diante das novas práticas que, valorizando a instantaneidade e a novidade da informação, perdem o caráter reflexivo e introspectivo apontado como necessário para a produção de tais escritas de si ou narrativas pessoais.
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Nesse estudo analisamos, a partir das configurações da sociedade contemporânea e das modulações do capitalismo, os recursos que as práticas clínicas possuem para trabalhar a subjetividade. Nesse contexto, destacamos as questões éticas, estéticas e políticas, assim como o fim da dicotomia entre sujeito e social, objetividade e subjetividade, teoria e prática, clínica e política. A crítica a essas fragmentações aponta para a necessidade de uma prática transdisciplinar que promova intercessões com outros saberes, corpos, territórios e práticas. Para tal nos fundamentamos no conceito de rizoma proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari, efetuando um diálogo entre seus princípios e as práticas multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. Nessa produção enfatizamos também a emergência de uma clínica rizomática que caminhe a favor da vida, da política, da resistência e da diferenciação.
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Tema de interesse durante os séculos XVIII e XIX, assim como início do século XX, os chamados fenômenos psíquicos reuniram os esforços de boa parte da elite intelectual da época, principalmente no que diz respeito aos estudos da consciência. Figura importante que integrou esses debates foi William James, um dos fundadores da psicologia norte americana. Em um primeiro momento, ele recorre a Janet e à Escola Francesa tomando por base a ideia do automatismo psíquico e da dissociação da consciência. Seu interesse pelos fenômenos relativos ao self dos indivíduos levou-o, entretanto, aos estados alterados de consciência, nos quais a pessoa seria capaz de ultrapassar o poder de síntese da consciência que lhes é constitucional. Desse modo, James passa a recorrer a Myers e à sua teoria do self subliminar, que aponta para a possibilidade de um espectro psíquico transcendente. Abrir-se-iam, assim, possibilidades para o estudo dos fenômenos psíquicos, bem como das experiências religiosas e místicas, principalmente da mediunidade que, a partir da ideia do self subliminar, fugiria ao domínio do patológico. Tendo em vista o que foi apontado, o presente estudo busca compreender o self e suas alterações em James, através de uma análise conceitual, levando em consideração as publicações psicológicas do autor sobre o assunto.
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Este artigo tem como objetivo cartografar a noção de corpo encarcerado na obra de Antonin Artaud, para discutir os processos de captura, bem como o permanente estado de encarceramento do corpo. Realizamos uma cartografia bibliográfica em toda a obra do autor, publicada em espanhol e português. Verificamos que, para Artaud, existem três estratos propulsores do processo de encarceramento do corpo: um primeiro que abarca a ideia de uma consciência/razão sobrepondo-se ao corpo, um segundo que menciona a existência de uma alma/espírito condenando as potencialidades do corpo, e um terceiro que trata da luta corpo x organismo. Concluímos que, para Artaud, o corpo encarcerado é aquele que abriu mão das forças intensivas para ligar-se aos discursos que contornam o dualismo cartesiano e metafísico/religioso.
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No presente trabalho procuramos analisar a apresentacao da constituição histórica da psicologia do desenvolvimento nos manuais de ensino da disciplina dirigidos ao ensino superior. Tendo em vista a afirmação histórica de uma escola centrada na criança/aluno, os cursos de formação inicial e continuada conferiram destaque ao estudo dos processos de desenvolvimento, da infância a idade adulta, tido como fundamental para a qualificação do educador e psicólogo escolar. Faz-se importante, portanto, compreender que saberes foram e são transmitidos no interior desta disciplina, com que estratégias e recursos didáticos. Ao realizarmos as análises, verificamos nos compêndios que a narrativa histórica mostra-se linear, centrada no registro dos principais autores e seus feitos. Não é estabelecida relação entre o processo de constituição da disciplina e os processos históricos mais amplos, nem é construída uma análise das condições de produção dos saberes, as tensões na afirmação do campo. Por outro, o relato evolutivo faz-se desvinculado de uma problematização histórica. Com isso, apresenta-se ao leitor, uma visão a - histórica da disciplina, que não permite relacionar o conhecimento produzido a seu percurso de construção e consolidação.
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Objetivamos analisar a produção científica relacionada às Psicologias Humanista, Fenomenológica e Existencial na Pontifícia Universidade Católica - Campinas. Argumenta-se que essa instituição tem uma tradição histórica no desenvolvimento dessas perspectivas no Brasil. Por isso, definiu-se o Banco de Dissertações e Teses do Programa de Pós-Graduação dessa Universidade e o seu periódico, Revista Estudos de Psicologia (Campinas), como objetos de revisão sistemática. Foram categorizados e analisados 38 produções de Mestrado e Doutorado e 40 artigos, no período de 1997-2016. Os resultados sugerem que essas bases de dados são representativas ao estudo do perfil das produções naquela Universidade. As duas bases, por um lado, evidenciam uma tendência para enfoques em discussões clínicas; por outro, distinguem-se entre a predominância de produções empíricas, nas dissertações e teses, e produções teóricas, nos artigos. Considera-se, finalmente, a possibilidade realizar outras pesquisas que investiguem as diferentes manifestações institucionais acadêmicas da Psicologia Humanista, Fenomenológica e Existencial no Brasil.
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Diante da multiplicidade de métodos de pesquisa existentes, divididos não simplesmente entre quantitativo e qualitativo, mas também tendo cada uma dessas categorias uma miríade de diferentes técnicas e estratégias, este livro vem para elucidar e exemplificar meios de aplicação das múltiplas técnicas incluídas nesta segunda categoria. O desenvolvimento da ciência moderna e a ideia de produzir ciência a partir de um saber experimental propiciou que emergissem diversas formas de investigação científica. Entretanto, ainda hoje a pesquisa qualitativa é erroneamente tomada como antagônica à pesquisa quantitativa, revelando a fragilidade no entendimento da investigação científica. Entende-se, então, que a pesquisa qualitativa é um campo vasto complementar ao quantitativo, muitas vezes sendo empregada na exploração de áreas até então ignoradas. Sua aplicação muito viabiliza e facilita um posterior empregamento de métodos quantitativos de análise. Ademais, da mesma forma como os métodos quantitativos são múltiplos e complexos, igualmente o são os qualitativos. De técnicas qualitativas, como o Grupo Focal e a Análise de Discurso, a técnicas mais quali-quantitativas, como a Análise Lexical, a atual obra procura introduzir o leitor iniciante na pluralidade de técnicas de análise qualitativa, bem como fomentar o discernimento para quando tais técnicas são mais convenientes em comparação a outras, e amplificar o instrumental técnico disponível para o pesquisador experiente que procura encontrar novas formas de se debruçar sobre os fenômenos que pesquisa. O livro tem como objetivo atender a uma demanda de conhecimento metodológico, e apresenta 16 capítulos elaborados por um leque diversificado de autores, em sua maioria professores e pesquisadores vinculados a diversas universidades do país. Espera-se que, no decorrer das técnicas apresentadas, o estudo dessas possa ser atrativo e bem aproveitado por todos os estudantes e profissionais que venham a se interessar pela Metodologia Qualitativa.
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O artigo analisa a recepção da obra de Alfred Binet e a introdução dos testes de inteligência no Brasil, nas primeiras décadas do século XX. São focalizados autores que, no diálogo com a obra do psicólogo francês, produziram críticas à interpretação das medidas da inteligência no sistema educacional, ou enfrentaram resistências para o uso dos testes nas escolas. Destacam-se três autores: Manoel Bomfim, diretor do Pedagogium/RJ, responsável pela introdução da obra de Binet no Brasil; Maria Lacerda de Moura, líder anarquista e professora da Escola Normal de Barbacena; e Helena Antipoff, psicóloga russa que propôs o conceito de ‘inteligência civilizada’ para descrever o efeito da cultura nos resultados dos testes realizados com crianças de escolas mineiras nos anos de 1930.
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Embora analistas do comportamento concordem que o comportamento atual seja influenciado pela história, pesquisas sobre história comportamental têm levantado várias questões polêmicas. O presente artigo analisa duas destas questões: (a) a classificação dos efeitos de história como "latentes" e (b) a possibilidade dos efeitos da história serem permanentes. Defende-se que o produto da história é um organismo modificado e não uma história armazenada. Argumenta-se que os efeitos de história são transitórios, de curta ou longa duração, em função de variáveis específicas do procedimento. O artigo aponta também implicações destas análises para a realização de futuros estudos na área.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (11)
- Livro (5)
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- Tese (8)
Ano de publicação
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Entre 1900 e 1999
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Entre 1990 e 1999
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- 1996 (1)
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Entre 1990 e 1999
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- Entre 2000 e 2025 (40)