A sua pesquisa

Em autores ou colaboradores
  • Este artigo busca problematizar os modos como se engendram narrativas e escritas a partir das experiências pela cidade. Um jovem pesquisador, forasteiro na cidade que lhe é familiar, toma suas experiências como espaço de problematização do presente, analisando os processos de transformação urbana e seus efeitos sobre os modos de subjetivação. Afirmamos que outra forma de conceber e narrar a cidade é possível, na medida em que nos dispomos a outras formas de experienciá-la. Experiência e Narração são pensadas a partir das concepções de Walter Benjamin. Dessas experiências, narrativas foram forjadas, a partir de cenas do dia a dia que escapam das tentativas de normatização, com o intuito de provocar interferências e paradoxos no presente da urbe, mantendo-a viva e inacabada. Aposta-se numa escrita que se faz a partir das fissuras que irrompem naquilo que se quer contínuo na história, preservando a irredutibilidade do passado e a imprevisibilidade do presente.

  • O artigo parte da aposta na pesquisa como uma prática em movimento, na composição de territórios do ato de pesquisar como uma experiência. Inspiradas(os) na força disruptiva do torcer-retorcer dos Parafusos (folguedo sergipano, derivado de práticas de resistência à escravidão dos povos pretos), propomos um método-pensamento de inventar modos de ver, dizer e narrar a partir daquilo que está ao nosso redor, uma posição em relação ao mundo e a si mesmo, engendrando a ideia de que este mundo não é um dado, mas um efeito de nossas práticas. A partir dessa perspectiva, intentamos interpelar as próprias práticas discursivas e não discursivas da Psicologia, em favor de abrir trilhas nas quais esse saber possa refundar sua própria história, acentuando suas descontinuidades e heterogeneidades e, com isso, uma atitude de fazer frente às tendências colonialistas, agora em suas versões neoliberais. Esse modo de pesquisar se faz por: operar uma ideia-método genealógico-cartográfica e uma escrita polifônica; produzir máquinas de guerras nômades, minoritárias, pós-identitárias, decoloniais; e inventar com aquilo que está ao nosso redor em favor de saberes e fazeres das redes locais, que, tais como a planta mangabeira, não se deixam domesticar.

Última atualização da base de dados: 21/11/2024 18:57 (UTC)

Explorar

Tipo de recurso