A sua pesquisa
Resultados 391 recursos
-
Tradução de LARRAURI, M. Verité et mensonge des jeux de vérité. Rue Descartes nr. 11, novembro de 1994. Paris: Albin Michel. Tradução de Heliana de Barros Conde Rodrigues.
-
Entre 1968 e o início da década 1980, a atmosfera que envolvia o pensamento francês tornou possível a emergência de perspectivas éticas, estéticas e políticas cujas problematizações levaram a um radical questionamento do sentido e do valor da infância, pensada para além do seu estatuto social. Agitada pelas obras, ideias e intervenções de René Schérer, Guy Hocquenghem, Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault entre muitos outros, esta “cruzada das infâncias” configurou um campo de lutas que, a partir da década de 1980, se desvanece sob a cristalização de uma imagem pretensamente universal da criança como sujeito vulnerável e em desenvolvimento necessário rumo à idade adulta. Entre 1968 e o final dos anos 1970, os jornais, as prateleiras das livrarias, os cinemas e as salas de aula testemunham a efervescência de outras maneiras de pensar e viver com as crianças. Os episódios históricos que tornaram possível a enunciação deste conjunto de problemas evidenciam que a infância, antes mesmo de ser uma categoria etária ou um constructo teórico, é um território em disputa. Mas, uma vez que se trata de pensar uma realidade ausente, como colocá-la novamente em cena? Estas notas integram uma pesquisa que se propõe a mapear a meteorologia da moral que tornou simultaneamente possíveis e conjuradas as imagens de uma “infância à penumbra” no pensamento francês contemporâneo.
-
O dossiê se compõe da tradução de um texto publicado em outubro/novembro de 1972 na revista La Nef, cuja autoria é atribuída a Foucault e aos membros do G.I.S. (Grupo Informação Saúde), seguida da tradução do manifesto de criação do G.I.S. em 14/05/1972. Os organizadores/tradutores apresentam esses escritos destacando a pouco conhecida participação de Foucault, no início da década de 1970, nas lutas estratégicas no campo da saúde, bem como a singularidade do texto de La Nef, intitulado “Medicina e luta de classes”, quanto a modo de escritura e autoria. Tal apresentação inclui ainda breves considerações analíticas sobre a prática da tradução.Palavras-chave: Foucault, Grupo Informação Saúde, medicina, biopolítica, tradução. RESUMÉ:Le dossier présenté est composé de la traduction d’un article publié en octobre/novembre de 1972 dans La Nef, dont l’auteur est à la fois Michel Foucault et les membres du G.I.S. (Groupe Information Santé), suivie de la traduction du Tract du même groupe. Les traducteurs et résponsables du dossier offrent un petit texte de présentation du dossier en soulignant une activité de Michel Foucault peu connue, sa participation aux luttes stratégiques dans le champ de la santé au début des années 1970, aussi bien que la particularité du texte de La Nef, dont le titre est “Médecine et lutte de classes”, en ce qui concerne son écriture et son(ses) auteur(s). On y trouve encore des brèves remarques analitiques sur l’exercice de la traduction.Mot-clés: Foucault, Groupe Information Santé, médecine, biopolitique, traduction.
-
Ao longo das últimas décadas ocorreram mudanças em como entendemos a saúde em nossa sociedade. Desde a expansão do conceito de saúde para além da ausência de doenças, tornando-se uma relação equilibrada entre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais, de trabalho e renda, entre outros, até a forma como o cuidado com a saúde foi passando da simples assistência aos doentes para uma noção de que a saúde deve ser promovida e as doenças prevenidas, não apenas tratadas. Essas mudanças ocorreram na esteira do surgimento do conceito de Integralidade, que defende que o ser humano deve ser atendido em sua totalidade, respeitando suas características e necessidades, de forma ampla. Com isso surgiram Políticas Nacionais de Saúde com foco integral para algumas populações específicas, entre elas as caracterizadas por gêneros. Mas saúde tem gênero? E que gêneros são esses? Quem está contemplado nesses documentos? Nessa linha de problematização, no presente trabalho busca-se investigar e cartografar, mediante técnicas de pesquisa bibliográfica, documental e de conteúdo, as três Políticas de Atenção Integral à Saúde hoje em vigor no Brasil que delimitam seu público por gênero (Mulheres, Homens e LGBTIs). Para tanto, utilizo embasamento em estudos de gênero e da teoria queer. O intuito é analisar se há uma diversidade de gêneros preconizada nos documentos e, consequentemente, se isso tem garantido a integralidade da saúde de seu público. As Políticas demonstram basear a Saúde em gêneros binários, cis e heterossexuais, para fins reprodutivos, quando se fala de Mulheres e Homens, principalmente. As pessoas que não se enquadram nesse binário são empurradas para uma ‘condição’ LGBTI, os ‘outros’ do binário Homem-Mulher.
-
Esta tese relata o meu encontro com um grupo de idosos em um projeto denominado Conversas & Memórias, e a experiência comunitária ali produzida. O objetivo central foi analisar de que forma os dispositivos utilizados na intervenção ajudaram na construção dessa experiência. Partindo de um campo de problematização que coloca em questão as possibilidades de vivermos juntos, busquei responder às seguintes perguntas: de que forma a vida coletiva nos contagia e nos constitui? que apostas podemos arriscar que nos permitam afirmar a possibilidade de construirmos experiências comunitárias no mundo de hoje? quais práticas de cuidado de si e de cuidado do outro podemos encontrar (ou inventar) em nossa cultura? como essas práticas podem produzir, como efeito, experiências de vida comunitária? como podemos viver juntos? Foi em torno dessas questões que desenvolvi o trabalho em dois campos distintos, visando à construção, por um lado, de um solo teórico-conceitual, e, por outro, de um plano prático-experimental. Na primeira parte desta tese, apresento os conceitos e intercessores que fundamentam as ideias aqui defendidas. Começo discutindo o processo de subjetivação, em um diálogo com o pensamento de Gilles Deleuze, Gilbert Simondon e Baruch Espinosa, e termino apresentando as apostas de Gilles Deleuze e Felix Guattari, Antonio Negri e Michael Hardt, Maurice Blanchot, Giorgio Agamben e Jean-Luc Nancy em uma comunidade por vir. Em seguida, apresento minhas próprias apostas, fundamentadas no diálogo de Michel Foucault com a filosofia antiga sobre as práticas de si e a construção de um novo ethos, desenhado por uma estética da existência. Descrevo, em outro capítulo, o método da pesquisa, partindo de uma discussão sobre a cartografia e as possibilidades que ela ofereceu para que eu pudesse acompanhar processos e habitar o território da pesquisa; discuto, ainda, o conceito de dispositivo e os efeitos que são produzidos ao desembaraçarem-se suas linhas; por fim, descrevo o material que utilizei nas análises da experiência do projeto. Na segunda parte da tese, arrisco-me em um campo prático-experimental, dando movimento aos conceitos discutidos anteriormente e incorporando-os à discussão dos quatro dispositivos que examino aqui. No primeiro, a Roda de Conversação e os efeitos, como o exercício ético e político, que essa prática anuncia. No segundo dispositivo, os Agenciamentos, apresento as poesias, músicas, crônicas, passeios que foram utilizados como disparadores das conversas, analisando os diálogos e as virtualidades produzidos por eles. No dispositivo três, a Experiência Narrativa, descrevo o processo de publicação de um livro com as histórias de alguns participantes do projeto. No quarto dispositivo, a Imagem Revelada, descrevo os efeitos provocados pelas imagens publicadas em um livro de fotografias. O último capítulo retoma a pergunta inicial - como viver junto? -, e oferece algumas pistas sobre as possibilidades de construirmos uma outra forma de sociabilidade nos dias de hoje.
-
O artigo analisa atravessamentos entre o movimento institucionalista francês - especialmente em vertente socioanalítica - e as práticas grupais, em uma tentativa de esclarecer o processo que, no Brasil, levou à constituição do campo conhecido como trabalhos (ou intervenções) de (ou em) Análise Institucional. As autoras sustentam a tese de que a Análise Institucional brasileira está historicamente marcada pelo hibridismo; nela comparecem conceitos-ferramentas advindos tanto das experiências da corrente da socioanálise francesa quanto da produção latino-americana sobre os grupos, particularmente na linha dos grupos operativos. O trabalho enfatiza o vínculo entre gênese teórica e gênese social, dando especial destaque ao momento de emergência das experiências em Análise Institucional, desenvolvidas quando, ao lado da repressão / ditadura política, emergiam focos originais de criação e coletivização.
Explorar
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (113)
- Livro (31)
- Seção de livro (202)
- Tese (45)
Ano de publicação
-
Entre 1900 e 1999
(54)
- Entre 1970 e 1979 (2)
- Entre 1980 e 1989 (3)
- Entre 1990 e 1999 (49)
-
Entre 2000 e 2024
(336)
- Entre 2000 e 2009 (173)
- Entre 2010 e 2019 (113)
- Entre 2020 e 2024 (50)
- Desconhecido (1)